Uma vida sem magia- Drarry

Capítulo 16: Para quem fez está ótimo.

Harry acorda sem vontade nenhuma de sair. Quando acaba de se arrumar recebe logo uma mensagem de Draco avisando que já estava lá.

Ele se olha no espelho, estava de camisa xadrez, os cabelos levemente desarrumados e seu all star que estava um pouco sujo. Quando sai do quarto já vê a senhora daquele dia da foto da neta, um senhor e uma mulher mais jovem se encaminhando para o elevador.

O garoto rapidamente se enfia junto, e escuta eles fofocarem entre si: "Acho que é pedido de casamento" a jovem fala animada. "Com um carrão daqueles deve ser a moça mais linda e sortuda deste prédio" o senhor com uma cara antipática fala. "Aquelas rosas custam uma fortuna" a senhora comenta assim que as portas abrem. Harry não se interessa muito pela fofoca, só quer ir despercebidamente até Draco.

A recepção tinha bem mais gente que o normal, além de ter algumas pessoas "varrendo as calçadas'', e o garoto viu várias cabeças espiando das janelas dos outros prédios. Ele só não esperava que o cara com o carrão e as rosas caras era ninguém menos que: Draco Malfoy.

Quando Harry passa pelas portas da recepção sua cara fica vermelha viva, ele sente os olhares perfurantes em suas costas quando ele atravessa a rua em direção ao loiro, que usava um belo terno azul marinho, nas mãos um buquê com umas 30 rosas, só que não eram vermelhas, eram azuis e se desencostou do carro quando Harry chegou até ele.

Quando finalmente chegou a Draco, ele se sentia em uma peça de teatro, tinha olhares de todos os lados apontados para ele, e quando o loiro entregou as rosas para o garoto, ele escutou um coro de surpresa vindo de todos os lados. Draco passou o braço pela cintura de Harry e chegou bem perto de seu ouvido "Oi meu bem, desculpe pela exposição não sabia que seu bairro era assim."

O garoto estava vermelho vivo e tentou falar algo, mas sua garganta estava trancada, pois até então ele era meio que o fantasma do bairro, então só concordou com a cabeça e deixou o loiro conduzi-lo até o banco do passageiro.

Olhou pela janela do carro e as pessoas nas janelas agora começaram a se retirar e as das ruas agora fofocavam entre si, alguns com cara de nojo, outros sem expressão e alguns com uma expressão amorosa no rosto.

"Desculpa, meu bem, eu realmente não sabia que teríamos um público tão grande." Falou Draco entrando no carro, ele também estava vermelho. "Tudo bem, esse bairro é assim mesmo, uma vez eu estava saindo para trabalhar e vi um bolinho grande de gente assistindo ao parto da cadelinha da vizinha." Harry falou admirando o belo buquê de flores em seu colo Draco riu da situação. "Mas aonde você estava ontem?"

"Eu te falei meu bem, estava ocupado demais na empresa e acabei me perdendo no tempo." Agora ele já tinha acelerado o carro e saído. "Sim falou, mas no começo você nunca estava tão ocupado assim, faz umas semanas que você esteve distante... aconteceu algo? Eu gostaria que me contasse o que está acontecendo, o que mudou?"

Harry viu como o loiro apertou o volante e seu sorriso deu uma leve caída. "Não se preocupe meu bem, não é nada, eu... só tem muito trabalho, e algumas coisas que tenho que resolver, mas eu vou sempre ter tempo para você." O garoto não estava muito feliz com a resposta de Draco, mas não estava afim de estragar o dia hoje, já que já iria encontrar o vilão dos quadrinhos.

Então só se calou, e ficou olhando das flores para a vista da janela, enquanto uma música calma tocava no rádio e quebrava o silêncio, queria deixar claro sua frustração com o garoto.

"Meu bem... não fica assim, estou bem." Draco colocou sua mão na coxa do garoto, que só sorriu e pôs sua mão sobre a dele, e voltou a encarar a janela, ele não podia mentir, estava chateado pelo loiro estar lhe escondendo as coisas.

Eles chegaram a casa de Snape, que era no final de uma rua sem saída, desceram e Harry levou as rosas junto para pôr na água. Eles foram até a porta de Snape de mãos dadas e Draco bateu na porta.