Declínio.

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Minhas mãos sagram, minha mente dói, e tudo de ruim parece acontecer ao mesmo tempo, facadas e mais facadas, é assim que me sinto, esfaqueada.

Feridas banhadas em álcool, já sentiu isso, certo? Unhas arracadas, que ardem, me consumindo em... nada.

Objetivos virando objetos e trajetos de escapatória que puta que pariu, não passam de uma história, contada pra quem é esperançoso demais pra aceitar que tudo acabou, que acabamos.

Me afogando em pílulas que não foram prescritas, vivendo desse jeito, quase morta, não morta o suficiente para deixar as pessoas tristes, morta por dentro.

Virei uma ignorante, eu sei, e não importa o quanto eu tente, a porra do céu fica cada vez mais escuro, os refúgios não são mais refugiantes e tudo parece, continuar num declínio sem fim, sem subida ou algum vislumbre de melhora.

Cravando Poesia Em PedrasOnde histórias criam vida. Descubra agora