Capítulo 2

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BENTO GONÇALVES

Cheguei nessa cidade pequena e pacata fugindo da dor que está encangada em mim e que não me deixa um minuto sequer, fica me apoquentando a todo maldito instante

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Cheguei nessa cidade pequena e pacata fugindo da dor que está encangada em mim e que não me deixa um minuto sequer, fica me apoquentando a todo maldito instante.

Viver em santa rosa já não era mais possível!

Por esse motivo adquirir um bom pedaço de terra e alguns bichos que é com o que gosto de tratar, tratar das terras e dos bois é isso que me faz gente.

Pego boi brabo pelo chifre, quanto mais bravo mais atiçado eu fico, não tenho medo deles pois sou feito eles, furioso e sem medo de coisa alguma, se cismo com algo avanço pra cima e estraçalho.

__ patrão, patrão!

Estou bebendo meu conhaque e fumando meu charuto, três coisa que sou viciado e não abro mão: meu conhaque, meu charuto cubano e a mais importante de todas, uma boceta quente e molhada, sou obcecado por chupar boceta, minha língua larga e cumprida que o diga!

quando um dos peões adentra alvoroçado me deixando desassossegado!

__ desembucha cabra!

__ os cinco comerciantes que fecharam com o senhor volto atrás e desfez o acordo!

__ por mil éguas puro sangue! O que estais falando cabra?

__ eles não vão mais compra sua carne de gado, E tem mais!

__ arre desembucha de uma vez!

Paciência nunca foi meu forte.

__ os mexeriqueiros estavam comentando que um tal de Alexandre que foi o culpado, o homem disse que quem compra do senhor vai se ver com ele, e parece que todos na cidade tem medo do homem!

Me ergo da cadeira e seguro minha barba grossa na mão,

__ e por qual motivo essa gente tem medo dele, por acaso ele tem três cabeças?

__ não patrão, dizem que ele é filho do coisa ruim, filho do capeta!

__ ele é um defunto se ficar no meu caminho, isso sim!

Falo forçando a goela e cuspindo grosso no chão,

__ vai virar presunto! eu escangalho ele inteiro com minhas próprias mãos.

Tiro meu chapéu da cabeça e bato com ele em minha coxa, em seguida volto a colocá-lo na cabeça.

O Lázaro termina de falar, e pelo que vejo esse tal de Alexandre é um frangote metido a macho.

__ Arre se eu vou permitir que um galinho novo que mal deixou a sai da barra da saia da mãe, dizer o que posso ou não fazer, vamos comigo cabra, fazer uma visitinha de cortesia a esse tal de Alexandre sei lá das quantas!

__ ele tem uma tabacaria no centro...

Lázaro sai desembestado desembuchando tudo sobre a família Monte negro e pelo que escuto pai e filho domina a cidade pela força do medo!

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