Capítulo 3

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BELLA MONTEGRO

__ PEGAAAA PELO RABO!

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__ PEGAAAA PELO RABO!

Estou descendo as escadas quando ouço os berros do meu pai, muitas vozes misturadas berrando ao mesmo tempo e uma que nunca ouvir antes, se tivesse ouvido certamente me recordaria!

A voz é grossa, muito grossa! E também carregada de um forte sotaque de gente que vive no mato afastado da cidade grande.

__ DEIXA COMIGO EU LAÇO ESSE LEITÃO FUJÃO!

Antes que me dê conta do que se passa, quando chego no último degrau sou atropelada por algo muito gordo e cor de rosa que passa por mim como um vento!

Quando penso que vou despencar ao chão como uma manga caindo pé, braços fortes seguram minha cintura quase a rodeando por completo, com uma firmeza que me paralisa.

__ a cabrita passa bem?

Cabrita? Como alguém ousa a chamar uma dama de cabrita? Que deselegante! quem é esse brutamontes chucro e sem educação?

Levo meus olhos aos braços que me mantem presa, são braços muito forte, cobertos de pelos lisos, me assusto com a grossura dos braços, os dedos que me enlaçam são muitos compridos, seja quem for esse homem ele é imenso e seu cheiro começa a me invadir, cheiro de grama, gado, tudo misturado.

Um calor começa a se forma em meu peito que sobe e desce devido o esforço que faço para tentar respirar, me sinto verdadeiramente frágil pela primeira vez na vida,

Quero pedir para ele me soltar, mas gosto do calor das suas mãos em mim, a quentura desce do meu peito até meu ventre e eu sinto um comichão absurdo na minha rosinha pela primeira vez.

__ largue minha irmã Bento, ela é moça recatada, isso não é apropriado!

A voz do meu irmão me tira do meu estado de hipnose, e cisco tentando me soltar!

__ me largue seu chucro, brutamontes!

__ mas espia o que vejo aqui, uma cabritinha arrisca!

Ele me solta me deixando tonta, tamanho a força do calor que continua a emanar do seu corpo como ondas chegando até meu corpo, e parece que desaprendo a simples tarefa de ficar de pé e cambaleio me encostando na escada.

Quando ergo os olhos para que possa ver quem é a pessoa que me causou tudo isso, sou engolida por algo tão forte que me devasta arrancado tudo de mim sem sobrar nada.

Um rosto perfeitamente esculpido por algo que não é dessa terra, um queixo quadrado, sua barba e cabeleira vasta e compridas lhe dando uma aparência selvagem, sua boca coberta por um bigode másculo e ele usa um chapéu na cabeça e tem na boca uma espécie de capim fino que ele fica moendo, mastigando repetitivamente.

mas o que mais meche comigo é o olhar desse homem, nunca vi nada tão intenso como essas duas bolas negras que estão pousadas em mim da mesma forma que um caçador olha sua presa.

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