Capítulo 2

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Finalmente consegui escrever o segundo cap dessa fic. Não estou tão segura quanto ao rumo que decidi tomar em relação a tudo, logo no início, mas eu espero que dê certo. E já peço desculpas caso tenha algum erro.

Já fazia dez minutos que Paula e Carmem haviam chegando no restaurante que ficava mais próximo da agora Wollinger-Terrare. Até então estava ocorrendo tudo bem, elas já haviam feito seus pedidos e apenas aguardavam. O silêncio entre elas reinava, e aquilo já estava incomodando a Terrare.

─ Tem alguma coisa te aborrecendo casc... Carmem? ─ Forçou um sorriso.

─ Apenas pensando no quanto isso tudo é inusitado. ─ Cerrou os olhos. ─ Você querendo almoçar comigo, parecendo amigável. ─ Colocou a mão no queixo. ─ Estranho, muito estranho.

─ Você pensa que não podemos ser amigas?

─ Podemos, não é a palavra certa. ─ Arqueou a sobrancelha esquerda. ─ Eu só não tenho certeza se isso pode realmente funcionar.

─ Entendo que nunca nos demos bem, mas acho que somos capazes de começar de algum lugar. ─ Deu de ombros.

─ É, talvez. ─ Confirmou, mesmo cismada.

─ Lembro que o Celso falava que queria que fossemos amigas. ─ Sorriu de canto ao lembrar do falecido. ─ Eu sempre achei que fosse uma ideia estapafúrdia, mas talvez agora isso se torne realidade. Estou aberta para tentar. ─ Se esforçou para parecer, verdadeira em sua afirmação.

─ Okay então Paula, vou me esforçar pra acreditar que realmente possa haver um fundo de verdade nisso tudo ─ Se inclinou levemente sobre a mesa. ─, mas deixo avisado que caso você esteja tramando alguma coisa ─ Apontou o dedo indicador na direção da outra. ─ Se eu só desconfiar de algo, você nunca mais bota seus pés na Terrare. ─ Ameaçou friamente.

Ali Paula sentiu todo seu sangue borbulhar em suas veias, a sua vontade era de voar no pescoço da platinada e torcer o mesmo, até que ela não pudesse mais respirar. A morena deu graças a todos os deuses pelos pedidos terem chegado, fazendo com que ela dissipasse esses pensamentos homicidas.

Até cada uma terminar suas refeições poucas palavras foram trocadas entre ambas. Paula repetia em sua mente como um mantra o seu objetivo, ou ela explodiria a qualquer instante. Ela começou aquilo, então com certeza ela iria até o fim.

Uma pequena discussão se iniciou entre às duas, para decidir quem iria pagar a conta. Paula acabou convencendo a loira, porque ela a havia convidado, então somente ela que deveria arcar com tudo. Mesmo contrariada, Carmem acabou aceitando.

Ao retornarem para a empresa, Paula decidiu mergulhar no trabalho. Ela precisava ocupar a mente de qualquer forma. Com duas pilhas de papéis sobre a mesa, a morena lia e relia alguns, separando os que foram devidamente analisados por ela. Fazia pouco mais de três horas que ela estava trancada em sua sala, ficou tão distraída com os documentos que esqueceu todo o restante. Decidindo que já havia feito muito por hoje, a morena resolveu testar sua "amiga".

─ Amiga, eu queria te pedir algo. ─ Paula disse ao adentrar a sala de Carmem.

─ Pode falar. ─ A platinada analisou a outra por cima dos óculos.

─ Estou me sentindo muito cansada, eu queria ir pra casa. ─ Mesmo sendo a segunda no comando da empresa, ela queria saber até onde poderia ir.

─ Hoje é primeiro dia que você volta pra cá e já quer ir embora amiga? ─ Cerrou os olhos, fazendo um biquinho. ─ Já sei! Tá indo encontrar o jogadorzinho.

─ Não é nada disso. ─ Estalou os dedos com rapidez. ─ Até porque eu e o Neném não estamos mais juntos, ele só quer saber de uma tal de Rose, uma antiga paixão dele... enfim. ─ Rolou os olhos lentamente.

Foi Assim que eu te Amei Onde histórias criam vida. Descubra agora