My Little point of light (Xiaoether)

Medo de perder você

Xiao

Ainda posso sentir seu corpo sobre meus braços e tudo isso dói demais, naquela noite pensei que perderia o amor da minha vida, passei a madrugada toda ao seu lado e o médico ainda não falou se é grave, estou com medo porque ele ainda não acordou.

Pego na sua mão levando até meu rosto.

"Por favor não me deixe...seja forte" não consigo conter as lágrimas que caem sem permissão, por que a vida sempre tem que fuder com a minha felicidade? Limpo meu rosto ao ver lumine entrando.

"Também estou muito triste, ele é meu irmãzinho e é difícil vê-lo assim, mas vai ficar tudo bem Xiao" me abraça bem forte e desabo de vez não contendo minhas lágrimas pesadas e ardentes que decem como aço sobre minha pele.

Juro que estou tentando ser forte mas só em pensar que pode ser algo grave..estou com tanto medo, naquela noite ele sangrou tanto que pensei que seria a última vez que o veria, mas graças a deus a ambulância chegou a tempo.

"Eu sei que você está muito mal mas tem que comer alguma coisa e também tomar um ar" fala lumine preocupada.

"Vou tentar..."

"Tem uma lanchonete lá em baixo, vamos lá"

Então, chegamos lá e pedimos alguns lanches, depois de um dia todo sem comer me senti bem ao conseguir pelo menos colocar algo pra dentro, a loira parece feliz em me ver um pouco melhor.

Então voltamos pra dentro e a doutora Noelle nós disse que tem algo para nós contar, meu coração disparou em desespero, espero que sejam notícias boas.

Elas nos levou até sua sala.

"Então, não tenho boas notícias, infelizmente o baque foi muito grande e ele está em coma, por enquanto não tem chances dele acordar, mas também tem o risco de quando acordar ficar com sequelas, a pior das hipóteses é ele não conseguir mais andar." Nem tenho reação para suas palavras, apenas nos retiramos da sala depois de lumine conversar mais um pouco com a doutora.

Caminho até o quarto onde está o loiro, sento em uma das cadeiras e fico lá observando sua respiração, agradecendo mentalmente por ele estar vivo, meu maior medo é não vê-lo abrir os olhos novamente, quero apenas que tudo volte ao normal.

Infelizmente não pude ficar com ele pelo resto da semana, mas todo dia de manhã fui até lá para vê-lo.

Se nem perceber dias se passaram até meses, minha vida não faz mais sentindo tá difícil suportar tudo, estou tentando lutar contra a depressão pelo meu pai que se importa tanto comigo.

Estou sentado no sofá assistindo qualquer merda aleatória, e do nada sinto uma mão no meu ombro, olho pra trás e é o velho quer dizer meu painho.

"Foi liberado mais cedo hoje?" Pergunto curioso.

"Eu apenas sai mais cedo para passar mais tempo com você, é evidente que você não está bem e tudo bem não estar, mas saiba que estarei aqui para te ouvir nesse momento difícil"

"Obrigado velho"

"Velho é o seu passado" do nada sem ao menos avisar me abraça.

"Não tô suportando mais essa dor, sinto como se ela fosse me matar a qualquer momento" desabafo sem querer.

"Vai ficar tudo bem, me desculpe nunca fui bom em dar conselhos, apenas tente ocupar a mente com alguma coisa, que tal a gente ir tomar sorvete?"

"Pode ser, e obrigado por estar aqui comigo as vezes me sinto sozinho" troco de roupa e caminhamos até a sorveteria mais próxima.