23_New York pt.2

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POV KUROKO

Eu não fazia ideia de onde havia enfiado meu bom senso, sério, fazer aquilo na casa de meus pais não fazia parte dos planos e mesmo quando começou a fazer, eu tentei me segurar, pelo menos manter o silêncio, mas Akashi me deixava entorpecido de uma forma que eu não conseguia não gemer alto mesmo.

E, bem, talvez fosse esse o motivo do silêncio na mesa quando começamos a tomar o café da manhã, meus pais claramente haviam ouvido e era só questão de tempo até que minha mãe falasse algo, e claro, eu rezava para que ela falasse somente comigo.

_Dormiram bem?_ ela perguntou quando se sentou à mesa, juntamente com meu pai, que havia tirado o dia de folga.

_Muito bem, mãe_ eu respondi, entre dentes, eu sabia que ela faria isso, a azulada simplesmente não conseguia se segurar, mas quem eu queria enganar, gostava disso nela.

Akashi tossiu baixinho ao meu lado, tentando manter a calma, nem parecia que era ele quem tinha surtado no quarto me perguntando como olharia para a cara de meus pais depois daquilo, e embora eu mesmo quisesse saber como eu encararia aqueles dois, eu só conseguia rir do meu namorado, porque nem todos podem ver Akashi Seijuro, o imperador ter um momento daqueles.

Na verdade, só eu podia... Porque era seu namorado e amava momentos assim com ele...

_Você não vai contar?_ ela questionou, se debruçando sobre a mesa em minha frente.

_Contar o que?_ eu tentei me fazer de desentendido, mesmo sabendo que isso de forma alguma funcionaria com Dona Keiko.

Ela sorriu travessa e então mordeu os lábios,e eu me preparei para a bomba.

_Não somos idiotas...Sabemos que o que ouvimos ontem a noite não eram roncos!_ a azulada contou, apoiando o rosto sobre a mão esquerda, enquanto tomava café.

Meu pai engasgou, cuspindo café quente em sua roupa e então correu para o quarto, dizendo que trocaria de roupa.

Não faço ideia de como ele conseguiu, mas Seijuro conseguiu cair da cadeira do nada, eu disse que ninguém vê esse lado dele.

Mesmo que quisesse evaporar dali, ou enfiar minha cabeça na terra implorando para que ela me engolisse ,eu não tive outra reação a não ser rir.

Minha mãe conseguia causar um estrago com apenas uma frase...

Eu continuei gargalhando até que me faltasse o ar, e parei aos poucos, voltando ao mundo real apenas para perceber que minha mãe estava rindo tanto quanto eu, e meu namorado  estava ali, caído no chão nos olhando como se fossemos loucos.

O papai voltou para a sala, e eu me recompus, porque por mais que meu pai já fosse uma pessoa séria, não era preciso mais do que um olhar para saber quando ele está aborrecido.

_Pai?_ eu chamei, preocupado, e me perguntando os motivos daquilo.

Talvez fosse estranho para ele que seu filho gostasse de homens, talvez ele fosse demorar um tempo para se acostumar.

_Pai? Tá tudo bem?_ eu perguntei diante de seu silêncio, um nó se formou em minha garganta e meu coração acelerou, apertado no peito.

Ouvi um barulho ao meu lado, e então uma mão quente envolveu a minha, que já estava gelada pelo nervosismo, eu olhe para o lado apenas para encontrar Seijuro sentado de volta na cadeira, me olhando com um sorriso reconfortante, e de repente, foi como se eu tivesse forças para lutar contra um dragão.

Esse era o poder do imperador, ele conseguia tirar todas as suas forças ao ponto de te fazer cair de joelhos diante dele, mas também lhe dava tanta força que você sente que pode fazer tudo no mundo... Esse poder é real, eu já experimentei os dois lados dele..

The emperor's lightOnde histórias criam vida. Descubra agora