Capitulo III:°•A importância do perdão•°

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"Mateus 18:21-22 :
²¹Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?

²²Jesus lhe disse: Não te digo que até sete, mas, até setenta vezes sete."

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Durante a ligação, teve queda de luz no bairro...E eu? Sem créditos. Eu moro no lado da casa de Elena, a janela do quarto dela é de frente do meu quarto; É uma benção ter ela como amiga! Deus me deu os melhores presentes da minha vida, e se for da vontade Dele, me dará mais! Eu creio.

Escuto algo no lado de fora. Abro minha porta de blindex, ando pela minha pequena varanda.

— Ei, Eloá! — Sussurou Elena.

— O que está fazendo? — Coloco meu casaco, pois está frio.

— Tentando pegar o sinal do chip. — Pela janela, Elena estende a mão para fora.

— Vocêêê tem crédito? — Falo indignada.

— Yes, baby! —Falou em inglês cantarolando.

— Você é benção. Mas quanto pontinhos o sinal tem? — Começo rir.

— Um. Que benção né?— Olha para trás.

A mãe de Elena, a Obr. Rute, disse alguma, uma pena que não ouvi, mas a fez se retirar.

— Amém mãe! Boa noite. Poxa amiga, vou ter que dormir. Mas antes né, nhew, meu devocional diário. — Manda beijo, e fecha a janela.

— Tá...— minha voz some, quando ela fecha a janela. — ...Bom.— Termino.

Entro pro meu quarto, sento em uma poltrona perto da porta de correr, e dá acesso à pequena varanda. De repente começa a chover.

— Ah! A luz voltou, amém.— Pego meu celular.

Recebo um vídeo do meu amigo Miguel.

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Olha esse vídeo.
📽vídeo.

Eu abro, e é a Camila Barros pregando.

"Segunda coisa. Pode ser do manto, do re-manto, do profundo, do escondido, do ré, do brá, do chá! Pode ter o Espírito de Deus na vida, se não tiver palavra. Vai rodar, e não vai acontecer nada, vai pular, e não vai acontecer nada, vai marchar, e não vai acontecer nada, vai subir monte e não vai acontecer nada. Porque mover sem palavras , não manifesta realidade, concreta!"

Aquilo mexeu comigo de uma tal forma, que a chama cerrada no meu peito, não me dá descanso, me incentivou a ler a biblia. Loucura né? Mas sim, era a palavra certa!

💮Matheus pov.💮

Depois que se mudei para o Rio de Janeiro, em Irajá. Foi tudo tranquilo, até eu encontrar com a Elena. A Elena estava de vestido longo, com a cor azul bebê, com detalhes dourados. Seu cabelos longos castanhos claros. Estava num sacolão, pegando alguns legumes e verduras, frutas, folhas. Desculpa mais eu sou muito observador. Fui até ela, mas ela ficou muito surpresa por eu estar ali.

— Oi Elena. — Abro um sorriso.

— Oi... — Parou por um momento, e surpresa, quase cai a pilheira de tomates.

— ... Você aqui? Mas como? E porque? Mateus você se mudou para cá? Mas porque? — Perguntou quase gaguejando.

— Pra que tanta pergunta? Mas eu vou te responder. Primeiro: sim estou aqui, segundo: Eu me mudei de Nova York pro Rio de Janeiro de avião, terceiro: Eu não sei,  meu pai me obrigou, quarto: sim, quinto: Eu já falei. — Falo, ajudando ela com as compras.

— Lembrou de tudo? — Arregalou os olhos, enquanto olha de cima pra baixo pra mim.

— Sim. Claro. Tenho uma memória boa! Acredite. — Disse com um jeito engraçado.

— Onde você mora? — Olho para os dois lados da pista, para atravessar a rua.

— No mesmo lugar. — Atravessa junto comigo.

— Hum. — Murmurei.

— E, você? — Parou na esquina de uma rua que eu não conhecia.

