Capítulo VI - Ain't no Fun (Waiting for Seonghwa to completely forgive me)

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16 de março de 1672 – 02:30 da manhã

Mar da China Oriental



    - Samgaksan. O navio se chama Samgaksan, um navio de carga. Ele vai sair de Macau em quinze dias. – Wooyoung falava com calma as informações que tinha conseguido na taberna em Wenzhou. Estava em pé em frente à mesa de Hongjoong, acompanhado por Yunho e Seonghwa, que observavam em silêncio o marinheiro conversar com Kim.

    - Macau? – O capitão ergueu uma das sobrancelhas em descrença. – Mas Macau é portuguesa! Eu nem sabia que Joseon estava fazendo comércio com os portugueses... – A inconformidade de Hongjoong com a informação que recebeu estava sendo acompanhada por seus subordinados, que se entreolharam ao ouvir o que Jung tinha dito.

    - Foi o que eu ouvi, senhor. Eu juro. – O moreno ficou um pouco incomodado, pois parecia que Joong não estava acreditando nas palavras dele.

    - Eu acredito em você, Wooyoung, não se preocupe. Só estou tentando entender que ligações Joseon está tendo com Portugal. – Disse Kim, tentando acalmar o marinheiro. – Conseguiu descobrir se ele vai carregar alguma coisa e como vai ser a escolta? – Não mantinha a curiosidade para si mais o capitão, e já transformava aquela embarcação de que pouco sabia, em um objetivo.

    - Ninguém faz ideia do que ele carrega e se vai seguir sozinho para Joseon. Me falaram que os oficiais evitam comentar a respeito, é ordem do ministro da defesa. – Wooyoung franziu as sobrancelhas, um pouco chateado. Suas skills sociais não tinham sido capazes de conseguir toda a história por trás do navio, do qual ele também estava curioso, pois nunca tinha ouvido falar naquela embarcação.

    - Ou seja, não sabemos quase nada. – Hongjoong se pôs de pé, carregando consigo um pouco de decepção. Não com Wooyoung, mas sim com a situação em si. Queria saber mais sobre aquela embarcação, já que não queria arriscar desperdiçar suprimentos e arriscar vidas da tripulação em uma operação sobre um navio que mal sabia do que se tratava. Atacar outros barcos da lista que possuíam era muito mais garantia de lucro. – Nós temos uns dias pela frente ainda, não quero tomar nenhuma decisão precipitada agora. – Pontuou o capitão, encarando as janelas que ficavam atrás de sua mesa, contemplando o mar.

    Depois de uns instantes de silêncio, Kim se virou novamente para os homens que lhe observavam, e disse: - Sendo assim, se ninguém tem mais nada a falar, estão dispensados. Vão descansar, todos tiveram um dia duro hoje. –

    - Ah, senhor! – Wooyoung levantou a mão, chamando a atenção para si, fazendo com que todos na sala parassem imediatamente. – Posso lhe pedir um favor? – Perguntou, levando as mãos para trás.

    - Primeiro, pare de me chamar de senhor. Me chame de capitão a partir de agora. E segundo lugar, já estamos pedindo favores? Não achas meio cedo para isso? – Hongjoong abriu um sorriso meio irônico, e buscou com o olhar os seus subordinados, que estavam ainda próximos a mesa. Ambos balançaram a cabeça negativamente, com olhares de desaprovação para o capitão, que logo ficou sem jeito. – Ahem... Tudo bem, diga logo. –

    - Posso dormir na enfermaria? Eu sei que Yeosang não acordou ainda, mas quero estar lá quando isso acontecer. Não me importo de dormir no chão, posso dormir em qualquer canto. – Jung segurou as próprias mãos em expectativa, e seus olhos brilhavam. Era como uma criança esperando ter seu presente comprado pelos pais.

    - Olhe Wooyoung, San é quem decide o que entra e saí daquele lugar. Ele manda mais lá do que eu. Sendo assim, se ele autorizar, por mim tudo bem. Inclusive, acho que ele está te devendo uma de qualquer forma, então acho que você consegue. – Kim dessa vez sorriu sem carga alguma de ironia, mantendo o contato visual com o mais novo. – Desça lá agora e pergunte. – Concluiu o azulado.

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⏰ Última atualização: Jul 09, 2022 ⏰

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Aurora - Águas Desconhecidas (Seongjoong)Onde histórias criam vida. Descubra agora