Capítulo 1 - acidente

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Comentem bastante!

Aurora beccoli

- Minha filha já é uma mulher. - diz meu pai choramingando. - por que Deus? Por que ela teve que crescer tão rápido? Minha princesinha. - juro, não conheço ninguém mais dramático do que senhor Alfredo.

- deixa de ser dramático homem. - minha mãe resmunga e eu dou risada e concordo.

-Mas... Mas, amor... - ele tenta falar algo, mas minha mãe apenas olha pra ele que se cala.

_ o senhor nem vai sentir minha falta, pai.
Vai esquecer de mim quando estiver sozinho com minha mãe aqui a sós.
Seus velhinhos safados. - digo e meu pai ri ao ver o rosto corado de minha mãe.

A campainha se faz presente no local anunciando a chegada da minha amiga Ayla. Um sorriso aparece em meu lábios e eu me levanto indo até a porta.

O sorriso de minha amiga estava ainda maior que o meu.

- vamos viajar pela primeira vez juntaaaas. - ela diz dando um gritinho que eu logo acompanho. - estou tão animada. Vão ser os melhores dias da nossas vidas. - ela diz e eu dou vários pulinhos.

_ estou tão animada. - digo rindo.
Ajudo a mesma a colocar a mala no meu carro.

Quando fiz 18 anos, a primeira coisa que eu fiz foi tirar a carteira de motorista. Meu pai me deu um carro de presente. Isso é uma das coisas boas de ter um pai CEO e ser filha única. Você é extremamente mimada.

- assim que chegarem lá, mandem mensagem. - meu pai diz pela décima vez.

_ pai, eu não vou morrer. - digo revirando os olhos.

- morrer eu sei que você não vai, agora chegar inteira é outra coisa. - ele diz e eu faço uma cara de ofendida.

_ pelo menos eu vou tá viva, veja o lado bom. - digo risonha.

- se você morrer, eu te ressuscito e te mato de novo. - dona Renata diz enquanto me abraça.

_ se eu morrer, eu volto pra puxar o pé de vocês como aviso. - digo e recebo um tapa no braço do meu pai. - fiquem de boa coroas. - falo. - amo vocês. Tchau. - digo acenando e entro no carro.

Dou partida e coloco uma música.

- vou voltar dessa viagem desvirgizada. - Ayla diz e eu dou risada.

_ eu queria não ter perdido minha virgindade com um filho da puta quando eu tinha 17 anos. - digo.

- Se seu pai descobre, ele te matava e matava o Luan. - ela diz seria e logo da risada.

_ Ainda bem que na cabeça dele eu sou santa, igual a você. - digo.

- se eles soubessem que você me leva para o mau caminho. - ela diz fazendo uma falsa cara de tristeza.

_ olha que vagabunda fingida. Pode até ser virgem, mas já caiu de boca em mais paus do que eu. - digo e ela me olha em choque.

- eu? Eu mesma não, sou uma santa. - ela diz.

_ de qualquer jeito, não crie muita espectativa com a perda da virgindade, só começa a ficar gostoso depois da terceira, pelo menos pra mim foi assim. - digo sincera. - doeu para caralho. - meu sangue gela só de lembrar.

°•°•°•°•°

A chuva caia forte e eu ligo e o para-brisa do carro. Ayla tava dormindo e logo acordaria para dirigir.

Diminuo a velocidade do carro quando o carro começa a derrapar por conta da chuva. O medo se apossa do meu corpo e a Ayla desperta.

-o que tá acontecendo? - ele pergunta preocupada.

_ tô perdendo o controle do carro, a pista está muito molhada. - digo nervosa. O carro derrapa novamente e gritamos.

- aí meu Deus, por que eu fui acordar? Me deixava dormindo, senhor, sempre quis morrer dormindo! - Ayla orava ao meu lado me deixando ainda mais desesperada.

_ EU TÔ PERDENDO O CONTROLE! - grito com medo a Ayla do meu lado começa a gritar junto comigo.

- CUIDADO! - ela grita e aponta pra uma árvore, pelo milagre consigo desviar mas pelo meu azar, não vi outra árvore ao lado dela.

O carro bate na árvore com força.

Perco os sentidos, olhava para o lado a procura da Ayla, que estava desmaiada com uma mancha vermelha de sangue descendo pela sua testa.

Com minha visão embaçada, consigo ver um silhueta enorme de um homem.
Sua mão cheias de calos passa pelo meu rosto e apago naquele momento.

Espero que gostem.

Que tal uma estrelinha?

Meu homem selvagem.Onde histórias criam vida. Descubra agora