— De frente da estação de metrô, em cima da padaria da srta. Fernanda. — Digo fazendo gestos.

— Ah, eu acho q sei onde é. — Olha pro nada.

— Elena, vamos levar...— Fui interrompido pelo grito da Elena.

— Eloá! Muiê do céu! Aquiii! — Dá alguns pulinhos.

—... Eloá? — Tentando lembrar quem era.

Chega um menina parda, com os olhos reluzentes, cabelo preto liso e Chanel, com calça jeans azul escuro, e uma blusa longa, parecia um vestido, com cor preta, e tênis branco. Era linda, seu andar delicado, e o sorriso mais doce que já vi. Quando ela chegou, uma sensação dentro de mim dizia q eu a conheço, mas não me lembro bem, eu quero lembrar, de verdade. Ela abraçou a Elena, coitada, carregada de sacolas, e eu também estava. A garota chamada Eloá, tirou algumas escola da mão dela, a Elena deu um suspiro de alívio.

— Obrigado, amiga. — Suspirou.

— De nada. — Sorriu.

— Perdão, mas eu te conheço de algum lugar! Mas infelizmente não me lembro. — Falo sinceramente triste por não lembrar.

— Ah, sério ? Matheus, sou eu,  Rebecca Eloá, não se lembra? Filha da missionária Antonella. — Além de suas falas, ela não me parecia muito confortável.

Ela mesmo desconfortável, conversou com a gente de boa, falamos o tempo todo sobre Jesus, o que aprendemos com Ele todo santo dia. Eloá começou a falar gaguejando. Por uns segundos ela desmaiou no meu colo.

— Está tudo bem? — Pergunto desesperado.

— Matheus! Você não tá vendo que não está? Segura ela!! Vamos, vamos!!!

— Liga pro Samu!! Agora!!!

— Tááá. — Pega o celular quase caindo da sua mão.

Gritamos igual uns malucos na rua. E o Samu demorou 3 minutos. Dentro do Samu, eu e Elena, desesperados. A enfermeira aplicando alguns medicamentos que eu não conhecia.

— Vocês sabe o motivo, ou tem noção, por qual isso aconteceu? — Perguntou o enfermeiro loiro.

— Bom, ela tem um sério problema com estresse. — Elena disse triste.

— Qual tipo de pânico?— examina a Eloá.

— Pânico? Ela não tem síndrome nenhum!! Tá repreendido em nome de Jesus Cristo! — Elena disse super indignada. Fiquei surpreso a reação da Elena,e, a conclusão estúpida do enfermeiro!

— Perdão, não foi... bom, não tenho noção que do está acontecendo com ela.

— Pelo que eu sei, é estresse emocional. Meu pai sempre dizia para meus irmãos que o estresse emocional é quando a pessoa é "ameaçada" verbalmente, a não se expressar, privado a pessoa colocar tudo para fora. — Sugeri.

— Não sei, mas o diagnóstico que posso dar a vocês é estresse emocional. — Suspirou.

— Vamos fazer exames, todos os tipos necessários. — Colocou a mão em meu ombro.

Sinto a ambulância parar. Esse anseio de preocupação tá me matando! Não quero perder a Eloá. A maca sai da ambulância; Elena foi preencher um formulário do paciente, enquanto acompanho a Eloá na maca, cheia de fios no corpo, e tubos que dá acesso ao oxigênio, colocaram ela na sala 3, logo no 2° andar.

Fico observando o cuidado dos profissionais, mesmo eles não recebendo o salário todo mês. Isso é um ABSURDO! Jesus onde vai parar esse mundo.

— Só deixa ela descansar, daqui a pouco venho ver ela, e também fazer alguns exames. — Sai o doutor James.

— Ok, então. — Sento no lado a cama.

Hum, Eloá! Eu não entendo. Por que esqueci de você? Você era minha melhor amiga, junto com a Elena, e com as viagens de trabalho dos meus pais, me afastei de vocês, principalmente de Deus. — Penso.

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