Capítulo 3 (Revisado)

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Alerta gatilho: tentativa de estupro!!!

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Alerta gatilho: tentativa de estupro!!!

Beleza, tenta relaxar, se acalma Flora, você tá bem e vai ficar tudo bem.

Desde que ela tirou o celular da minha mão está tudo em câmera lenta, isso tem o lado bom, posso tentar raciocinar, ou fingir que estou pensando, pelo menos é mais confortável imaginar que eu tenho a oportunidade de raciocinar, e tem o lado péssimo, se está em câmera lenta quer dizer que estou tendo um surto psicótico e se eu estou tendo um surto não vou conseguir fazer nada a não ser hiper ventilar.

Rodando, minha cabeça tá rodando eu preciso gritar e sair daqui, mas por que eu não faço isso? Por que meu corpo não responde a esse comando?

Ela passou pro banco de trás, esta do meu lado, não para de me tocar, começou com um simples carinho nos meus cabelos, minhas mãos estão tremendo, agora suas mãos não estão mais em meus cabelos desceram para o meu pescoço e eu posso sentir a boca dela nessa região também, espera minha boca tá abrindo, Flora, por favor, grita, se debate faz alguma coisa, só não deixa isso acontecer.

—Para Sol, por favor- minha voz sai em um sussurro, por quê? Eu quero gritar e não sussurrar.

—Relaxa lindinha- ela pega a minha mão e coloca na genitália dela, bom pelo menos agora meu corpo reagiu, consegui tirar a minha mão.

Isso Flora, você consegue, tira as mãos dela de você, luta, luta, não desiste.

Parece que meu corpo começou a reagir aos meus pensamentos de suplica, consigo começar a lutar com ela.

—Me solta- falo mais alto e começando a me debater, consigo tirar a mão dela dos meus seios e tento passar para o banco da frente, mas ela segura meus cabelos que infelizmente estavam soltos e me puxa para trás de uma vez.

—AHHH-grito desesperada e segurando no banco do motorista, isso eu to reagindo, to conseguindo lutar eu só preciso passar pro banco da frente a apertar o botão que destranca as portas e depois correr, eu consigo fazer isso, sei que consigo.

—Parece que eu peguei uma lobinha lindinha. – Sol segura meu pescoço me enforcando, solto o banco e tento apertar os olhos dela, não posso me desesperar agora, mas ela é mais forte e com a outra mão segura meu braço, levanta a minha blusa e me imobiliza com a minha própria roupa.

Tento usar as minhas pernas por que só me sobraram elas livres, sou gorda mas tenho pernas flexíveis e posso usar isso a meu favor, consigo passar a minha perna direita por baixo dela e tento empurrar, quando ela percebe o que eu estava fazendo solta meu pescoço, e eu finalmente consigo respirar, logo ela solta meus braços que já estavam doloridos, nesse pequeno momento de alivio, ela me joga sentada no banco com as costas pra porta e senta no meu colo de forma que imobiliza as minhas pernas.

Quando voltei a raciocinar ela já estava me enforcando de novo.

—Para- puxa meu rosto para perto do seu enquanto me enforca- de lutar- e de repente bate minha cabeça com tudo no vidro da porta, foi o suficiente para me desarmar, já não consigo fazer muita coisa agora- Você lindinha, tá complicando as coisas- sussurra no meu ouvido enquanto lambe o mesmo.

—Para Sol, por favor, para- ela me solta, mas estou tonta e não consigo me mover com firmeza.

—Agora a gente vai aproveitar bastante lindinha- ela levanta a minha blusa, passando ela por minha cabeça e finalmente a tira me deixando apenas de sutiã na parte de cima.

Rodando, não para, de rodar, eu preciso pelo menos me movimentar pra tentar atrasar ela, não consigo mais abrir os olhos, não quero ver, já é suficiente sentir.

—Para Sol- chorando compulsivamente e implorando para ela parar, não vou desistir.

Ela tira meu sutiã.

—Para- eu imploro.

Ela aperta meus seios, lambendo a auréola do esquerdo.

—Para- peço mais uma vez tentando me debater

Um barulho muito auto me tira de orbita, um tiro quebra a janela do lado do banco do motorista.

—Merda lindinha, parece que você tem amiguinhos- ela fala me puxando pra si e voltando a me enforcar quando a porta do banco de trás é aberta e ela é puxada pelos cabelos me soltando ao sentir a dor.

Eu caio de bruços no banco tentando cobrir meus seios, e do jeito que caí, fiquei no banco do carro, já não tenho forca, minha cabeça esta rodando, estou semi nua e sem conseguir respirar, e se agora tem alguém armado, só posso esperar pelo pior.

—Flora, pelo amor dos deuses, Flora- ouço alguém gritando meu nome, mas ainda não quero abrir os olhos.

Sinto mãos passarem pelo meu cabelo e meu nome ser chamado baixinho, por uma voz feminina e calma.

—Flora, sou eu, Clara, olha pra mim? Já passou, estou aqui com você- levanto meu rosto e vejo Clara, a primeira coisa que penso é em abraça-la.

Acabou Flora, você passou por isso e conseguiu vencer, acabou, agora já posso respirar.

—Clara- falo com lagrimas nos olhos- você é linda mesmo prainha- rindo a abraço, ainda chorando, e posso escutar sua risada.

—Estava preocupada pequizinha- ela me responde enquanto segura meu rosto entre suas mãos.

—Clara- uma voz masculina fala fora do carro, e nesse momento dou uma breve tremida nos braços de Clara- tá tudo bem ai?- em nenhum momento o dono dessa voz se materializa na porta do carro, mas o tom de sua voz mostra que esta perto.

—Tá tudo bem Flora, é só o meu irmão, e tem mais uma pessoa com a gente, a Siya, minha amiga também, lembra que eu já te contei dela?- assinto com a cabeça- então, não precisa ter medo- ela fala tudo baixinho olhando nos meus olhos- Vai ficar tudo bem Lipe, só me empresta sua blusa, por favor.

Uma camisa é jogada nas costas de Clara, que me ajuda a vestir, mas só de pensar em sair do carro minha cabeça vai a milhão, respira Flora, tá tudo bem, você consegue se acalmar, pensa na textura da blusa, se concentra no vento batendo no cabelo, e assim tentando me concentrar em algo saiu do carro e vejo Lipe, ou como eu chamo ''armarinho''

--Oii pequizinha, desculpa a demora aí- ele fala se aproximando meio vacilante.

--Oii armarinho, vem cá- me aproximando dele, o abraço- parece que vou ter que mudar seu apelido, o que acha de ''transformer''? – ele solta uma risada gostosa me tranquilizando com aquele som.

--Flora, essa é a Siya, repara não, que de feia é só a cara tá?- Clara diz chamando minha atenção.

--Oi Siya- estendo a mão- prazer.












Taiobinhas, sim ela teve uma experiência de quase estupro e esta brincando e sendo carionhosa com os que estão em volta dela, isso não diminuiu o tamanho do trauma, apenas o modo dela de lidar com tudo que ocorreu é diferente.
Não estou totalmente satisfeita com esse capítulo, mas não queria deixar vocês sem atualização, comentem e não esqueçam de votar por favorzinho.
Qualquer dúvida ou sugestão podem falar comigo pelo insta: @lu_cmello2
Obrigado de coração por estarem lendo, Beijoquinhas no coração de vocês, desculpem pro capítulo mais ou menos.

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