Prólogo

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"Há mil anos atrás, nós humanos éramos muito diferentes do que hoje em dia, éramos apenas seres entediados que andavam seu rumo na terra. Sem nenhum sentimento ou ambição, apenas carcaças ambulantes e sem sonho algum.

Porém, um dia quatros espíritos que nos observavam se cansaram de ver os humanos vivendo desta forma. Então, Os Poderosos Quatro decidiram dividir seus talentos com eles.

O Primeiro criou o elemento terra, ele fez grandes montanhas e criou vastas florestas com as mais diversas plantas. Seu poder deu aos humanos onde morar e o que comer. Criando os sentimentos de segurança e permitindo a fundação memórias, permitiu que a história fosse contada pelas memórias desenhadas em suas rochas.

O Segundo criou o ar, ele esculpiu as montanhas e trouxe ar para as plantas e humanos respirarem. Seus ventos trouxeram aos humanos o sentimento de liberdade e busca, ele teceu laços entre os povos mais distantes com os sons que viajavam em seus ventos.

O Terceiro criou o fogo, trazendo o calor e vulcões, que mantiveram os humanos aquecidos e tornaram os solos mais férteis. Criando o sentimento do amo e determinação. O fogo era a fonte da vida.

O Quarto criou a água, ele trouxe rios e oceanos, trazendo aos humanos água para beberem, viajarem e se banharem. Criando a ambição, ele deu aos humanos as conexões com o mundo espiritual e com o sagrado.

Os elementos tornaram os humanos seres complexos e inteligentes. E com sua ajuda, eles foram capazes de evoluir e se tornaram cada vez mais engenhosos. Sendo sempre observados pelos olhos vigilantes de seus quatro protetores.

Porém ao passar dos anos, os quatro deuses começaram a se perguntar quem era o mais importante para seus amados humanos. 

"Sou eu", disse o primeiro uma vez, "Eu os o dom da memória e moradias para viverem e recordarem, então não há como negar. sem mim estariam a os mesmos do início" ele afirma.

"Eu discordo", disse o segundo "Eu os deu seu precioso ar, seus sons e liberdade para explorar, além de ser tão poderoso que fui capaz de esculpir tuas montanhas, para acomodá-los por lá", ele diz convencido. "Admitam meus amigos, não há como me superar". 

"Pode parar por aí, meu caro", disse então o terceiro. "Acho que todos devem concordar que eu sou o mais importante por aqui", fala tão convencido quanto os outros antes dele.

"E por que achas isso?", pergunta a o quarto. 

"Bom, eu os sou provedor de calor, luz, sua essência de vida, sem mim os humanos morreriam tão facilmente que e jamais teriam sido capazes de fazer as descobertas de hoje sem minha luz.", ele se gaba encarando seus companheiros com um olhar de desdém. 

"Não seja convencido", diz o quarto, "É óbvio que os sou o de maior importância para meus amados humanos, eu sou a água que bebem e se banham. Eu criei o que os mantém vivos e evita com doenças os atormentem.", ele explica com calma e paciência, "Além, é claro, sou o único que os deu a chance de voltar à terra após o fim de suas curtíssima existência". 

E após esta noite se iniciou um grande conflito entre os quatro amigos e eles começaram a se atacar. Seus golpes resultaram no surgimento dos desastres naturais. Os terremotos, furacões, erupções vulcânicas e tsunamis, foram criados pela luta entre esses poderosos espíritos. Eles enlouqueceram com seu próprio egoísmo e ganância e entraram em um desequilíbrio que afetou diretamente os seus queridos humanos. Os homens entram em desarmonia assim como os elementos, se tornando um espelho das ações de seus protetores. Eles se tornaram cada vez mais egoístas e tendenciosos a maldade, criando diversos conflitos e guerras.

A lenda dos quatro - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora