⌗⠀00 :: flashbacks

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ATENÇÃO: Esse capítulo pode conter cenas desconfortáveis para alguns leitores

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Tenham cuidado e boa leitura!

• ♡ •

— Nossa, o Jay é tão rápido! — observou a garota de madeixas azuladas, sentada cinco arquibancadas abaixo. 

— Ele é incrível, não é? — a garota ao lado perguntou, suspirando ao observá-lo completar mais uma volta na enorme piscina. 

— Nunca mais duvido de você. 

A garota de madeixas tingidas em um azul tão profundo quanto os ladrilhos da piscina cochichou para a amiga, que gargalhou um pouco alto demais na tentativa de chamar a atenção do atleta. Este que, ao notar a pequena plateia de meninas formada nas primeiras filas da arquibancada, sorriu de forma galanteadora, exibindo a fileira de dentes brancos e bem alinhados, arrancando suspiros apaixonados e uma revirada de olhos do garoto sentado atrás destas. 

"Patético", pensou o Yang, forçando-se a prestar atenção na revista em quadrinhos aberta em seu colo. 

Estava há meia hora sentado naquele banco duro e úmido, esperando aquele maldito treino acabar para que pudesse finalmente se enfiar na garagem, barra, quarto do Heeseung, e apenas se entupir de batatinhas e refrigerante de laranja. Já estava à tempo demais observando aquelas garotas histéricas comemorarem até a forma como o Park subia para pegar ar, e isso estava acabando com seus únicos neurônios que ainda prestavam. 

Do outro lado, na piscina, Jay completava mais uma volta. O corpo movendo com leveza, flutuando na àgua cristalina, aproveitando para relaxar os músculos tensos e gabar-se a si mesmo por mais uma conquista. Acabara de bater mais um de seus numerosos recordes, e estava mais contente do que nunca. Para ele, não havia nada no mundo mais prazeroso do que ser bom no que amamos, e a natação definitivamente era, sem dúvida alguma, uma das coisas que Jay mais amava na vida. Isso depois da própria mãe, seus amigos — que considera como família — e ficar de bobeira na garagem dos pais de Heeseung após as aulas, comendo os frangos fritos dos tios do Riki e bebendo os sojus que Yeonjun roubava da lojinha do pai. Não havia como explicar as sensações maravilhosas, a felicidade enorme que sentia ao fazer isso. 

A natação sempre foi sua maior e única paixão. Desde que frequentou sua primeira aula aos nove anos, não houve mais nada no mundo que lhe desse mais satisfação que isso. Ele se encontrou ali. A sensação que sentia ao ser abraçado pela água era indescritível. Era ela que o livrava dos momentos ruins, que espantava os sentimentos desgastantes e trazia confiança para si. E, mesmo sendo conhecido pelo enorme instinto competitivo, não se importava em competir apenas pelo prazer de fazer o que gosta. 

𝐂𝐎𝐋𝐎𝐑𝐅𝐔𝐋 𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃𝐒𝐇𝐈𝐏Onde histórias criam vida. Descubra agora