When you came back for me

One shot

Já passou tanto tempo... Meu amado, estou com saudade de você. Choro toda vez que olho suas fotos, esse sorriso, esses olhos e o que me da mais saudade, seus cabelos rosas, exótico e únicos.
-Na-natsu... Porque você teve que sair e me deixar assim?- ele havia saído a 4 anos para uma guerra, eu estava grávida de 3 meses no dia da sua partida.- Nossa filha gostaria de conhecer você, ela fala toda hora imaginando como você é, hehe, os dois iriam se divertir juntos.- rio com as lágrimas atrapalhando minha visão novamente.
TOC TOC
-Mamãe?- era a Nashi, ela ainda era apenas uma criança, eu sempre tinha que fingir não estar triste para não preocupa-lá, mas desta vez não pude evitar.- Você está chorando?- ela se aproxima de mim e sobe na cama se deitando em meu colo.
-Estou chorando de felicidade, querida.- forço um sorriso. Sei que Nashi não desconfiaria que eu estava triste.- EI, quer fazer alguma coisa na rua? Tipo, comprar um cachorrinho ou alguns brinquedos?
-Cachorrinho?!- a pequena da um pulo saindo do meu colo e abrindo um enorme sorriso, o mesmo que seu pai dava quando estava animado, isso fez o meu coração se despedaçar.- Quero um cachorrinho azul igual ao Happy.- este era o gato de Natsu, ele era meio estranho.
Nos arrumamos e saímos de casa, era um dia ensolarado, mas estávamos no inverno, ou seja, estava frio a ponto de congelar as bochechas e a ponta do nariz. Nashi se agarra em meu braço e sai me puxando até uma pet shop que havia perto de casa.
Chegando na loja sinto o cheiro adorável de filhotes recém-nascidos, pra mim eles cheiravam igual a café e eu adorava isso... Café... Esse era cheiro de Natsu, novamente me entristeço.
-Mamãe, mamãe!- a rosada me tira de meus devaneios e aponta para uma caixa de vidro onde tinha um cachorrinho com a pelugem rosa e olhos ônix; o mundo ta fazendo piada comigo hoje, só pode.- Que lindo aquele, quero esse, mamãe.
-Tudo bem, peça para moça pega-lo.- Nashi sai atrás da recepcionista. Eu vou até o cachorro e o observo, ele realmente parecia o Natsu, era agitado e tinha certas semelhanças com o rosto do meu amado.
Nashi volta com a moça que pega o cachorro, ele se debate, mas acaba deixando ser levado. Eu podia ver o brilho nos olhos que a rosada tinha; ela também me lembrava muito ao pai, tinha cabelos rosa, olhos cor de chocolate e sua personalidade igual ao pai.
-Vou chamá-lo de Natsu.- ela diz agarrada ao cachorro enquanto saímos da loja. Engasgo ao ouvir isso.
-M-mas porque esse nome,
filha?
-Ele me disse que era seu nome.- apontou com a cabeça para o cachorro rosado em seu colo.- E também acho que combina.- a pequena sorri gentilmente.
Esse cachorro era suspeito, porque será que tenho a sensação de que algo irá acontecer? Deixa pra lá, tenho que tomar conta da Nashi.
-Venha, vamos tomar um sorvete.- peguei sua pequena mão e puxei levando a menina para a sorveteria.- Quero um de baunilha e um de morango.- falo para a recepcionista.
-E um de café!- Nashi fala, a olho confusa.- É para o Natsu mamãe, ele me disse que gosta de café.
Ta, agora isso ficou estranho. O meu amado também era viciado em café, tomava café com qualquer coisa. Sei que pode ser loucura, mas será que o Natsu é esse cachorro? Não, eu estou ficando louca mesmo.
-Mamãe?- Nashi puxa minhas roupas.- Você está bem? Parece distraída.
-A-Ah, mamãe está pensando em algumas coisas, nada importante.- chegamos em frente a porta de casa e eu a destranquei.- Entre Nashi, vá da comida ao Natsu. Qualquer coisa me chama!
Subo as escadas pesadamente sentindo todo o peso da tristeza em meus ombros. Me jogo na cama cansada e fecho os olhos, adormeço logo em seguida.
Acordo com alguma coisa molhada em meu rosto; abro os olhos assustada e vejo que é Natsu, ele me lambia loucamente.
-Oe, Oe! Calma garoto.- me sento na cama e o pego no colo como se fosse um bebê.- Você realmente se parece com meu marido.-ao lembrar de Natsu fico aos prantos. Ainda chorando observo os olhos do cachorro, eles me atraiam igual aos do verdadeiro Natsu. O cachorrinho vendo minha tristeza lambe meu rosto, sua língua era macia e muito molhada, ele parecia querer me transmitir calma.- Obrigada!
Deito novamente na cama e com o braços esticados acima da cabeça olho o cachorro; ele era lindo, me lembrava tanto ao Natsu, conseguia sentir até sua presença. Estava tão distraída em pensamentos que nem percebi que eu havia aproximado nossa bocas, eu não queria parar, mesmo sendo um cachorro eu queria beijar algo que parecesse com Natsu.
E assim eu selei nossos lábios, foi apenas um selinho, mas senti que era quem eu amava; fecho os olhos e tento sentir a saudade, quando os abro novamente me dou de cara com um par de olhos ônix humanos.
