- 18 de Julho de 2018 -
Acordei com o nascer do sol, ainda um pouco cansada do dia anterior, saudades da época em que podia pedir mais 10 minutinhos para minha mãe.
Tenho que correr, não tenho tempo para fazer nada, por mais cedo que fosse já estava atrasada para um compromisso. Toco piano na banda da minha escola, e hoje será o último ensaio para nossa apresentação de final de ano. Fazem 9 anos que toco piano, já é um pedaço da minha vida, mas esse ano não vou poder focar muito nisso, pelas pendências de uma adolescente. Universidade, mudança, escola, vocês já sabem o resto.
Bem, voltando, tenho que correr; me levanto, tomo um banho rápido e agarro minha mochila, onde dentro estavam minhas partituras, meu celular e uma garrafa d'água. Pego minhas chaves e alimento meus cachorros, e torço, melhor rezo para que a cantina do colégio já esteja aberta.
Quando cheguei ao ponto de ônibus fiquei aliviada ao saber que o transporte não havia ido sem mim, minha amiga Amely sempre vai comigo aos ensaios, ela que me acalmou depois de tanta correria. Me sentei em um banco qualquer do ponto e começamos a conversar sobre as novidades da semana:
- Sophie não para de dar chiliques, só por não ganha nenhum ursinho naquelas maquininhas, que sinceramente só existem para nos falir.
Amely comenta sobre a irmã.
- Errada você não está, não minto quando digo que já gastei minha mesada inteira naquela merda.
Digo para Amely.
- Minha família é bem difícil e você sabe disso, mas às vezes passa dos limites, não aguento mais aquilo.
Diz Amely.
- Eu sei Amy, ninguêm aguenta mais, mas vamos pensar no lado bom, o ano já está acabando, vamos seguir nossas vidas. Vai ser bom para nós.
(Pelo menos era o que eu pensava).
Nesse momento o ônibus já havia chegado no ponto e estavamos sentadas no segundo piso, a primeira fileira por sorte estava livre, nos acomodamos lá.
- Você está certa.
Ela acaba a conversa e apoia sua cabeça na cadeira para dormir.
O cochilo durou pouco, o passeio de ônibus era pequeno, mas era bem melhor do que ir caminhando.
- Chegamos.
Digo a Amy, que foi levantando a cabeça para olhar a janela.
- Menos um dia de tortura!
Ela brinca. Eu rio.
Entramos na escola, a maioria não tinha chegado ainda, fiquei menos preocupada com isso. Aproveitei para ver se a cantina já tinha aberto, mas nem precisei ir até o fim do corredor para perceber que as luzes estavam apagadas.
- Vou no Starbucks quer alguma coisa?
Perguntei a Amy.
- Um muffin e um café com leite, depois te pago de volta.
Amy responde.
- Pode deixar, fica na minha conta, você já pagou o ônibus hoje.
Digo. Ela agradece e atravesso a rua na loja mais próxima da franquia.
Entro na fila, pensando no que eu gostaria de pedir, quando vejo um rosto muito familiar; era um vulto alto e masculino, disso eu tenho certeza, mas não parei para investigar.
Fiz meu pedido e aguardei, apoiando meus braços em uma bancada próxima, aproveitei o tempo livre para mexer no celular e vasculhar o instagram, vi que Charles, um grande amigo meu, estava viajando, mas não divulgou nada sobre o destino, uma simples foto de avião e uma descrição " viagem internacional, lá vou eu" já dizia tudo.
-Milly!!
O barista gritou.
- Seria Emilly?
pergunto.
-Isso, me desculpe.
Digo que não há problema algum, e sigo meu caminho devolta a escola.
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Não pare, continue correndo.
RomanceEmilly é uma jovem garota a procura de sua vida, com o ensino médio finalizando, Emilly uma inglesa sonhadora, quer cursar bio tecnologia na Alemanha. O que ela não sabia é que após Charles reaparecer em sua vida, tudo iria mudar. Com ajuda de Amy...