"Mateus 18:21-22 :
²¹Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?²²Jesus lhe disse: Não te digo que até sete, mas, até setenta vezes sete."
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Durante a ligação, teve queda de luz no bairro...E eu? Sem créditos. Eu moro no lado da casa de Elena, a janela do quarto dela é de frente do meu quarto; É uma benção ter ela como amiga! Deus me deu os melhores presentes da minha vida, e se for da vontade Dele, me dará mais! Eu creio.
Escuto algo no lado de fora. Abro minha porta de blindex, ando pela minha pequena varanda.
— Ei, Eloá! — Sussurou Elena.
— O que está fazendo? — Coloco meu casaco, pois está frio.
— Tentando pegar o sinal do chip. — Pela janela, Elena estende a mão para fora.
— Vocêêê tem crédito? — Falo indignada.
— Yes, baby! —Falou em inglês cantarolando.
— Você é benção. Mas quanto pontinhos o sinal tem? — Começo rir.
— Um. Que benção né?— Olha para trás.
A mãe de Elena, a Obr. Rute, disse alguma, uma pena que não ouvi, mas a fez se retirar.
— Amém mãe! Boa noite. Poxa amiga, vou ter que dormir. Mas antes né, nhew, meu devocional diário. — Manda beijo, e fecha a janela.
— Tá...— minha voz some, quando ela fecha a janela. — ...Bom.— Termino.
Entro pro meu quarto, sento em uma poltrona perto da porta de correr, e dá acesso à pequena varanda. De repente começa a chover.
— Ah! A luz voltou, amém.— Pego meu celular.
Recebo um vídeo do meu amigo Miguel.
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— Olha esse vídeo.
📽vídeo.Eu abro, e é a Camila Barros pregando.
"Segunda coisa. Pode ser do manto, do re-manto, do profundo, do escondido, do ré, do brá, do chá! Pode ter o Espírito de Deus na vida, se não tiver palavra. Vai rodar, e não vai acontecer nada, vai pular, e não vai acontecer nada, vai marchar, e não vai acontecer nada, vai subir monte e não vai acontecer nada. Porque mover sem palavras , não manifesta realidade, concreta!"
Aquilo mexeu comigo de uma tal forma, que a chama cerrada no meu peito, não me dá descanso, me incentivou a ler a biblia. Loucura né? Mas sim, era a palavra certa!
💮Matheus pov.💮
Depois que se mudei para o Rio de Janeiro, em Irajá. Foi tudo tranquilo, até eu encontrar com a Elena. A Elena estava de vestido longo, com a cor azul bebê, com detalhes dourados. Seu cabelos longos castanhos claros. Estava num sacolão, pegando alguns legumes e verduras, frutas, folhas. Desculpa mais eu sou muito observador. Fui até ela, mas ela ficou muito surpresa por eu estar ali.
— Oi Elena. — Abro um sorriso.
— Oi... — Parou por um momento, e surpresa, quase cai a pilheira de tomates.
— ... Você aqui? Mas como? E porque? Mateus você se mudou para cá? Mas porque? — Perguntou quase gaguejando.
— Pra que tanta pergunta? Mas eu vou te responder. Primeiro: sim estou aqui, segundo: Eu me mudei de Nova York pro Rio de Janeiro de avião, terceiro: Eu não sei, meu pai me obrigou, quarto: sim, quinto: Eu já falei. — Falo, ajudando ela com as compras.
— Lembrou de tudo? — Arregalou os olhos, enquanto olha de cima pra baixo pra mim.
— Sim. Claro. Tenho uma memória boa! Acredite. — Disse com um jeito engraçado.
— Onde você mora? — Olho para os dois lados da pista, para atravessar a rua.
— No mesmo lugar. — Atravessa junto comigo.
— Hum. — Murmurei.
— E, você? — Parou na esquina de uma rua que eu não conhecia.
— De frente da estação de metrô, em cima da padaria da srta. Fernanda. — Digo fazendo gestos.
