Depois de ter o coração partido por Sasuke Uchiha, Karin Uzumaki está determinada a se vingar do rapaz da maneira mais cruel e dolorosa possível. E para isso, ela decide se unir com Ino Yamanaka e Sakura Haruno, suas maiores rivais e também vítimas...
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Um suspiro preocupado escapa dos lábios de Sasuke, enquanto ele se aproxima de Naruto com um copo de água em mãos. O loiro se encontrava calado desde que Itachi saiu e era evidente que sua mente estava em outra realidade.
Ao notar a presença do anfitrião da casa, Naruto ergue o olhar e dá um fraco sorriso ao ver a expressão angustiada de Sasuke, que por respeito ao momento do rapaz, ainda não havia perguntado nada sobre o que tinha acontecido.
— Aqui. Beba um pouco — orienta Sasuke, estendendo o copo.
— Obrigado — Naruto agradece, dando um gole generoso.
Sua garganta estava seca. Ainda se sentia um pouco ansioso e atordoado pelo reencontro inesperado com seu ex-namorado e mais ainda pela descoberta de que Itachi e Sasuke são irmãos. Era uma coincidência caótica demais para que ele conseguisse lidar com tranquilidade.
— Você está bem? — questiona Sasuke, assim que Naruto termina de beber.
— Sim. Só um pouco... atordoado. Desculpa. Parece que eu fiz uma cena desnecessária — murmura Naruto, encarando as próprias mãos.
— Você... ainda sente algo pelo meu irmão?
— Não! — garante Naruto no mesmo instante. — Eu sei que pode parecer que eu ainda sinto algo por ele, devido a minha reação exagerada, mas não é assim. É só que... olha, eu não gosto de me gabar disso, mas eu sou um excelente mentiroso.
— Eu sei disso — resmunga Sasuke.
— O fato é que na maior parte do tempo, eu estou atuando e fingindo que sou uma pessoa feliz e forte, mas a verdade é que eu tenho muitos traumas. Desde meu nascimento, muitas pessoas tentam me matar. Eu tive sorte de sobreviver até agora. E entre os inúmeros traumas que eu desenvolvi, os mais profundos foram causados por seu irmão — confessa Naruto.
Ele respira fundo, procurando controlar seus sentimentos. Não queria deixar Sasuke mais preocupado e ele sabia que devia explicações ao rapaz.
— O problema não foi realmente me encontrar com Itachi. Pelo seu sobrenome, eu sabia que vocês deveriam ser parentes e eu já superei meus sentimentos por ele. Pode parecer que não, mas eu juro que é verdade.
— Mas você ainda não superou os traumas — supõe Sasuke.
— Quando eu vi os olhos dele me encarando de forma desesperada e a sua tentativa de pegar em meu braço a força, todas as lembranças do dia em que ele me sequestrou voltaram para minha cabeça. Eu me lembrei de como eu implorei para que ele não me entregasse ao Madara, mas não fui ouvido. Tudo o que ele dizia era que me amava, mas precisava me entregar pelo bem da família Uchiha. Disse que daria um jeito de me salvar, mas eu sabia que isso não aconteceria.
— E foi quando o Shikamaru te salvou.
— Sim — concorda Naruto, dando um fraco sorriso. — Mas antes de ser salvo, eu fui levado para um cativeiro, onde passei três dias. Suponho que eles precisaram desse tempo para fazer as negociações com a família Namikaze, mas não sei realmente o que aconteceu nesse período. Enquanto isso, fiquei preso em uma cela escura e completamente isolada. Eles apareciam três vezes ao dia para me dar água e comida. Nunca diziam nada, fingiam que eu não existia e, por mais que eu implorasse para me deixarem sair, eles simplesmente me ignoravam. A solidão era assustadora.
