Expectativas quebradas

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As angustiantes perguntas aterroziravsm o jovem rapaz, não lhe dando a menor piedade mesmo fazendo parte de seus próprios pensamentos. Sua mente o castigava da pior forma possível, e duvidava que qualquer outra pessoa a sua volta poderia lhe cansar tanta quanto a si mesmo nesse momento. Sentia a amargura preencher sua boca, mas se agravada com o gosto ruim , sabendo que o fechamento em sua garganta era proporcionado por suas próprias ações mal envolvidas.

Deveria ter pensado melhor, ter sido sensato não agir pelo sentimento. Agora, seu amado estava em uma cama de hospital, seu irmão, já não sabia onde se encontrava, já que não trocaram palavras dês de o dia anterior. Claro que tinham conversado após Itachi acordar, claro que esclareceram todas as dúvidas, e claro que Sasuke perdoou seu irmão, mesmo com o resentimento da situação latejando em seu peito.

Mas, Sasuke perdoar Itachi não significa que voltaria a trata-lo da mesma forma, muito menos que o próprio Itachi se perdoaria por tal ato de brutalidade. Não teve noção de suas práticas até finalmente acordar sobre a cama de Naruto, ao lado do irmão que se encontrava aos berros. O choque de realidade lhe tapegou o rosto assim como fora feito com Sasuke um tempo atrás.

Sasuke deixou claro que avisaria Itachi quando ( ou se ) Naruto acordaria, na expectativa de saber o que aconteceria com seu irmão mais velho. Itachi estava pronto para todas as punições, e até mesmo se sentia merecedor delas. Não sabia onde seu irmão mais velho estava, já que Sasuke deixou claro que precisava de um tempo para reorganizar seus pensamentos e sentimentos, que no momento transbordava para o mais terrível e profundo do abismo. Não sabia o que fazer, só sabia que a vitalidade de vida que antes possuía com tanta força, sumira de suas mãos em um passe de mágica, como se nunca tivessem existido.


Se lembra daquela noite como se fosse ontem , se lembra das horas de angústia e concentração. Sabia o que deveria ser feito, sabia que tinha que fazer, mas nada no mundo, poderia ter preparado o rapaz para tamanha dor. Sentia que um pedaço de si havia se jogado de alta e completa vontade de seu corpo. Se sentia menosprezado por sua própria mente, e agora a dor de saber que Naruto tinha perdoado Itachi sem deixar nenhum rastro dos acontecimentos, de que o loiro a quem o dirigia um olhar tão belo e radiante, o olhou com temor e pesar nos olhos ao ouvir as palavras que o uchiha mais novo tinha a dizer.

Não se arrependia de ter corrido daquele jeito, muito menos do beijo que roubou de seu grande amor. Não sentia arrependimento algum, por que sabia que tudo era para o melhor de seu amado. O amava, e nada no mundo poderia fazer com que Sasuke simplesmente ignorasse os riscos em que estava colocando o loiro.

Depois do acidente na casa de Naruto, depois de Itachi acordar, se lembra dos doutores e doutoras a seu redor falando para os garotos irem embora, e quando Naruto melhorasse, avisariam ambos. A maioria dos médicos deveria saber a causa da queda, na verdade, todos imaginavam que fosse Itachi, porém como bons cachorros, esperavam calmamente o comando de seu dono. Se a palavra de Naruto fosse um massacre, eles o fariam sem pestanejar.

Se lembra quando um dos homens ali, se ofereceu para nós dar uma carona a nossa casa. Não parecia um médico com os outros, mas não era hora de se questionar. Todos presentes sabiam que independente se éramos vítimas ou culpados, um local bom não seria onde havia sangue por todo lado. Sabiam que a melhor opção momentânea não seria deixar dois garotos, desconhecidos para eles até agora, ficarem ali atrapalhando seu trabalho. Nós só éramos um peso amais em suas costas, não era compaixão, não para nós pelo menos. O homem de terno preto e expressão fria não nos levou até nossa casa, mas sim ate o hotel onde Itachi se hospedava. Não sei como Itachi conseguiu dar as cordenadas, já que até então estava subitamente calado. Nem sua respiração eu era capaz de escutar, mas não era como se no momento eu quisesse. Estava assustado, tanto eu, quando minha copia.

Lembro do modo como Itachi prontamente entrou no apartamento, logo correndo para os braços de Shisui que até então continha uma expressão de puro medo. Terror completo em seus olhos. Lembro do medo transparente nos olhos de Shisui ao olhar para a roupa de seu amado, ao olhar para suas mãos e ver vermelho. Sangue frio e duro, A respiração de Shisui parou por longos segundos, ele olhou para mim, mas a única coisa que pude pronunciar foram palavras secas e frias, não contentando seu olhar por muito tempo.

" O sangue não e dele "

As palavras puderam contentar sua curiosidade, e foram o bastante após breves minutos de troca de olhares. Shisui não era burro, e poderia muita bem decifrar a situação, nem que fosse um pouco.

Sentia sangue em minha boca, e, ao olhar para minha mão suja numa tentativa inútil de estancar o sangramento. Eu tentei resolver o que eu mesmo causei.

Um riso de escárnio se coloca em meus lábios.

Vou para o banheiro, tiro minhas vestes. Sinto a água limpando o sangue em minhas mãos. Sinto ela confortável sobre minha pele, sinto ela se misturando com minhas lágrimas, ao ponto de não poder dizer qual e qual. Sinto a tontura me prender, e caio ao lado do boxe preta. Me ajoelho sobre a água quente, não me importante com a sensação gelada em minhas perna.

Soco o chão, e soco com força. E agora, o sangue não é de Naruto. Finalmente me permito sentir o que reprimi até agora, e grito. Com tanta força que sinto meus pulmões imploraram por ar, com tanta força que meu corpo mais uma vez cai para trás, me fazendo tombar para trás e apoiar a cabeça na parede. A água cobre meu rosto, e sinto vontade de me afogar com ela.

******

Eu e Itachi trocamos breves palavras, e deixei claro que no momento não gostaria de estar no mesmo ambiente que ele. Deixei claro minha angústia e, que só pelo perdão, não significa esquecimento. Não esqueceria, não podia.

Os próximo dias passei em Minha próprio casa, sabendo que poderia aproveitar a solidão por um tempo. Meus pais não voltariam tão cedo. Tinha pegado seu celular, olhando as trinta e sete chamadas perdidas e as ignorante sem remorso algum. Precisava de um tempo, e isso não seria concedido atendendo ligações sem sentido. Tudo que menos precisava era alguém se preocupando consigo.

Ontem foi o dia em que visitou Naruto pela última vez, e isso lhe arrepiava os pelos. Sentia que choraria de novo, até se despertar pela campainha.

Mesmo naquele estado, correu para a porta com um pingo de esperança. Mesmo sabendo que foi ele quem causou tudo, foi ao encontro da porta, a abrindo com rapidez.

Olhou para os olhos, os cabelos, e sentia que sua punição poderia chegar agora.

Deixou o homem entrar, e logo escutou suas palavras. Saíram com tanta ternura que poderia compara-lo com uma pluma.

- Precisamos conversar, uchiha

Continuaaa

Querido professor NARUXSASUOnde histórias criam vida. Descubra agora