Uma infância bem passada

1988 parte 2

31 de julho de 1988

Ministério da Magia

Londres

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Eles estavam mais uma vez esperando em uma sala de lançamento internacional de chaves de portal no Ministério da Magia. Ele podia sentir Harry tremendo ao lado dele e teve que manter seu sorrisinho travesso para que Harry não suspeitasse ainda para onde eles estavam indo. Severus tinha guardado sua surpresa de aniversário a sete chaves, metaforicamente falando, e agora se divertia ao ver seu filho quase vibrando de excitação.

Draco estava inquieto ao lado de Harry. Ele foi acompanhado por Lucius enquanto Narcissa permaneceu em casa com o bebê. Isso por si só era provavelmente a maior pista que Harry tinha sobre a localização deles.

"Devemos estar indo para algum lugar emocionante." Harry sussurrou para Draco e Severus tentou manter o rosto imóvel como se não estivesse ouvindo cada palavra.

"Bem, obviamente." Draco revirou os olhos. "Se a tão desejada bebê não puder vir, é claro que vamos para algum lugar legal. Talvez até perigoso!"

Foi a vez de Severus revirar os olhos. Perigoso, talvez. Mas não um risco não calculado.

"Papai, por que ainda estamos esperando?" Harry virou os olhos estreitos para ele e teve que morder o lábio para não sorrir amplamente com sua própria excitação. "E por que ninguém anunciou para onde vamos? Eles fazem isso todas as vezes."

Ele permitiu que seus lábios se curvassem em um sorriso malicioso e misterioso. Ele adorava suas surpresas.

Harry cruzou os braços e fez beicinho.

"Que tal eu lhe dar o seu enigma enquanto esperamos pelo nosso convidado final?" Ele perguntou baixinho, e Harry se animou e os dois garotos assentiram ansiosamente. "O que corre mas nunca anda, muitas vezes murmura mas nunca fala, tem cama mas nunca dorme, tem boca mas nunca come?"

Dois pares de olhos confusos piscam para ele, um verde, o outro cinza pálido. "Você tem o tempo que precisar, Harry, e Draco não tem permissão para ajudá-lo."

"Eu sei, papai." Harry revirou os olhos e Draco bufou.

"Como se eu fosse ajudá-lo de qualquer maneira."

"Você simplesmente não sabe a resposta."

"Nem você!"

"Ainda não, mas em breve farei."

"Aposto que vou descobrir primeiro!"

Antes que a discussão pudesse continuar, a porta se abriu mais uma vez e entrou Charlie Weasley acompanhado de seu pai. Ele observou enquanto Harry olhava boquiaberto para seu amigo, e então para ele. "Vamos ver os dragões?! "

Ele não estava totalmente preparado para a estridência do som que emergia de seu filho e dos amigos de seu filho.

Todos os três meninos, dois com quase oito anos e um já com quinze, estavam quase catatônicos em sua alegria. As duas crianças de oito anos que Severus esperava reagir assim. Charlie Weasley, por outro lado...

Ele sempre foi uma criança bem comportada, se não um pouco desajeitada, até agora durante seu mandato em Hogwarts. Verdade, sempre que ele estava perto da garota do Tonk, seu lado indisciplinado emergia. Mas nunca esse tipo de alegria pura e não adulterada e excitação estridente.

" Senhor Weasley, eu o convidei porque imaginei que você seria uma presença calmante para meu filho e seu amigo, não um fator contribuinte para a loucura deles! Se você não parar e desistir, vou mandá-lo para casa com seu pai.