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Ângela

Depois que todos saíram, comecei a recolher os balões estourados que estavam no chão.

- Quer ajuda? - Perguntou Renan aparecendo atrás de mim.

- Ah, não precisa.

Ontem foi a festa de aniversário do meu irmão. Como tema foi bailão, nossos pais não participaram. Vieram alguns amigos dele e as meninas que eles tavam ficando, além de mim, óbvio.

- Quem era aquela contigo? - Continuo recolhendo.

- Ana. - Ele se joga no sofá da minha casa. - É uma menina que eu tô ficando. Por quê? Ficou com ciúmes?

- Vai te lascar, Renan. - Jogo uma almofada na cara dele. - É só porque ela ficou olhando para mim o tempo inteiro.

- Liga para ela não.

- Sei lá mano, tu não se sente mal? Porque ela é muito emocionada e eu tenho certeza que tu não vai querer nada sério com ela.

- Ângela, ela se envolve com o pai porque quer.

- Tu nem se acha. - Rio e reviro os olhos.

Eu limpei a casa enquanto Renan ficou conversando comigo. Já faz mais ou menos uns dois meses que eu me mudei e nesse tempo, eu e Renan nos tornamos bons amigos, para o desgosto do meu irmão.

- Vai. Levanta. - Tento tirar ele do sofá da sala mas não consigo. - Sai da minha casa.

Puxo ele pelo braço mas ele foi mais forte e me puxou de volta fazendo eu sentar no colo dele.

- Te manca. - Me levanto.

Vou até a cozinha e fico uns segundos lá e volto com uma vassoura na mão.

- Vai me bater com isso?

- Não. É só para o caso de tu num querer sair da minha casa.

Ele riu e se levantou.

- Quer tomar café? Tem uma padaria boa aqui perto.

Eu larguei a vassoura e a gente desceu. Como já eram 8:00 da manhã, a padaria já estava aberta.

Fomos andando até lá, compramos qualquer coisa para comer e fomos para a praia.

- Boy, se Ana ver aquela menina que ficou olhando para tu na padaria. - Digo sentando na areia.

Ele ri.

Ele vai mais para perto de mim e dá um selinho no meu pescoço.

- Sai. - Empurro ele.

- Tu é tão cheirosa. - Sorri.

- Vou chamar Ana aqui. Num instante tu para com essa palhaçada.

Ficamos o resto da manhã na praia, conversamos e de vez em quando ele dava uma cantada em mim mas eu fingia que não tinha percebido.

O melhor amigo do meu irmão Onde histórias criam vida. Descubra agora