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NY City, 2019

O dia estava quente. As ruas lotadas e o barulho inquietante deixavam Peggy ansiosa.

Margaret Carter se mudou de Londres para os Estados Unidos depois da morte de seu irmão mais velho, Michael. Depois que ele partiu, ela começou a se sentir deslocada e sem foco na vida. Foi então que ela decidiu correr atrás de seus sonhos. Entrar para o FBI não foi difícil, afinal ela sempre foi extremamente inteligente e habilidosa. Complicado mesmo foi se encaixar. Alguns homens eram cruéis com ela apenas por ser mulher. Mas Peggy sabia seu valor, e fazia questão de mostrar para todos.

Era mais um desses dias cansativos e corridos demais até para tomar um café. Peggy pegou o elevador do condomínio e leu o horário no relógio de pulso. "05:17". Ela realmente não teria tempo para tomar café. Oque é lastimável, já que o café do escritório do FBI era péssimo.
Peggy chegou em seu trabalho com 2 minutos de atraso. Ela geralmente não atrasava, mas naquele dia estava pensativa demais para se arrumar com a mesma rapidez de sempre.

— Bom dia, Carter. — Natasha Romanoff a recebeu. A ruiva estava sentada na mesa do colega, Steve Rogers.

— Bom dia. — a morena respondeu, deixando sua bolsa e casaco em cima de sua mesa.

— Dois minutos atrasada. — Rogers olhou no seu relógio de pulso — Você está bem?

— Mais ou menos. — Peggy se sentou, olhando o telefone e vendo algumas ligações perdidas. Ela as ignorou e guardou o celular na gaveta de sua mesa.

Há mais ou menos dois anos, Peggy Carter e Angie Martinelli começaram a namorar. A morena buscava a namorada após o trabalho todos os dias, e elas passavam as madrugadas acordadas, conversando sobre seus dias, bebendo e se amando. Mas Angie queria uma vida diferente da que levava como garçonete. Depois de muitos testes, ela finalmente foi escalada para um papel importante no teatro da Broadway. Esse papel alavancou sua carreira, e a mulher começou a receber várias outras oportunidades. Infelizmente, isso a separou de Peggy.

Na noite anterior, elas deveriam se encontrar em um restaurante para comemorar o aniversário de dois anos de namoro. Mas Angie cancelou de última hora. Peggy voltou para casa arrasada. Ela esteve ignorando as ligações de Angie desde então.

— Que droga. Se quiser conversar, pode contar comigo. — Natasha falou, tocando seu ombro e indo para sua mesa.

Peggy apenas sorriu em contribuição. Ela terminava de organizar os papéis em sua mesa quando o agente supervisor apareceu, segurando uma pasta.

— Caso de contrabando de armas. — ele deixou a pasta da mesa da morena — Pode escolher com quem vai trabalhar, mas tenho quase certeza de que vai escolher a Romanoff.

— Obrigado, Fury. Prometo que vamos resolver isso o mais rápido possível. — ela pegou a pasta.

— Tenho certeza que sim. Não conta pra ninguém que eu disse, mas vocês são as melhores daqui. — ele falou, quase em um sussurro.

Peggy deu uma risadinha e rolou sua cadeira até a mesa de Natasha. As duas leram os arquivos do caso e começaram a montar um quadro com as informações que tinham.

— Amo casos de contrabando de armas. Geralmente acabam em tiroteio. Adrenalina pura. — Natasha comentou, enquanto olhava o quadro.

— Você é louca. O último tiroteio que teve eu fui baleada duas vezes e você uma.

— Vai me dizer que você não se sentiu mais viva depois disso?

— Eu me sinto viva tomando sorvete, ou fazendo sexo até amanhecer. — Peggy respondeu e Natasha riu, dando de ombros.

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