A Caixa De Pandora

< Querido Diário >

 ''   22/ 04/2008

   Querido Diário, você foi um presente da Pepper, a secretária do meu pai. Ela disse que você pode ser minha amiga, mais que o Jarvis, o que pode ser uma mentira, ele me conhece desde que eu nasci. E pensando bem, eu tenho que te dar essa chance também, de me conhecer. 

 Meu nome é Pandora Maria Stark, eu nasci no ano de 2001, eu fui um acidente. Minha mãe e meu pai eram melhores amigos desde crianças. Um dia há 7 anos atrás os dois beberam demais e eu fui feita, meses depois eu nasci. E de um acidente, passei há ser um presente para os meus pais, Antony Stark e Perola Smith. 
   Eu me pergunto as vezes se eles eram apenas melhores amigos, acho que meu pai á amava mais do que só um amigo ama uma amiga, mas é dolorido pra ele falar.

  Eu perdi a minha mãe quando tinha apenas 3 anos, ela morreu de câncer, eu não me lembro, mas sei que ela me amava e eu sinto muita falta desse amor. Desde que ela morreu, meu pai cuida de mim, me dá muito amor, me mima. Acho que ele não quer ser como o pai dele foi.

 Ele quer ser melhor. 

   Eu sei que meu pai adora ás mulheres, sempre vejo várias pela casa e sem ser vista, eu espanto todas. Ás vezes tenho á ajuda da Pepper. Sei o que a mídia fala sobre meu pai, eu sei ler muito bem, mas eles não o conhecem como eu e afinal, ele é o meu pai.

  O melhor pai do mundo. 

  Há mais um detalhe sobre mim, eu tenho poderes. Meu pai criou uma pulseira para que o meu poder ficasse controlado, eu já causei a destruição do meu quarto algumas vezes, a oficina foi o estopim para que meu pai criasse a pulseira ou bracelete, como preferir.  

  Eu não sei de onde eles vieram ou quando tudo começou, mas eles estão aqui. São uma parte de mim...Agora eu devo ir, Pepper está me chamando, espero que seja um hambúrguer delicioso. ''

   Pandora fechará seu Diário ,descera da cadeira e correu para sua cama levantando o colchão o escondendo embaixo da madeira, muito bem escondido. Pepper abrirá a porta pela demora de resposta da garota, ela encarava Pepper.

- O que foi?- Ela cruzou os dedos implorando em sua mente que ela não tenha percebido.

- O seu pai está vindo, com uma mulher.-  Pepper fingiu que não perceberá o que ela estava fazendo.- É uma jornalista da Vanity Fair, sabe que ela não pode descobrir sobre você, nem milhões vão calar aquela mulher.- Ela suspirou vendo o olhar triste de Pandora, ela odiava ser um segredo.- Você vai para casa comigo hoje, vamos voltar amanhã cedo.

- Tudo bem.- Ela suspirou dando ás costa indo em direção ao seu closet ,digitou o código 6278 e a porta se abriu lhe dando passagem, ela olhou para o topo do armário.- Pode me ajudar a pegar minha malinha? 

- Sabe que pode usar o seu poderes, não sabe?- Pepper franziu o cenho.- A pulseira não tira eles, só ameniza pra que você não destrua a casa. 

- Eu sei.- Ela assentiu voltando olhar para sua mala, Pandora mexeu seu dedo anelar para baixo movimento a maleta levando-a para o chão.- Espero que o papai me recompense amanhã. 

- Ele vai.- Pepper riu fraco se aproximando pegando a mala do chão.- Vou te ajudar a arrumar suas roupas, mas sabe que só precisa do pijama, não sabe? É só uma noite.

[...]

  Como prometido ,havia sido apenas uma noite, Pepper deixou Pandora na oficina com Tony. Ela iria colocar a jornalista para ''fora de casa'', desta vez sem a ajuda de Pandora.  Tony havia comprado brinquedos novos para Pandora perdoa-lo ,mas a mais nova seguia mexendo em uma tela, o ignorando por completo.

