IV

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- Boa noite, jovem rapaz. – Sam falou, já perto da porta da cela.

O moreno ergueu sua cabeça para procurar o dono da voz, mas não viu ninguém.

- Aqui em baixo! – Gabriel gritou, fazendo com que o rapaz olhe para baixo. Quando seus olhos encontraram Gabriel e Sam, os dois acenaram para ele, fazendo com que Castiel levante depressa, o mesmo pegou um balde que estava dentro da cela e ameaçou atirar nos dois.

- Calma! Nós não vamos lhe fazer mal. Por favor, deixe-nos se apresentar. – disse a luminária, que logo subiu em cima do relógio e com a chave, abriu a porta. Os dois entraram e se curvaram perante o rapaz. – Eu sou Samuel, mas pode me chamar de Sam. Ele é o Gabriel. – disse apontando para o relógio. – Qual seu nome?

- M-meu nome é... Castiel. – disse o moreno, com a voz um pouco trêmula. – Isso é real? Ou é só um pesadelo?

- Infelizmente é real. – comentou Gabriel, recebendo um cutucão de Sam.

- Não ligue para os comentários do Gabriel, às vezes ele exagera um pouquinho. – dessa vez foi Gabriel quem cutucou Sam. – Enfim, gostaríamos de levá-lo até seu quarto.

- Eu tenho um quarto?

- É claro que sim! Você é nosso convidado e vai passar muito tempo aqui, nada mais justo do que ter seu próprio quarto.

- Desde quando convidados são prisioneiros para sempre?

Sam e Gabriel ficaram calados diante da pergunta de Castiel. Ele era um prisioneiro, não poderia ver o pai e nem mais ninguém, não pode sair do castelo e como bônus, vai ter que aguentar o mal humor de Dean, que estava muito pior do que nunca. Castiel tinha azar, e não era pouca.

- Vamos esquecer isso por um momento! Venha, você vai adorar! – disse o relógio.

Gabriel fez sinal para que o moreno os seguisse, e assim o mesmo fez. Os três desceram as escadas da torre e chegaram novamente até o saguão. Subiram as escadas principais e foram pela esquerda, na ala leste, passaram por um enorme corredor que estava cheio de armaduras bem posicionadas e muito empoeiradas. Todo o castelo tinha uma atmosfera abandonada e velha, como se ninguém limpasse ele há anos.

No fim do corredor havia uma grande porta azul com detalhes em dourado. Os objetos falantes pararam frente a ela, olhando ansiosos para Castiel.

- Nós temos o prazer de lhe apresentar o seu quarto! – disse o relógio, empurrando a porta com dificuldade. Sam e Gabriel entraram primeiro, seguidos de um Castiel meio receoso.

- Uau. – Castiel girou olhando cada canto daquele quarto. Havia uma cama enorme com dossel em tons de dourado, mais a frente, uma enorme penteadeira também com detalhes em dourado. Perto da porta, havia um enorme guarda roupa, ele era da cor azul, com alguns desenhos. Também havia uma enorme janela, próxima a cama. As paredes do quarto eram todas detalhadas e no teto, desenhos de anjos e alguns galhos dourados faziam o lugar menos vazio.

- Fique a vontade, nós iremos te deixar sozinho para pensar melhor em tudo isso, em um lugar confortável. Amara! Castiel é o nosso convidado, trate bem ele! – Sam disse, se virando para o roupeiro, o mesmo pareceu despertar de um sono profundo e se mexer assustado.

- Ah, sim! Um convidado, finalmente!

O grande roupeiro andou lentamente até Castiel e ergueu seus “braços” que eram os detalhes em ouro do mesmo. Ele apertou as bochechas se Castiel e olhou bem para os olhos dele.

- Oh, mas esse rapaz é a coisa mais linda que eu já vi! Vocês também acham que ele pode quebrar a maldição? – o roupeiro se virou para a luminária e o relógio, que ficaram tensos.

The Boy And The BeastOnde histórias criam vida. Descubra agora