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4 - Christopher Bang lida com Han Jisung e mais algumas pessoas

As preparações para aquele comeback o estavam deixando estressado além do normal. Ele era exigente consigo mesmo e debutar como um artista solo poderia até soar mais fácil porque não precisava estar em harmonia com um grupo, mas não era. Seu fandom havia aumentado consideravelmente no último ano e ele sentia que aquele comeback era o mais esperado de todos.

A expectativa do público, somada ao novo conceito que nunca havia tentado antes... era normal tremer de nervoso durante o dia, aleatoriamente? Porque era o que estava acontecendo. Durante os ensaios com os dançarinos, nas pausas, encarava as mãos e elas estavam tremendo. Ninguém notava, nunca deixava ninguém notar. Bang Chan sempre estava bem, era conhecido por sua segurança nos palcos... novos idols o admiravam por isso, e ele nem era tão experiente no ramo ainda. O seu tempo como trainee era que o colocava em um patamar diferente, afinal, estava na empresa já fazia 10 anos se preparando para a estreia. E agora, três anos depois de já ter estreado, estava se sentindo como um trainee de novo.

De fato, aquele conceito ia além de tudo o que já havia tentado antes nos últimos três anos desde o seu debut. Para falar a verdade... nunca viu nenhum idol tentar aquilo antes, não daquele jeito. Todo o conceito de Red Lights era sobre... bem, um fetiche sexual. Nada profundo, nenhuma letra para refletir... o foco era o visual, a produção, a coreografia... seu corpo. Era a primeira vez que tentava isso, todos os seus comebacks anteriores haviam sido como... o genro perfeito e respeitoso da mãe de toda garota coreana. Então, era a primeira vez que realmente mostrava um lado seu que ninguém conhecia.

Não que fosse adepto do sadomasoquismo, é claro. Mas gostava da ideia de cordas e correntes. Combinava com a música que havia criado, tudo fazia sentido dentro de sua mente. Achava que iria ser um escândalo, que iriam comentar bastante..., mas estava pronto para arriscar. E era por isso que tremia, porque era um grande risco mudar tão dramaticamente de conceito quando as pessoas que o acompanhavam gostavam do que haviam visto até agora.

Ainda faltavam longos dois meses até o comeback, e sabia que seriam os mais estressantes de toda a sua vida até ali. Queria que as pessoas o aceitassem naquele conceito, porque estava cansado de não poder explorar mais suas habilidades, principalmente de dança. Não era mais um garoto, já tinha 25 anos.

Só não tinha certeza se todo mundo iria comprar a ideia. E isso iria acabar consigo nos meses seguintes. Porque podia muito bem ser o início do fim, se o fandom não gostasse. Havia treinado por tantos anos, tinha medo de jogar fora todo o esforço físico e mental que passara na adolescência e início da juventude.

E então... e então ele apareceu, e havia sido a semana mais tranquila até ali porque cada vez que lembrava dele, o estresse e a pressão davam espaço para as borboletas no estômago e a ansiedade boa de talvez vê-lo de novo.

Queria tanto.

Hwang Hyunjin... como podia existir alguém tão atraente? Estava acostumado com pessoas bonitas no ramo do k-pop, tinha muitos colegas de tirar o fôlego, homens e mulheres moldados à perfeição para que ninguém nunca encontrasse um só defeito. Como um anônimo poderia causar aquilo em si, logo ele, acostumado com pessoas atraentes?

Mas Hwang Hyunjin não era só atraente, o havia ajudado sem nem o conhecer, e, mesmo cheio de timidez, o salvou em uma situação desconfortável. A memória havia guardado todos os gestos dele colocando o próprio gorro em sua cabeça, o rosto de lábios volumosos e olhos inocentes concentrado na tarefa de salvar um estranho.

A elegância, a originalidade do estilo de se vestir e cortar o cabelo, até a altura superior à sua própria eram fatores que não deixavam sua mente descansar.

— Se te ajuda a aliviar a tensão... a Prada marcou reunião pra renovar o contrato. E eles estão cientes do conceito do seu comeback... até mostraram interesse. Vamos encontrar os representantes na sexta-feira.