meu Deus, meu senhor, me ajuda por favor

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Mohamed

___ saía do meu carro Vitoria!! -- puxei suas pernas pra sair do meu carro.

Eu já avia chegado no seu trabalho, estou do lado de fora do restaurante, as pessoas até grava invés de ajudar esses idiotas.

___ NÃO!!! Você não vai pro museu sem mim! Tu não vê que eu te amo!?! -- fala sério, eu até desistir.

___ me ama!? Ou ama perturbar meu espírito?! A gente não tem nada e nunca vai ter, agora sai dessa porra de carro!! -- essa mulher é pior do que chiclete, quando gruda em um canto é pra valer, tenho dó dos pais.

___ quer ficar fica!! -- entrei no carro começando a dirigir, preciso saber lidar com a Vitoria, eu sei que quando ela consegue algo que quer já fica mais calma.

Já sei como domar esse cão com dengue.

___ tamo indo pro museu? -- balancei a cabeça em negatividade.

___ não.-- estacionei meu carro na sorveteria, a mesma abriu um sorriso, então a danadinha gosta de sorvete...

___ compra pra mim...-- me olhou com os olhos brilhando.

___ claro.-- já que Vitoria gosta de por a boca em tudo quanto é lugar, ela não vai se importa de comer muito sorvete até não aguentar mais.

Entramos na sorveteria e ela já escolheu uma mesa, parece uma criança de 7 anos.

___ boa tarde, vou querer todos os sorvetes do cardápio.-- a mulher do caixa me olhou perplexa.

___ todos? Isso é sério?

___ sim, sério.-- caminhei até a mesa onde Vitoria escolheu, me sentei fitando os seus olhos, agora você me paga baixinha...

[...]

Eu estou surpreso, nunca vi alguém comer tanto sorvete e não passar mau, eu só comi uma casquinha já ela comeu todos os outros, a minha ideia era fazer ela passar mau de tanto comer, levá-la pro hospital e deixa ela lá.

___ delicioso...-- Vitoria disse ainda viva.

___ não está sentindo nada? -- a mesma tocou no corpo.

___ era pra eu senti alguma coisa? -- sim, uma dor de barriga.

Nem acredito que vou ter que levar ela pro museu. Eu já tinha pagado a conta então só saímos da sorveteria e entramos no carro, dirigir tentando manter a calma, estou me arrependendo de ter entrado naquele restaurante.

___ tá quietinho...-- a mesma deitou sua cabeça no meu ombro de novo.

___ hum rum.-- senti seus dentes passar pelo meu braço, olhei pra ela e a Vitoria está tentando me morde -- o que você está fazendo?

___ desculpa, você é tão fofo que dá vontade de morder, igual meu gato pipoca.-- eu estou ficando com medo dessa garota tentar me comer.

A mesma ligou o rádio e estava tocando uma música estranha, não entendo muito de músicas brasileiras.

___ sentadona, sentadona senta.do.na -- a mesma começou a canta e desliguei o rádio -- eiiii por que desligou?

___ não quero ouvir seus berros.-- estacionei o carro no museu.

___ eu canto bem tá? Eu aprendi a canta nas músicas da Disney.

Sai do carro ignorando ela, entrei no museu e Soraia estava a minha espera.

___ Mohamed, demorou meu querido -- a mesma estendeu a mão, mas quando eu ia aperta, Vitoria entrou no meio pegando a minha mão.

___ não chama ele de querido sua oferecida.-- Vitoria é uma pessoa ciumenta até dizer chega.

___ não liga pra ela Soraia, é uma lelê da cuca que encontrei no caminho hoje de manhã.

___ EU sou a namorada dele, tá bom? Fica longe! -- Vitoria abraçou minha cintura, meu Deus me ajuda.

___ tá bem...é Mohamed seus quadros estão prontos vem comigo.-- a mesma começou a caminhar e Vitoria me olhou puta.

___ não olha pra bunda dela.

___ eu não olhei pra bunda dela.

___ a você olhou sim! Não sabia que você gosta de bundas de veia.-- essa mulher tá vendo coisa onde não tem.

___ eu não olhei pra bunda dela, você tá doida? -- não sei porquê eu pergunto.

___ esses são os seus quadros -- a mesma me mostrou eles, são lindos.

___ mas que porra é essa? -- falou a Vitoria puta -- quadros de mulher pelada?!

___ são artes Vitoria.

___ me dá seu número -- a mesma procurou meu celular no bolso da minha calça.

___ pra que? -- a mesma pegou o meu celular, pra abrir ele tem que ser com a minha digital, então Vitoria pegou na minha mão me fazendo abri ele.

___vou te enviar uns nudes, você vai saber o que é arte de verdade.-- a mesma anotou meu número no seu celular -- olha você tem jogo da paciência, agora eu sei porque você é paciente, vou abaixar joguinho de bolinhas.

___ não! -- peguei meu celular de volta.

___ vou levar os quadros Soraia.

VitoriaOnde histórias criam vida. Descubra agora