Prólogo

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Vitoria

Nunca nem ninguém disse que a vida é fácil, nem mesmo minha mãe, mas quando eu era pequena a vida era menos complicada. Venho de uma podre de rica, quer dizer, só meu pai que era muito rico, mas minha mãe também tem uma ótima condição financeira, minha mãe era psicóloga social, mas depois ela se tornou psicóloga criminalista, o nome dela é Rose, ela foi e é meu orgulho, aquela mulher é tudo pra mim, dês de bebezinha eu mamava nos seios dela até eu atingir meus 15 anos, mas eu percebi que tinha que deixa os seios da minha mãe em paz então, eu comprei uma mamadeira pra mim, tenho até hoje. Minha mãe é ninfomaníaca, mas isso não vem ao caso, mas antes do meu atual pai, o Thomas, eu tinha um outro que foi o meu verdadeiro genitor, Fernando, eu odiava aquele cara e eu tenho ódio de mim até hoje por um dia eu ter amado aquele canalha, ele fez mau a minha mãe e pra mim, ele abusou de mim quanto eu tinha apenas 7 anos, eu escondi da minha mãe, mas não foi por medo dele, foi pela o prazer da dor que eu sentia. Quando ele abusou de mim eu chorei, eu chorei que nem um bebê, eu me desprezei e gostei de senti aquela dor, então guardei pra mim, eu sei que foi a coisa mais idiota e doentia que já fiz, não aconselho ninguém a fazer isso.

Mas a minha mãe conheceu o meu pai, Thomas, eles se conheceram em uma consulta, meu pai tem problemas de bipolaridade e ele não estava conseguindo lidar com isso no trabalho, então ele procurou a minha mãe, e foi aí que se apaixonaram, eles são um casal maravilhoso e meloso, eu admiro a relação deles. Dês de quando eu vi o Thomas do supermercado com a minha mãe, foi ali que eu soube que ele seria meu novo pai, ele sempre foi carinhoso, respeitoso, amoroso e atencioso, praticamente um homem perfeito, ele tem um filho com outra mulher que já faleceu, o meu irmão o Júnior.

Júnior sempre foi mais rebelde, mas também puxou todos os lados positivos do meu pai fazendo ele ser 50% rebelde e 50% responsável. Meu irmão apesar de ser o mais novo, sempre foi protetor como um irmão mais velho, e dês de pequeninha eu sabia de tudo porque minha educação escolar e em casa era um pouco diferente, eu tive uma infância maravilhosa com uma família maravilhosa, mas....

Bem, lembra do Fernando? Meu genitor, meu antigo pai, ele fez uma coisa horrível pra minha mãe que mudou tudo, ele quase matou ela, quando eu estava no quarto do meu irmão e ouvi grito dela, eu desci as escadas, vi aquele homem nojento enforcando a pessoa que eu mais amo. Aquela cena não sai da minha cabeça até hoje, eu senti o desespero da minha mãe, foi ali que eu vi que ela não é igual a mim e eu não era igual a ela, pois ela não estava sentindo prazer na dor, como eu sentia com a minha dor, ela estava sofrendo e isso me fez sofrer, peguei a arma jogada no chão e atirei naquele homem sorrindo várias e várias vezes. Como minha mãe é psicóloga, ela viu que eu sou psicopata e me abraçou, me tratou bem mesmo eu sendo uma coisa louca. Sim eu me considero as vezes como uma coisa, pois depois daquele dia eu matei outras pessoas, nunca bebi, nunca usei drogas, nunca dormi com outros caras, mas eu matei pessoas inocentes por diversão, e quando eu mato eu gosto e me sinto mau ao mesmo tempo, e olha que minha mãe deu conselhos, mas um conselho que levo até hoje pra vida toda é "não mate uma pessoa boa, não mate seus amigos". Então podemos dizer que aquelas pessoas que eu matei eram inocentes sim, mas não eram boas comigo.

Depois que Fernando morreu ele fez a pior coisa antes de morrer, ele bateu na minha mãe e ela perdeu o bebê, um bebê que ela estava esperando do meu pai, quando meu pai soube ele ficou com ódio e muito triste, mas ele não poderia fazer nada com uma pessoa que já estava morta, mas depois de um ano meus pai tiveram o meu outro irmão, o Carlos, ele é muito legal e é parecido comigo, mas sem psicopatia. No total meus pais tem 3 filhos, eu,júnior e Carlos, mas lembra quando eu disse que meu pai não poderia fazer nada com uma pessoa que já morreu? Eu fiz algo.

Quando eu fiz 15 anos, eu fui até o cemitério com um machado e pá, desenterrei o corpo do Fernando, coloquei fogo nele, peguei as cinzas dele e joguei em um dos lugares mais assombrados dos Estados Unidos. Foi a coisa mais prazerosa e vingativa que eu fiz, eu precisava, o que eu vi me marcou muito principalmente como eu era uma criança.

Mas depois a minha vida foi só alegria, mas como nem tudo são "uau" eu fui presa, aos 17 anos, mas o meu pai me tirou da prisão, meu pai me ensinou que o dinheiro é a segunda coisa mais poderosa da terra, dinheiro move tudo. Enfim, eu não fiz faculdade porque eu não sei o que eu quero, mas fiz curso, hoje eu trabalho como garçonete e moro em um apartamento rustico em São Paulo. Eu não quero depender do dinheiro dos meus pais, eu sempre gostei do simples e vim pro Brasil porque meus avós eram daqui, e quando vim pra cá pela primeira vez devo dizer que me apaixonei e sou mais brasileira do que americana. Uma coisa que nunca saiu de mim é a psicopatia, e vou leva isso comigo pra sempre só tenho uma coisa acrescentar, como disse nada é fácil, mas também nada é tão difícil como parece ser.

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