Capítulo 1: Are you okay?

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O barman trocou o disco, colocando alguma música de um artista super desconhecido, bom, a música não era ruim.

- Mais uma rodada, barman. - disse um dos velhos sentados no canto, com a voz rouca do fumo, e suado de tanto beber.

O barman se aproximou de um homem que usava roupa de frio. - Esses idiotas estão aqui deste as três da tarde. - o barman bigodudo riu.

- Agradeça, eles vão te enriquecer. - disse o homem com roupa de frio.

O barman serviu os velhos, o bar estava cheio de pessoas animadas, irritadas, sons estranhos e principalmente risadas. Mas. A porta de repente se abriu, e todos os sons pararam. Foi uma mulher que abriu aquela porta, e não era feia, era forte e séria, mas não importava, ela estava ensopada pela chuva, e ensanguentada, muito provavelmente por uma briga qualquer.

- Posso ajudar? - disse o barman para a moça.

Ela o olhou como se quisesse matá-lo. - Sim, quero uma garrafa da bebida mais forte que tiver. - quando ela disse isso, os velhos da mesa do canto começaram a rir. Ela olhou para eles da mesma forma que olhou para o barman anteriormente.

O barman trouxe a garrafa de whisky. - É uma mistura de Red Label, Conhaque, Vodka, Catuaba e Cana, é saboroso e letal, só de pensar fico eu bêbado. - o barman sorriu.

Ela sorriu de volta, mas não com os olhos. - Obrigada, barman. - ela se sentou em uma mesa isolada, bebendo a bebida como se fosse água.

O barman trocou a música novamente. Colocando Smooth Criminal, do Michael Jackson. Quando a parte lírica da música começou, a mulher se levantou e ainda com a garrafa na mão começou a cantar junto com o Michael. Metade do bar estava rindo, a outra metade estava encantada, e alguns do contra estavam apenas observando, eu era um deles. Tudo estava bem, até que a parte lírica acabou, e sobrou as batidas, no clipe, essa é a hora em que o Michael Jackson dança enquanto atira nos mafiosos, já no bar, foi a hora em que a mulher atirou a sua garrafa para perto da estante onde as outras estavam armazenadas, puxou duas pistolas e começou a atirar no ritmo da batida.

Eu me escondi debaixo da mesa e puxei a minha pistola, não era a melhor, mas tinha silenciador, eu estava nervoso com a situação, as risadas e conversas acabaram, só sobraram gritos e passos apressados. O barman tinha puxado sua espingarda do balcão, mas ele não foi rápido o bastante, com duas pistolas ela conseguia atirar tão rápido quanto uma metralhadora, ela estava rindo enquanto matava, era sádico, o barman caiu no chão com mais tiros do que fui capaz de contar, não era uma arma normal, e aquela não era uma mulher normal. Todos os sons de repente pararam, e eu estava aguardando o momento perfeito para atacar, vi ela andando para onde jogou sua garrafa, ela pegou mais três garrafas, e jogou no chão, tirou um isqueiro de seu bolso e encarou as chamas, ela estava se preparando para jogar o isqueiro naquela bebida derramada, e então eu resolvi sair de meu esconderijo, peguei minha pistola e apontei para a cabeça dela.

- Não. - ela disse, apontando a pistola pra mim, ela não tirou os olhos do isqueiro, e então percebi, o isqueiro havia me refletido, de alguma forma, mas não perdi tempo, e atirei nela, antes que ela atirasse em mim, mas nada aconteceu, era como se eu tivesse errado. E então, ela me encarou e pude ver os olhos dela, olhos cor de roxo, estranhamente atraentes. - Procurei por você.

Eu estava ofegante. - Por mim? Porquê?

- Você está muito longe de casa. - ela disse, com a expressão do rosto extremamente contida.

Eu não estava entendendo sobre o que ela estava falando. - Você se confundiu, não faço a menor ideia do que você disse, meu nome é Charles Yanes, sou britânico, e estou aqui apenas investigando coisas.

A Odisséia WinewoodOnde histórias criam vida. Descubra agora