-AHH!- grito assustada, tento me afastar, mas haviam braços fortes nas laterais do meu corpo. Fiquei tão assustada que nem parei para observar quem era. Olho novamente para o rosto da pessoas e vejo que era.... Era o NATSU?!- Na-natsu?! Como?! Onde você estava?! Porque você era um cachorro?!
-Oe, calma! É bom te ver também, amor.- ele se abaixa é sela nossos lábios;
Eram aqueles lábios que eu tanto amava, podia sentir seu forte cheiro de café impregnando-se em meu nariz, isso me fazia ficar nostálgica e relaxada como se estivesse usando drogas. Não pude resisti e envolvi meus braços em seu pescoço aprofundando nosso beijo. Ele me pede passagem pra língua e sem hesitar eu a concedo; Ah mas como eu queria sentir essa sensação de conforto e segurança de novo.
Não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo, meu amado havia voltado para mim. O ar se fez presente nos obrigando a nos separarmos, Natsu então parte para meu pescoço dando beijos, chupões e algumas mordidinhas. Ele estava começando a se excitar, pude perceber por sentir um volume na parte baixa.
-Na-natsu, agora não.- coloquei as mãos em seu peitoral e o afastei, ele me olhou confuso, mas logo abriu um sorriso mostrando que compreendia. Saiu de cima de mim e se deitou ao meu lado, me viro de lado para que pudesse observar cada detalhe de seu rosto, desta vez gravaria os mínimos detalhes.- Então, vai explicar ou não?
-Bom, primeiro de tudo: você continua linda, Lucy.- ele acariciou meu rosto e me da um selinho rápido.- Segundo: Cade minha filha?! Eu quero vê-la!
-Só com uma condição.- eu sorrio entretida com sua agitação.- Conte tudo o que houve!
-Ta- ele bufou e depois sorriu.- Como você sabe sai pra guerra contra China a quatro anos atrás, nós quase perdemos, mas conseguimos vence-los, tiveram muitos mortos e poucos sobreviveram, eu fui um desses poucos.- ele respirou e continuou.- Deve estar se perguntando porque não voltei pra casa assim que a guerra terminou. Eu havia me perdido em uma floresta onde dizia algumas lendas ser protegida por uma deusa da natureza Akame, ela castigava a todos que prejudicavam a paz da floresta e infelizmente eu prejudiquei, acendi uma fogueira e matei alguns animais, o que era fora do ciclo natural. Ela se irritou e como castigo me transformou em um cachorro, disse que eu me tornaria homem apenas quando fosse beijado por quem me amava realmente. Depois disso sai correndo tentando voltar para casa, acabei sendo encontrado por um dono de Pet shop que pra minha sorte era daqui. Aí você já sabe o resto da história.
Eu não conseguia acreditar no que ele dizia, será que era realmente verdade? Mas deuses não existem, porém vi com meus próprios olhos essa magia. Eu o olhava com os olhos arregalados e a boca aberta. Natsu ri da minha cara.
-Acredite se quiser. Mas eu estou muito feliz por te rever, Lucy Heartfilia.- ele envolve minha cintura com seus braços musculoso e me puxa pra si. Apoio a cabeça em seu peito e inspiro profundamente seu perfume de café, tudo nele era café, e eu amava isso!
-Também estou feliz. Você não tem
Ideia de como imaginei a sua volta.- ri.- Essa volta foi realmente inesperada, senhor Natsu Dragneel.- olho para baixo e vejo que Natsu está sem roupa.- Natsu...
-Hã?!
-VOCÊ ESTÁ SEM ROUPA!- o empurro para fora da cama, o que faz o mesmo rolar e cair no chão.- SE NOSSA FILHA TE VER ASSIM EU TE MATO!
-T-TA CALMA!- ele corre para o armário e pega uma cueca e uma bermuda. Nunca retirei suas roupas dali. Após vestido ele fica em frente a cama
e me encara.- Nee, Lucy, cadê a minha ros...
-MAMÃE! O NATSU SUMIU!- Nashi entra batendo a porta com força. Ela olha pra Natsu e grita assustada.- Mamãe, qu-quem é esse homem?
-É... Como é que vou explicar... Nashi, esse é o seu pai.- falei mostrando Natsu que estava com sorriso bobo ao ver nossa linda filha. Nashi me olha surpresa.
-Não mamãe, papai foi para uma guerra e sumiu.- ela se agarra as minhas pernas.
-Mas eu voltei filha, voltei pra você e pra mamãe.- Natsu se aproximou de nós e Nashi se escondeu mais ainda.- Quer que eu te prove né? Vem cá!- ele chamou Nashi que mesmo hesitante o acompanhou. Eles ficaram de frente ao espelho que havia no quarto.- Vê a semelhança? De onde acha que você tirou esse cabelo rosa? Sua mãe é loira.- Nashi observou eu e depois ele. Acho que ele a convenceu.
-Então.. Você é mesmo meu pai?- Natsu confirmou com a cabeça. Lágrimas se formaram nos pequenos olhos dela. A rosada sorriu abertamente e correu para os braços do pai- PAPAI!!! EU SEMPRE QUIS SABER COMO VOCÊ ERA!
Fui até os dois e os abracei e assim pela primeira vez tivemos um abraço em família. Todos nós chorávamos, entre essas lágrimas havia tristeza, saudade, alegria e o principal, amor.
-Agora podemos ser uma verdadeira família.- falei ainda abraçada a todos.
-Aye!- falamos em uníssom juntamente com Happy.- De onde diabos esse gato surgiu?!- pergunto e todos riem.