Uma infância bem passada

1984

20 de março de 1984

Chalé do Mar

Ilha de Arran

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Quando ele abriu a cortina de Harry na manhã de 20 de março, o sol mal estava começando a deixar o céu com um tom mais claro de azul escuro. A criança de três anos se contorceu na cama com a perturbação e gemeu e Severus bufou. Ele tentou despertar a criança novamente, desta vez usando seu nome. "Harry." Ele disse em uma voz quase cantante. "É o primeiro dia de Ostara e está quase amanhecendo. É hora da oração da manhã."

Com isso, Harry sentou-se e esfregou os olhos rapidamente. "Oração....?" Ele murmurou e então seus olhos se abriram. "Ostara!" Ele bocejou amplamente. "Agora?" Severus apontou para a janela e Harry engasgou quando os primeiros toques de rosa começaram a iluminar a manhã que já clareava rapidamente. "Oh!" Ele pulou da cama e correu até seu armário, onde sua roupa para hoje já estava escolhida, passada e pendurada cuidadosamente onde ele pudesse alcançá-la. Ele observou com um leve ciúme a facilidade com que Harry saltou da cama e se perguntou quanto tempo o entusiasmo do menino iria durar.

Ele esperava que a excitação e a energia durassem os três dias completos, mas de alguma forma ele duvidava que Harry estaria com os olhos brilhantes e o rabo espesso no dia 22. Ele não tinha certeza de quantas outras famílias ainda celebravam a celebração completa de Ostara, mas ele não se importava muito porque gostava dos três dias de celebração da primavera. "Afaste-se, filho. Deixe seu pai subir na cama com você.

Harry se mexeu para que Severus pudesse cruzar as pernas e sentar de frente para o nascer do sol pela janela de Harry. "Você está pronto para aprender a oração?" A criança de três anos assentiu ansiosamente e Severus recitou o latim antigo lentamente para que Harry pudesse repetir.

Ele permitiu que Harry pressionasse seu corpo contra ele em um abraço exuberante. "Café da manhã agora?" As palavras foram abafadas em um bocejo. Ele esperava que o menino acordasse o suficiente para formar frases mais completas em breve.

Severus esfregou as costas com uma grande mão e assentiu. "E então iremos ao bosque para construir nosso labirinto que usaremos nos próximos anos. Também podemos juntar coisas para o nosso altar." No ano passado, ele não se preocupou em montar um labirinto de pedra permanente, pois Harry não tinha idade suficiente para participar, e ele facilmente criou seu labirinto de meditação em sua mente usando oclumência. Não era o mesmo, mas serviu ao seu propósito no ano passado.

"Vestiu-se primeiro?" Harry perguntou parado na porta do banheiro. Desta vez, Severus assentiu sem comentários e Harry tirou suas vestes de cerimónia de cânhamo macio antes de correr para o banheiro para sua rotina matinal.

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Levitando o barril de pedras lisas e redondas para prosseguir, o par vestido com as vestes bege do Sabá fez seu caminho cuidadosamente para o prado. Ao longo do caminho, Severus explicou cuidadosamente o que eles vão fazer quando chegarem ao prado.

"Devo comungar com a magia na clareira e se nos for concedida permissão, então e só então construiremos o labirinto." Ele disse suavemente, e eles viraram a bifurcação no caminho para o prado. "Se você quiser, você pode sentar comigo enquanto eu faço isso."

Harry olhou para ele com olhos arregalados e solenes. "É seguro?"

"Eu não sugeriria isso se não fosse." Severus disse tão solenemente.

Harry assentiu e enfiou a mão na sua e sentiu seu coração inchar de amor e carinho. Severus não desconhecia o simbolismo que este Sabá em particular tinha em relação a ele e Harry, na verdade esse foi um dos pontos principais de sua meditação logo de manhã.