Capítulo 2

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No dia seguinte, Tomioka encontrou Kocho na frente da Mansão Borboleta, como combinado. Ele estava com sua expressão habitualmente séria, enquanto Kocho parecia radiante e cheia de energia. Ela cumprimentou Tomioka com entusiasmo, mas ele apenas acenou com a cabeça em resposta.


Enquanto seguiam em direção à vila no campo, Kocho tentou iniciar uma conversa, falando sobre várias coisas sem importância. Tomioka respondia brevemente, mas não se envolvia muito na conversa. Ele mantinha sua guarda alta e observava cada movimento de Kocho com cautela.

À medida que a viagem continuava, Tomioka começou a notar pequenos detalhes que reforçavam sua desconfiança em relação a Kocho. Ele notou como ela evitava certos assuntos e como parecia mudar de assunto rapidamente quando algo mais sério era mencionado. Isso só aumentava sua convicção de que ela estava escondendo algo.

Chegando à vila, eles se depararam com a triste realidade das crianças desaparecidas. Tomioka estava determinado a resolver o problema e resgatar as crianças, mas ele mantinha uma distância cautelosa de Kocho durante todo o tempo. Ele preferia confiar em seus próprios instintos do que em alguém que parecia estar escondendo algo tão importante.

Enquanto investigavam a vila e buscavam pistas, Tomioka demonstrava sua habilidade e experiência como Hashira da Água. Ele estava focado em sua missão e agia com eficiência, mantendo um olhar atento em cada movimento ao seu redor.

No entanto, Kocho continuava sendo alegre e extrovertida, o oposto de Tomioka. Ela tentava se aproximar dele várias vezes, mas ele mantinha sua postura reservada. Ele não queria se deixar levar pelas aparências e preferia manter sua atenção no que realmente importava: encontrar as crianças desaparecidas.

À medida que a missão avançava, Tomioka gradualmente começou a perceber que Kocho não era apenas uma máscara sorridente. Ele testemunhou sua dedicação em ajudar as pessoas e sua habilidade em combate. Embora ainda desconfiasse dela, ele começou a ver um lado genuíno e corajoso por trás da fachada.

No final, eles conseguiram resgatar as crianças e eliminar a ameaça que as assolava. Durante a batalha, Tomioka testemunhou a força e determinação de Kocho em proteger os inocentes. Ele começou a questionar suas próprias dúvidas e percebeu que talvez tivesse julgado Kocho precipitadamente.

Após a conclusão da missão, enquanto voltavam para a Mansão Borboleta, Kocho puxou assunto novamente. Dessa vez, Tomioka decidiu se abrir um pouco mais e ter uma conversa genuína com ela. Eles compartilharam suas experiências como Hashiras e discutiram sobre o futuro do Corpo de Caçadores de Demônios.

Gradualmente, Tomioka percebeu que suas primeiras impressões de Kocho estavam equivocadas. Ela não estava escondendo nada de propósito; ela simplesmente tinha uma personalidade diferente da sua. Ela podia ser otimista e alegre, mesmo em um mundo tão sombrio.

No final, Tomioka aprendeu uma valiosa lição sobre não julgar as pessoas com base apenas em suas aparências ou diferenças de personalidade. Ele percebeu que todos têm suas próprias maneiras de enfrentar os desafios e que nem sempre é possível compreender completamente o que se passa na mente dos outros.

Enquanto caminhavam juntos de volta para a Mansão Borboleta, Tomioka decidiu dar uma chance a Kocho e tentar construir uma relação de confiança mútua. Ele percebeu que, apesar das diferenças, eles tinham objetivos comuns e podiam se complementar como parceiros de missão.

E assim, com uma nova perspectiva e uma mente mais aberta, Tomioka estava disposto a deixar o passado para trás e seguir em frente com Kocho ao seu lado. Afinal, no mundo dos Caçadores de Demônios, a confiança e a cooperação eram essenciais para enfrentar os desafios que se apresentavam.

Shinobu e Tomioka: Entre o Mar e a BorboletaOnde histórias criam vida. Descubra agora