I

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S/n estava algemada. Seu avô a olhava com pena ou talvez estivesse realmente achando que a mulher merecia a sentença que recebeu. Traídora. Traídora. Ela era mesmo uma traídora por salvar a pessoa que ama? Qualquer um faria isso não? Ou talvez não quando as forças estavam contra os piratas.

Se não fosse pelo mesmo, se não fosse por seu avô, ela estaria morta nesse exato momento. E ela não estava falando só sobre o golpe que quase atravessou seu corpo, e sim sobre Akainu ter aberto a possibilidade de excução da mesma. Ele a olhava com um ódio mortal e até entendia já que teve a chance de matar o filho do rei dos piratas, chance essa que foi totalmente impedida por S/n.

Suas mãos suavam e ela não sabia se pensava em como seria dali pra frente ou se pensava no quão Ace foi egoísta. No quanto a pessoa que ela salvou por amar tanto foi egoísta ao ponto de não se importar com seus sentimentos, de não escutá-la e escondido segredos que poderiam ter evitado a prisão do mesmo, evitado a guerra.

S/n queria chorar. Não por estar sendo expulsa da marinha, mas por que se sentia quebrada por Portgas D Ace. A muito a mulher não se considerava mais a justiça do mundo, a muito tempo que ela estava lá pelo mesmo motivo que entrou: obrigada. Aquilo não era justiça, estava tudo errado. A cicatriz em sua barriga queimou e ela pode jurar que foi Akainu pela forma que a olhou.

– S/n. – Sengoku a chama com a voz firme, sem nem um tipo de familiariadade, sem carinho de antes – Você está oficialmente expulsa da marinha. Como você salvou Portgas D Ace e o ajudou a fugir junto com os outros piratas, automaticamente você... – Ele hesitou, e S/n sabia que tinha o decepcionado – é uma criminosa.

– Mais uma no mundo – Akainu rebateu sorrindo em deboche – O melhor seria eliminarmos antes que esse número cresça cada vez mais...

– Calado! – Sengoku gritou – Eu ainda sou comandante aqui, eu decido.

Sengoku não sabia. Ou pelo menos, a mulher imaginava que não. Olhou para Garp, o avô adotivo de Ace e ele tinha a feição de dor por vê-la sair. Talvez ela tenha sido a única criança que ele treinou e que escolheu realmente entrar na marinha – Ok, não foi totalmente escolha dela, mas ele acreditava que sim – Garp a agradeceu, chorando, sabendo seu destino. Ela tinha salvado seu neto, seus dois netos.

– Se isso já acabou, acredito que já posso ir embora

– Será acompanhada até a ilha mais próxima, não nos responsabilizaremos mais por sua segurança. – Sengoku engoliu um a seco – A partir do momento que deixar a base da marinha, qualquer marinheiro, qualquer capitão, almirante, poderá ir atrás de você.

– Nem uma trégua? – Quis parece tranquila – Akainu vai ser o primeiro a vir atrás de mim, nem vou ter tempo de comer alguma coisa – E realmente estava com fome, seu estômago não só roncava como doía de fome. – Ao menos me dê um dia.

– Um dia é o suficiente.

– Está brincando né?! – Akainu perguntou indgnado – Ela é uma criminosa

– Que lutou pela marinha durante muito tempo – Garp falou pela primeira vez naquela reunião – Mais do que justo

– Você não tem moral nenhuma pra falar algo! Sua família é cheia de criminos...

– Eu ainda posso te matar – Garp fecha os punhos – Ainda sou seu superior e o único motivo de ainda estar falando nessa sala foi por Sengoku ter me segurado.

ILY - Portgas D AceOnde histórias criam vida. Descubra agora