A Caixa De Pandora

Seu Dom

[ANO DE 2013]

 O ataque extraterrestre no ano anterior havia passado, estavam vivos, mas não ilesos. Pandora estava enfrentando dificuldade de controlar seus dons, Tony criou uma bunker no subterrâneo para quando ela sentia á perca do controle, no final do ano passado tiveram que reconstruir a casa por uma explosão que ocorrerá por conta de um pesadelo. A sorte é que Tony e Pepper estavam em um restaurante, só receberam o alerta de Jarvis que á garota havia explodido a casa.  

  Ás vezes o poder lhe obedecia, ás vezes sumia e na maioria ele tomava conta de seu corpo. Pepper queria que ela passasse por uma terapeuta, para acalmar os demônios que a perturbavam, mas Pandora não aceitava. Tinha medo de ser taxada de louca, tinha medo que se continuasse errando se tornasse a vilã que a mãe havia lhe alertado. 

 ''Erre uma vez e será perdoada, erre uma segunda vez e será julgada! Erre uma terceira vez e terá se tornado vilã.'' 

  Ela tentava lidar com o pânico noturno, com o medo que lhe perseguia. Porque ninguém entenderia como é ser a filha de um herói, aquele que está disposto a morrer por pessoas que ele nem conheça. O medo constante de perder seu pai era um dos gatilhos para que o poder roubasse sua consciência. 

 Tony não conseguia dormir, tinha ataques de ansiedade, crises de pânico. Passava ás noites em claro, Nova York lhe deixará  traumas maiores que o Homem de Ferro poderia imaginar, passava ás noite em claro, ouvindo a câmara de som que havia colocado no quarto de Pandora com medo que ela se machucasse. Pandora tinha uma responsabilidade enorme com os poderes que continha em si, e não havia nada que o pai pudesse fazer para ajuda-la. 

- Porque tanta raiva?- Clint interrompeu os golpes com bastão. Ela parecia querer mais, mas ele se afastou.- O que houve com você? Têm dormido?

- Não.- Ela respondeu revirando os olhos.- Não quero explodir a Torre, depois de toda reforma que a Pepper e meu pai fizeram.- Ela empunhou de novo o bastão.- Qual é ,Tio Clint? Estou aqui para treinar, não para me dar lição de moral!

- Língua afiada, Pandora.- Steve coçou a nuca.- Achei que depois da Pepper ter se mudado para a mansão, você poderia ficar mais tranquila.

- Eu amo a Pepper, ela é como uma mãe.- Ela encarou o loiro.- Mas ela não é ela, ela não é minha mãe.

- Quanto tempo não consegue ver sua mãe no além?- Clint perguntou tomando o bastão de sua mão.- Quanto tempo, Pandora?

- Seis meses.- Ela exclamou irritada.- Eu não sei porque, eu não consigo controlar! Ela desapareceu, e eu não sei o que houve, eu tentei gritar por ela, mas ela nunca voltou. 

  Com os olhos cheios de lágrima Pandora foi abraçada por Steve e Clint, os dois a fecharam no meio deles...

- Estamos aqui.- Steve tentou consola-la, mas ela se afastou de ambos enxugando ás lágrimas.- Estamos aqui, Pandora!

- Já que não vão me treinar, eu vou arrumar minhas coisas para voltar para casa.- Ela se agachou pegando sua mala com os materiais que treinava e á toalha de rosto.- Acho que preciso ir para casa, duas semanas é muito tempo longe dela. 

[...]

    Ao chegar em casa, Malibu, depois de horas de viajem usando um disfarce desconfortável, receberá á notícia por Pepper que Happy estava no hospital, o novo terrorista da América ,''Mandarim'' é o seu nome, havia cometido um atentado no Teatro Chinês onde Happy estava, sabe-se lá por qual motivo. 

   Ela e Pepper assistiam a TV, quando se passou Tony jurando vingança ao Mandarim, lhe mandará o próprio endereço. Tony declarou guerra ao Terrorista.

- Você vai voltar para Nova York.- Pepper tinha o tom  de voz ,''mandão''.- Seu pai ameaçou um terrorista, podem descobrir sobre você e usar para chantagem.

- Pepper...

- Sem discussão, mocinha!- Pepper falou mais alto.- Vamos em seguida, vou convencer o seu pai, mas você vai voltar para á Ilha de Manhattan imediatamente.- Ela retirou o celular do bolso. 

- O que está fazendo?- Ela perguntou vendo a tela.

- Comunicando o motorista do jato.- Pepper respondeu apagando a tela.- Você têm quarenta minutos para se arrumar, eu mesma vou levar você e coloca-la dentro daquele jato!

- Feliz Natal, não é?- Ela bufou revirando os olhos.- Um ótimo final de ano!

[...]

  Ela estava de volta a Torre Stark ao anoitecer, ela não virá o noticiário, ficou fora ar. Havia sido um conselho de Pepper para evitar a ansiedade, preocupação e medo do Terrorista pegar seu pai. Ela tinha até raiva de si mesma, tanto poder e sem um pingo de controle.

 Se sentia inútil.

- Tio Bruce?- Ela entrará no laboratório do penúltimo andar. Ele usava luvas segurando um vidrinho. Havia uma boa quantidade sangue.- O que está fazendo?

- Estudando o seu DNA.- Ele fora direto.- Talvez eu consiga entender o porque você está fora do controle.

- Acho que não é sua área, tio.- Ela sentou ao seu lado.- O que eu tenho, é psicológico, estou tentando resolver isso.-  Bruce largou tudo, olhando em seus olhos.- O que foi?

- Viu o jornal?- Ele perguntou, ela negou com um balanço de cabeça.- Temos que ir para a sala de treino.- Ele levantou a impulsionando segurando seu ombro para que ela fosse na frente.- Lá você pode explodir quantas coisas quiser depois de eu te contar.

- É o meu pai, não é?- Ela engoliu seco.- O que houve com mandarim e ele?

 Bruce contará para Pandora sobre o atentado em sua casa de Malibu, mas ela não perdeu o controle, na verdade não saia nem um pingo de faísca. Ele contará também que Tony havia deixado uma mensagem para Pepper e outra para a filha.

- ''É o papai! Me desculpa por te dar mais gatilhos, Pandy. E para dar um fim nele, te deixei essa mensagem, eu estou bem! Estou vivo, não tenho sua permissão para morrer e sei bem disso. Eu não posso voltar para casa agora, preciso que fique na Torre, segura! Com ás pessoas mais fortes do mundo cuidando de você. Vou acabar com o Mandarim e tudo voltará a ficar bem, eu prometo! Eu só te peço uma coisa, resolva o que há dentro de você que está a impedindo de usar o seu dom, é isso que ele é, dom. Com amor, papai!"