Confusão e Desordem

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Disseram-me que ansiavam por construir um jardim japonês,
investiram em sementes de cerejeira e em ornamentos rebuscados.
Porém, um deles trouxe de casa um ornamento holandês,
pelo aquele vaso bonito, ficaram ofuscados.
Esqueceram por um instante do jardim japonês.
Esqueceram-se também que o vaso era holandês.

Então a construção do jardim continuou, algumas flores estavam começando a desabrolhar,
era lindíssimo de se admirar.
Estava na hora de pintar as pontes e instalar algumas luzes, ao anoitecer a beleza do jardim se escondia,
de longe dava para ouvir, acolhida pela cabana uma bela melodia.
As mulheres e crianças vestiam seus quimonos e dançavam graciosamente perante o jardim em construção,
todos naquele recinto estavam unidos e com uma motivação.
O jardim japonês,
no entanto, tinha um vaso holandês.

Certo dia trouxeram as tintas para pintar as pontes e as cercas,
todos estavam muito animados para experimentar as novas técnicas.
Todavia, um daqueles integrantes convictos em construir o jardim,
acabou trazendo consigo uma faixa com uma frase em mandarim.
Penduraram a faixa em um dos postes que tinham luzes trazidas do oriente médio,
para essa gente não há remédio.

O jardim japonês se perdeu,
e aquela gente perdida nem percebeu.

Ando Observando PoesiaOnde histórias criam vida. Descubra agora