Capítulo ll - Planos mirabolantes

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Nesse exato momento estou dividido entre pular da janela e cair feito jaca madura no chão ou me entupir de analgésicos.

[ Sua antiga identidade foi apagada das memórias dos alvos e da protagonista. ]

- Aí caralho que susto - Dei um pequeno pulo quando o quadro vermelho apareceu novamente - Então agora eu sou apenas Yamato Liu, o vilãozinho da propria irmã - Ri sem humor - Que maravilha - Puxei um pouco meus cabelos ao lembrar do objetivo absurdo imposto à mim.

- Como você ainda está vivo?! - Uma garota de maria chiquinha entrou no quarto nervosa, sua raiva pareceu aumentar assim que viu minha cara confusa.

- Quem é você? - Perguntei sem muito interesse na voz, provavelmenta ela era mais uma das " aventuras " nada saudáveis de Liu.

- Seu canalha - Ela veio em passsos largos - Me traí descaradamente e ainda tem a capacidade de se fingir de desentendido - Sua voz ficava mais fina conforme ela ia falando.

- Como eu te traí se não sei nem quem você é?! - Arquivei as sobrancelhas - Pera aí você me empurrou da escada?? - Questionei meio chocado.

- VOCÊ ME OBRIGOU A FAZER ISSO! - Ela berrou se jogando em cima do meu corpo.

A cena para quem visse de fora seria engraçada, mas para mim era problemática e assustadora. A cada " golpe " que ela tentava me dar, eu tinha que esquivar e evitar que a menina se machucasse, afinal acrescentar machucar uma menina fisicamente no meu histórico não seria muito legal.

- ALGUÉM TIRA ESSA MULHER DAQUI!! - Gritei o mais alto que pude esperando que alguém pudesse me ajudar - Ahh! - Exclamei quendo senti ela cravar as unhas na minha mão esquerda.

Ela se aproveitou desse breve momento de distração e envolveu suas duas mãos no meu pescoço na intenção de me sufocar.

- Me...Me sol...ta - A gorota parecia ter a força de um urso, pois mesmo sendo maior eu ainda não conseguei tirá-la de cima de mim - Sa....Sai caramba - Consegui soltar suas mãos do meu pescoço por alguns instantes antes dela voltar com sua violência desenfreada.

Essa cena se estendeu por o que eu acho ser 10 minutos, ela me batendo e eu fazendo o máximo para proteger minha cabeça com os braços.

- Eu quero ver seu rosto enquanto faço isso - Brandou em um tom irritado - Vamos me mostre - Suas unhas afiadas machucavam meus braços na tentativa de movê-los para longe do meu rosto.

Falar com a garota na situação que ela estava parecia ser uma missão impossível e perigosa. Resolvi receber os golpes calado quem sabe ela se acalme e saia daqui, fechei meus olhos ao sentir um pouco de sangue escorrer do meu braço esquerdo, sinceramente o cheiro de sangue me deixa um pouco enjoado.

- ME SOLTA - A menina gritou de repente - EU VOU MATAR ELE - Abaixei meus braços doloridos e abri lentamente os olhos.

- De...Desculpa eu realmente não sei quem é você - Falei em um tom neltro com dificuldade pelo enforcamento anterior - Tira ela daqui por favor - Falei com o garoto de cabelos roxos que segurava fortemente a garota.

Sem falar nada ele jogou a garota para fora do quarto e fechou a porta, eu olhava chocado com a falta de delicadeza do cara ao lidar com uma mulher, mesmo que ela esteja errada.

Esse jogo deveria ser um doce romance, mas os alvos estão esquisitosOnde histórias criam vida. Descubra agora