Slenderman

Capítulo 5

Ajudar membros Excomungados é proibido

É totalmente proibido ajudar membros banidos ou excomungados da lista da Alta Cúpula. Quem infringir a regra, pode sofrer diversas punições, tanto físicas quanto a morte, em determinados casos.

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Park Chanyeol mal podia acreditar que finalmente estava digitando sua senha na fechadura de sua casa, apenas uma semana havia se passado, mas era inegável que Chanyeol gostava do conforto do próprio lar. A casa dos Byun podia ser um forte de guerra, mas a casa de Park Chanyeol era seu refúgio, não se sentiria inteiramente protegido em nenhum outro lugar como se sentia ali, na casa que construiu com seu esforço e determinação. Ao tirar os tênis no hall e adentrar a sala com suas vestes casuais, o Park deu seu primeiro suspirar penoso por saber que aquele era um reencontro temporário e muito breve, passando logo o olhar pelo chão que deveria estar levemente empoeirado e fitando fixamente o piano de cauda, que endossava sua suposição. Ele daria uma boa limpada em tudo caso seu objetivo ali não fosse outro que pegar mais roupas e a munição restante de suas pistolas para que levasse poder bélico suficiente para uma fuga.

Fugir.

Aquilo era algo que Park Chanyeol nunca havia feito. Afinal, o Slender nunca precisava correr de nada, ele sempre peitava tudo que vinha de encontro consigo estraçalhando o que estivesse em seu caminho com o peito de aço. Mas agora, ele era obrigado a sumir do mapa, ser ainda mais furtivo, tomar o dobro de cuidado para não ser visto... ficar invisível. O telefone de sua casa tocou, o preto que bem conhecia. Como havia prometido, porém, não atendeu, continuando a organizar tudo que fosse necessário. Roupas e mais roupas, balas e mais balas, até que desta vez, a campainha da casa tilintasse em seus ouvidos enquanto arrumava sua munição na mala.

Chanyeol ficou alerta, era uma visita inesperada. Ele caminhou lentamente até a porta, e assim que a destravou foi empurrado junto a ela, com uma força um tanto relevante que o fez dar dois passos para trás ao tempo que Kim Jongin entrava ali em passos firmes.

— EU ACHEI QUE TÍNHAMOS UM TRATO, PARK! — ele berrou, os braços se abriam em indignação e ele não escondeu o revólver de tambor que portava na mão direita. — POR QUE DIABOS EU VEJO O NOME DAQUELE BOSTA DO BYUN TODOS OS DIAS NA LISTA DE CONTRATOS?

O mercenário teve calma ao fechar a porta, andando devagar na direção do Kim, que não escondia toda a sua frustração olhando em volta, ele respirava forte, o cano do revólver mirou o peito de Chanyeol que hesitou, passando a caminhar ainda mais devagar.

— Era para ser rápido, Slender. Era para ser simples e rápido! — dizia o Kim enquanto ele chegava cada vez mais perto. — E então de repente, Byun Baekhyun está mais vivo que nunca, enfurnado naquele castelo e você sequer atende minhas ligações! Que diabos aconteceu!?

— É um contrato aberto. Você mesmo disse, e sabia do risco de outras pessoas se envolverem. — Chanyeol falava calmo e baixo, ganhando toda a atenção ao tempo que Jongin abaixava a arma. — E elas se envolveram rápido demais.

Jongin franziu o cenho, derrotado, levou o cano da arma até a própria cabeça.

— Por que não o matou? Aposto que teve outras oportunidades.

— Na verdade eu não tive. Naquele sábado eu tive outro contrato para executar. — Mentiu. — Eu tinha outros serviços e o preço pelo Byun aumentou. Quanto mais ele aumenta, mais gente se envolve, e quanto mais gente se envolve... menos eu quero me envolver.