Foi Assim que eu te Amei

Capítulo 4

Olha só quem lembrou que tem uma fic pra atualizar. O cap tá curto e aposto que vocês vão ler em dois palitos, se houver erros peço que me perdoem. Espero que gostem. :)

Sentada na garupa da moto de Carmem, Paula pensava porque diabos ela havia cedido e aceitado ir, em cima daquilo. Cada vez que a platinada desviava dos carros, a Terrare fechava os olhos e se agarrava ainda mais a cintura da outra. Sem muita demora elas chegaram ao restaurante escolhido por Carmem, o local era bem sofisticado, utilizando bem o preto em toda a decoração e com uma iluminação que ficava exatamente acima de cada mesa. Às duas mulheres foram guiadas até a mesa e logo os cardápios estavam em suas mãos. Ao ver o nome dos pedidos, um vinco se formou entre as sobrancelhas da mais nova e em seguida ela falou:

─ Oh Carmem! ─ Chamou baixinho. ─ Eu não entendo nada dessas comidas aqui, o que é isso? ─ Se inclinou levemente sobre a mesa.

─ Esse restaurante é especialista em gastronomia molecular. Essa vertente emprega componentes químicos em pequena escala para modificar características originais de diversos alimentos ou bebidas, valorizando assim os princípios científicos durante o preparo das receitas.─ Explicou. ─ Se você quiser posso pedir pra você também, pode ser? ─ Se ofereceu para a tarefa, ao ver que sua acompanhante continuava com o cenho franzido.

Paula passou a tarefa de fazer os pedidos para a platinada, e logo ela os fez. Enquanto aguardavam, a mais velha pediu água para si e um coquetel de lichia com caviar de framboesa para a outra. Carmem vendo a estranheza no rosto da morena que examinava a bebida rosa com bolinhas vermelhas disse:

─ Prova, você vai gostar. ─ Incentivou.

─ Tem certeza que isso presta? Não parece muito bom. ─ Torceu os lábios.

Carmem sorriu com a desconfiança da mais nova, e encorajou mais uma vez que ela experimentasse o coquetel. A Terrare levou o copo até o nariz, inalou brevemente o aroma e em seguida ingeriu uma pequena quantidade do líquido.

─ É muito bom! ─ Demonstrou surpresa. ─ As bolinhas de framboesa explodem na boca e se misturam com o gosto adocicado da lichia. ─ Relatou e mais uma vez levou o copo a boca.

─ Eu disse que você ia gostar. ─ Falou convencida, vendo que havia feito a escolha certa.

Dali em diante, assuntos diversos foram trocados entre elas. Paula buscava inteirar-se sobre qualquer coisa que ela ainda não sabia sobre a mulher.

─ Você tem outras pessoas da sua família vivendo por algum outro lugar do mundo? ─ A Terrare emendou, bebericando mais da sua bebida.

─ Tenho uma sobrinha, inclusive brevemente ela virá me fazer uma visita. ─ Deu um curto sorriso.

Assim que os pedidos chegaram a mesa, Paula analisou o conteúdo de seu prato, numa tentativa de identificar o que ela estava prestes a comer. Havia duas esferas amarelas medianas que ela não soube dizer do que eram, e entre elas tinha algum tipo de carne com uma flor roxa em cima. Para completar a composição do prato, mais abaixo encontrava-se um desenho em cubos, feito com um molho amarelo, em dois espaços tinha mais duas esferas brancas pequenas, e no restante dos lugares vagos tinha algumas bolinhas amarelas junto de algumas nozes caramelizadas.

A Wollinger explicou que o prato era frango recheado com maçã, amêndoa, pralinê de batata e manga, noz caramelada. E diferente de que a mais nova achava, ela acabou gostando bastante de tudo. Ao terminem a refeição principal, mais uma vez Carmem fez o pedido, dessa vez era a sobremesa. O tempo de espera não foi longo, fazendo com que seus pedidos logo chegassem a sua mesa.

─ Carmem! ─ Chamou, atraindo a atenção da platinada. ─ Por que a sua sobremesa parece melhor que a minha? ─ Cerrou os olhos.

Uma curta risada vinda de Carmem chegou aos ouvidos de Paula, quando a mesma finalizou seu questionamento.