Capítulo 1

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Sirius e Remus estavam ansiosos sentados no sofá da sala de Grimmauld Place enquanto esperavam a carta do ministério que determinaria se eles seriam os guardiões legais de Harry, fora um longo mês de luta entre várias audições e agora faltava bem pouco para a decisão final. Logo após o ataque ao ministério no mês anterior, Sirius nunca se sentiu tão grato a Bellatrix por errar um feitiço, ele já tinha tudo planejado para que Harry fosse morar com ele antes que completasse seus 16 anos, porém as coisas não estavam andando como o esperado. Dumbledore insistia que Harry continuasse a morar com os tios para a própria proteção e o Conselho de Anciãos concordavam com o velho homem, mas Sirius e Remus não entendiam como aqueles idiotas podiam deixar Harry com trouxas que o odiava ao invés de deixá-lo ficar com bruxos que realmente o queria e amava, além de poderem protegê-lo com vários tipos de feitiços. Um bater de asas seguido de um piar tirou os dois homens de seus pensamentos, a linda coruja marrom acabara de pousar na mesinha de centro e carregava uma carta com o símbolo do ministério, Remus pegou a carta e ofereceu água e comida a coruja antes de voltar para Sirius no sofá e os dois abrirem a carta juntos. Com os dedos trêmulos os dois leram devagar as linhas e ficaram mais do que felizes ao ler com uma bela letra a frase:

"[...] com isso declaramos a tutela definitiva de Harry James Potter aos bruxos Sirius Black e Remus Lupin. [...]"

Era isso, eles finalmente eram os pais de Harry. Os dois se abraçaram aos choros e risos e não demoraram a aparatar em frente à rua dos Alfeneiros, número 04.

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Um homem gordo e bigodudo abriu a porta com uma careta irritada, Valter olhou para os dois homens esquisitos e os mandou embora dizendo não os conhecer, com raiva Sirius arrancou a varinha da manga do casaco e enfiou entre as dobras do pescoço do homem.

— Eu vim buscar meu filho seu gordo imbecil, acho bom sair da frente se não quiser realmente virar um porco!

Com os olhos arregalados Valter abriu mais a porta e deixou um enorme espaço para os dois visitantes entrarem. Sirius se adiantou correndo para a sala encontrando um jovem assistindo televisão e uma mulher alta e magra na cozinha, olhando-os horrorizada segurando um prato ensaboado nas mãos.

— Onde ele está? Cadê o Harry? — Sirius falou com a voz mais baixa, porém ainda ameaçadora.

— No meu quarto, lá em cima. Eu mostro pra vocês.

Duda levantou do sofá com uma expressão preocupada, ele deu um olhar rápido para o pai confirmando que o homem com certeza iria brigar muito com ele depois, o garoto subiu as escadas ouvindo os passos dos dois desconhecidos atrás de si. Ele tirou a chave do bolso e abriu a porta deixando que os mais velhos entrassem primeiro, Sirius e Remus correram para perto do filhote que parecia tão mais magro e abatido.

— Não sei o que deu no meu pai, ele ficou mais bravo com Harry desde que começou as férias e os castigos pioraram. — Duda começou a andar pelo quarto abrindo armários e atirando roupas no enorme malão que pertencia a Harry. — Normalmente deixam ele trancado no porão, de manhã papai vai dar umas surras nele e na hora do almoço minha mãe leva os restos de comida do dia anterior, de tarde os dois vão na vizinha tomar chá então eu tenho tempo de trazer ele aqui para cuidar dos ferimentos e ele passar a noite, antes dos meus pais acordarem levo ele de volta pro porão para não ficarem tão desconfiados.

— Você é um bom primo, obrigado por cuidar dele. — Remus sorriu agradecido para o menino loiro antes de voltar seu olhar para Sirius que estava debruçado choramingando sobre um Harry desacordado. — Temos que levar ele até Severus, querido.

— Eu sei, eu sei. — Sirius secou as próprias lágrimas se recompondo, ele se inclinou e segurou o corpo pequeno com firmeza. — Não podemos aparatar com ele assim.

A Frieza do Seu Amor em Chamas (Harry Potter e Crepúsculo)Onde histórias criam vida. Descubra agora