Uma infância bem passada

Prólogo

Severus Snape não era uma pessoa legal.

Ele foi uma vez, quando criança, mesmo quando seu pai tentou arrancá-lo dele. Ele manteve sua bondade, assim como manteve sua esperança. Isto é, até que ele foi para Hogwarts e percebeu que as crianças eram tão cruéis com suas palavras e truques quanto seu pai quando conheceu James Potter e Sirius Black no trem para a escola em seu primeiro ano.

Eles instantaneamente o odiaram à primeira vista, como crianças de onze anos costumam fazer e essa bondade e esperança começaram a se esgotar lentamente ao longo dos anos, até que ele foi finalmente cercado pela amargura.

Eles se autodenominavam Marotos e, no início, suas brincadeiras eram benignas. Eles logo envolveram um menino estudioso chamado Remus e um menino simples e rabugento chamado Peter em seu rebanho e as brincadeiras ficaram mais ousadas, ramificando-se apenas dos outros grifinórios para as outras casas. E como o menor e mais magro Slytherin, Severus rapidamente se tornou um alvo favorito.

Seu único consolo era que sua melhor amiga de apenas duas ruas também estava em Hogwarts, mesmo que ela tivesse sido selecionada para a Grifinória e longe dele. Lily Evans era a pessoa mais gentil, mas feroz, que ele já conhecera, e ele a admirava desde o momento em que a viu no parquinho do bairro quando eles tinham sete anos.

A amizade deles não o impediu de ser alvo de algumas das brincadeiras mais cruéis dos meninos da Grifinória e, na verdade, pode ter apenas enfurecido ainda mais os meninos. Ele e Lily os ignoraram o melhor que puderam, mas os Marotos sentiram que não era aceitável para um Grifinório conversar com um Sonserino e, como tal, se encarregaram de garantir que Severus soubesse que ele não era desejado por nenhum deles. .

Terceiro ano, depois de um conjunto particularmente embaraçoso de feitiços cosméticos que o deixou escondido na enfermaria até que seu rosto pudesse ser colocado de volta em sua forma adequada, Lily se ofendeu pessoalmente com a pegadinha pregada em seu amigo e deu um soco em James bem no nariz perfeito, quebrando seus óculos ao meio. Esse momento o ajudaria a manter sua sanidade enquanto ele se sentava com Madame Pomfrey cuidando dele e alimentaria alguns de seus primeiros patroni quando mais tarde ele aprendesse o feitiço.

James apenas se esforçou mais para conquistá-la.

E ela apenas o desprezou mais alto.

Cada tentativa que ele fazia era mais elaborada e mais pública.

E cada recusa era mais detalhada e na frente de mais pessoas.

Potter não conseguia entender que ela era absolutamente devotada ao amigo de longa data. Tudo o que ele viu foi um sonserino maltrapilho e mal-humorado contaminando um grifinório com sua mera presença.

Ninguém entendia muito bem o par, quieto em seus modos diferentes, estudando e rindo e andando com as cabeças juntas e raramente vistos separados.

Isto é, até perto do final do quinto ano, quando ele cometeu o maior erro de sua vida e perdeu a única pessoa com quem se importava, porque perdeu o controle de seu temperamento por um milissegundo.

Sangue-ruim.

Uma palavra reativa a levou de seu lado e direto para a cova do leão desprotegida.