- Okay.- Ele suspirou pegando ás ferramentas para mexer no motor de um dos seus carros.- No seu tempo, Pandy.- Ele a olhou de canto de olho.- No seu tempo. 

 Ela mudou de lugar ,para mais longe, ela pegará o robô, ''idiota''. Era assim que Tony o chamava, na maioria com raiva. Ela abrirá ele com seu poder, movia o dedo indicador retirando os fios. Ela nada mais ,nada menos, que montou novamente, apenas para se distrair.

  Pepper adentrou na oficina ,abaixando a música que ambos escutavam ,ela acabará de desligar um telefonema.

- Vocês ainda não se resolveram?- Pepper revirou os olhos. Tony apontou para Pandora, e a mesma para o pai.- Tony, ela têm sete anos, você não! Peça desculpas.

- Ei!- Tony resmungou ainda concentrado em seu cilindro do motor.- Ela não quer me desculpar.

- Pandora.- Pepper lhe chamou a atenção, recebendo um olhar emburrado de Pandora.- Tony, você devia estar do outro lado do mundo!

- Não vou sem ela me desculpar.- Tony retrucou.- E como a mulher reagiu?

- Com classe.- Pepper pegou sua caneta anotando em algum papel.-  Seu vôo está marcado para partir há uma hora e meia.- Tony revirou os olhos.- E eu queria rever algumas coisas antes que você saia.

- Para que ter um avião ,se ele parte antes de eu chegar?- Tony largou suas ferramentas, pegando um pano para limpar sua mão, ele se levantou da cadeira indo até Pandora estava sentada no chão, ele a pegou em seu colo.- Vamos conversar!- A menina virou a cabeça, e Tony encarou a Pepper.- Continue, Potts. 

- O Larry tem outro comprador para o Jackson Pollock.- Ela o encarou com os papéis em mãos.- Vai querer ou não?

- É um bom exemplar da fase Primavera?- Tony perguntou.

- Não ,essa tela retrata East Hampton onde ele trabalhou.- Pepper explicou.- Não a estação. É um bom exemplo! Mas acho que está supervalorizado 

- Eu quero.- Tony e Pandora disseram ao mesmo tempo. Ao perceber que estava sorrindo ,a menina fechou o cenho rapidamente.- Precisamos dele, compre e guarde.- Ele olhou para Pandora.- Pepper, um segundo.- A loira assentiu voltando a olhar sua anotações.- Vamos nos resolver? Não vou viajar brigado com você, Pandy.- Ela bufou revirando os olhos.- Se o problemas são ás mulheres, eu prometo que não trarei mais nenhuma para cá!

- Não é isso.- Ela deu final ao seu silencio punitivo.-  É que eu não entendo. 

- O que você não entende?- Ele perguntou com o olhar preocupado.- O que minha Pandy Gênia não entende?

- Se você me ama ,porque eu tenho que ser um segredo?- Ela perguntou o deixando chateado com a mínima possibilidade dela pensar que não é amada.- Não mentimos um para o outro, não é?- Ele assentiu, não havia mentiras entre eles.- Eu não quero me esconder, papai. 

- Meu amor.- Tony acariciou seu rosto.- Você é o amor da minha vida, você é literalmente minha vida!- Ele apertou seu narizinho para que ela sorrisse.- Eu escondo você porque têm pessoas no mundo que não vão ver você como eu vejo, vão querer usar seu poder, estudar você.- Tony estava sério.- Eu não quero que te coloquem em um laboratório como se fosse um ratinho, você é minha filha!- Pepper fingia anotar, mas prestava atenção no momento dos dois.- Eu tenho medo de pôr ser quem eu sou, queiram ferir você para me abalar, que usem você. E eu não posso correr o risco de te perder! Entende?- Ela assentiu abrindo um sorriso para o pai. Eles se abraçaram apertado.- Eu te amo, Pandy. 

- Eu também te amo ,papai.- Ela tinha os olhos fechados como os braços sobe o pai.- Posso ficar aqui no seu colo até a Pepper acabar de falar o que você deve fazer?

- Pode.- Ele riu abrindo os olhos para a loira.- O que mais eu tenho?