— Ah, eu acho q sei onde é. — Olha pro nada.
— Elena, vamos levar...— Fui interrompido pelo grito da Elena.
— Eloá! Muiê do céu! Aquiii! — Dá alguns pulinhos.
—... Eloá? — Tentando lembrar quem era.
Chega um menina parda, com os olhos reluzentes, cabelo preto liso e Chanel, com calça jeans azul escuro, e uma blusa longa, parecia um vestido, com cor preta, e tênis branco. Era linda, seu andar delicado, e o sorriso mais doce que já vi. Quando ela chegou, uma sensação dentro de mim dizia q eu a conheço, mas não me lembro bem, eu quero lembrar, de verdade. Ela abraçou a Elena, coitada, carregada de sacolas, e eu também estava. A garota chamada Eloá, tirou algumas escola da mão dela, a Elena deu um suspiro de alívio.
— Obrigado, amiga. — Suspirou.
— De nada. — Sorriu.
— Perdão, mas eu te conheço de algum lugar! Mas infelizmente não me lembro. — Falo sinceramente triste por não lembrar.
— Ah, sério ? Matheus, sou eu, Rebecca Eloá, não se lembra? Filha da missionária Antonella. — Além de suas falas, ela não me parecia muito confortável.
Ela mesmo desconfortável, conversou com a gente de boa, falamos o tempo todo sobre Jesus, o que aprendemos com Ele todo santo dia. Eloá começou a falar gaguejando. Por uns segundos ela desmaiou no meu colo.
— Está tudo bem? — Pergunto desesperado.
— Matheus! Você não tá vendo que não está? Segura ela!! Vamos, vamos!!!
— Liga pro Samu!! Agora!!!
— Tááá. — Pega o celular quase caindo da sua mão.
Gritamos igual uns malucos na rua. E o Samu demorou 3 minutos. Dentro do Samu, eu e Elena, desesperados. A enfermeira aplicando alguns medicamentos que eu não conhecia.
— Vocês sabe o motivo, ou tem noção, por qual isso aconteceu? — Perguntou o enfermeiro loiro.
— Bom, ela tem um sério problema com estresse. — Elena disse triste.
— Qual tipo de pânico?— examina a Eloá.
— Pânico? Ela não tem síndrome nenhum!! Tá repreendido em nome de Jesus Cristo! — Elena disse super indignada. Fiquei surpreso a reação da Elena,e, a conclusão estúpida do enfermeiro!
— Perdão, não foi... bom, não tenho noção que do está acontecendo com ela.
— Pelo que eu sei, é estresse emocional. Meu pai sempre dizia para meus irmãos que o estresse emocional é quando a pessoa é "ameaçada" verbalmente, a não se expressar, privado a pessoa colocar tudo para fora. — Sugeri.
— Não sei, mas o diagnóstico que posso dar a vocês é estresse emocional. — Suspirou.
— Vamos fazer exames, todos os tipos necessários. — Colocou a mão em meu ombro.
Sinto a ambulância parar. Esse anseio de preocupação tá me matando! Não quero perder a Eloá. A maca sai da ambulância; Elena foi preencher um formulário do paciente, enquanto acompanho a Eloá na maca, cheia de fios no corpo, e tubos que dá acesso ao oxigênio, colocaram ela na sala 3, logo no 2° andar.
Fico observando o cuidado dos profissionais, mesmo eles não recebendo o salário todo mês. Isso é um ABSURDO! Jesus onde vai parar esse mundo.
— Só deixa ela descansar, daqui a pouco venho ver ela, e também fazer alguns exames. — Sai o doutor James.
— Ok, então. — Sento no lado a cama.
— Hum, Eloá! Eu não entendo. Por que esqueci de você? Você era minha melhor amiga, junto com a Elena, e com as viagens de trabalho dos meus pais, me afastei de vocês, principalmente de Deus. — Penso.