capítulo 4

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Antes de começar eu queria pedir desculpas pelo capítulo horrível que eu escrevi, mas não queria deixar sem atualizar... enfim, prometo melhorar

...

Acordo suando frio. Minhas mãos tremem sem parar e eu tento desacelerar minha respiração.

Olho para a janela e percebo que é dia. Entendo o que está acontecendo: tive mais um pesadelo.

Uma onda de enjoo me preenche e eu corro para o banheiro. Vomito o pouco que comi na privada e tento me manter de pé.

— Chrissy? — minha avó chama. — Oh querida! Você está bem?

Percebo que ela está na porta do banheiro me observando.

— Estou bem sim, vó. — digo.

— Mais pesadelos?

— É...

— Eu sinto tanto, Chrissy. — ela faz uma pausa. — Mas sabe, tem sido difícil para mim também.

Olho para minha avó. Ela nunca fala sobre como se sente sobre o acidente.

— Vó...

— Não precisa dizer nada, querida. Mas saiba que quando se sentir pronta para conversar, eu estarei aqui.

E com isso, ela sai, me deixando sozinha com meus pensamentos.

...

Chego na escola me sentindo meio tonta. Vou até meu armário e deixo alguns cadernos lá. Quando fecho a porta de metal, um rosto aparece.

Percebo que é o garoto que vi fumando ontem.

— Oi. — ele diz, me dando um sorriso malicioso.

— Oi... — respondo, desconfortável.

— Me chamo Billy, Billy Hargrove. — ele se apresenta.

— Eu sou a Chrissy. — digo com hesitação.

— É um prazer enorme... — Billy me olha de cima a baixo, me deixando vermelha.

— Eu.. Tenho que ir, desculpa. — minto, me desvencilhando dele.

— A gente se por ai, Chrissy.

Eu não respondo e apenas saio andando rápido, e acabo esbarrando em alguém.

— Ei, Chrissy. — ouço a voz de Eddie e vejo que foi nele que esbarrei.

— Ah, oi. — sorrio.

— Você está bem? Você parece meio pálida. — diz, preocupado.

— Eu só vomitei e estou tonta. Mas estou bem.

— Tem certeza? Não é melhor ir pra enfermaria?

— Não, está tudo bem.

— Ok... — ele me olha atentamente, como se para se certificar de que estou bem mesmo. — Tenho um convite para te fazer.

— Que convite? — pergunto, interessada.

— Hoje eu e o Hellfire vamos jogar D&D, gostaria de ir?

— Claro! Seria ótimo.

Ele me da um daqueles sorrisos lindos.

— Bom, então eu posso te buscar na sua casa, o que acha?

— É perfeito. — sorrio para ele.

— Ótimo.

O sinal toca, anunciando o começo da primeira aula.

— Melhor irmos. — digo.

Eddie concorda com a cabeça e vamos até a sala.

...

No meio da aula de história eu sinto enjoo novamente. Saio correndo da sala e vou até o banheiro, onde vomito todo o café da manhã.

Ainda curvada sob a privada, ouço a porta sendo aberta.

— Chrissy? — Eddie chama. — Você está bem?

Não consigo responder pois outra onda de náusea vem e eu vomito de novo.

— Meu deus, Chrissy. — ele corre até a cabine em que estou. — O que está acontecendo?

— Nada, eu estou bem. — digo, me sentando no chão.

— Céus, você não está bem. — Eddie chega mais perto e coloca a mão em meu rosto. — O que foi?

— Eu só... É besteira.

— Chrissy, fala comigo.

— Eu tenho pesadelos. — digo.

— Que tipo de pesadelos?

Hesito. Será que devo contar a ele?

Antes que eu possa controlar, lágrimas brotam em meus olhos.

— Ei, calma. — ele diz. — Pode confiar em mim.

— Eu sei mas... É difícil.

— Acredite em mim, de coisas difíceis eu entendo.

Sorrio para ele.

— Minha mãe era um tanto abusiva. — começo. — Ela... dizia para mim que meu corpo era feio e que eu precisava emagrecer para ficar bonita.

Eddie me olha com atenção, então eu continuo:

— Isso fez com que eu desenvolvesse um transtorno alimentar. Depois do acidente, bom... as coisas mudaram. Mas eu tenho muitos pesadelos.

— Com ela? — pergunta.

— Sim... — faço uma longa pausa. — Eu sei que é horrível, mas...É quase como se eu a quisesse morta. — digo um sentimento que vem do fundo de mim.

— Chrissy... — Eddie me abraça e afaga meu cabelo. — Eu sinto muito.

— Tudo bem, acho que eu precisava dizer isso para alguém.

Eddie se afasta.

— Fico feliz por ter sido o primeiro a saber.

Sorrio para ele.

— Melhor voltarmos, não é?

— Sim... mas antes, eu quero que você saiba que pode contar comigo.

— Obrigada Eddie.

Ele sorri para mim e ficamos nos encarando por alguns minutos. Eu sei que é estranho, mas eu sinto que posso contar tudo a ele.

Conheço ele a dois dias e ele já é muito importante para mim.

nightmare - Eddie e ChrissyOnde histórias criam vida. Descubra agora