Dialeto do desejo [knj+ksj] [namjin]

Dangerous man

Uma fanfic dedicada à Dani, feliz aniversário, meu docinho de côco <33

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Uma das situações que propiciam melhor reforço no apego, certamente é a distância, por mais paradoxal que isso possa parecer. Desde o dia 13 de Junho de 2022, quando os membros do BTS anunciaram uma pequena pausa em suas divulgações grupais para focar em projetos pessoais, o que é completamente plausível, levando em consideração que cada um dos membros já tinha previamente demonstrado aptidão — e cartas na manga — para lançar coisas solo, eles têm seguido caminhos diversos.

Imagina-se que Hoseok ter sido o primeiro a lançar sua segunda mixtape, não tenha sido surpresa para ninguém, afinal de contas, ele era o único da rapline que tinha apenas um volume até então, era natural que ele seguisse a ordem de lançamento. Mas, fora isso, fora as surpresas que a vocal line estava preparando, tendo sido Jungkook o primeiro a anunciar um feat muito bom com Charlie Puth, todos os membros estavam vivendo suas vidas.

É diferente viajar com todos, não que não fossem amigos, eram seus melhores amigos, isso não era transparente somente em uma tatuagem em conjunto, como também nos últimos onze anos, ou mais, de convivência, em que se tornaram partes um do outro, mas a experiência de escolherem por eles um determinado destino no In the Soop ou Bon Voyage, era completamente diversa de quando cada um podia curtir, sozinho e do jeito que lhe desse na telha, um país.

Havia tomado conta deles, inclusive, uma certa liberdade momentânea no último mês de Junho, como se finalmente pudessem mostrar uma parte de si próprios que até então não tinham sido permitidos de o fazer, ou quem sabe estivessem atados demais ao BTS enquanto existência concreta, para lembrarem-se de que eram, além de humanos, jovens que perderam alguns anos da juventude focados em trabalho. Mas, ainda havia tempo.

Abraçando essa liberdade é que Taehyung fez sucesso em Paris, assim como Namjoon influenciou um aglomerado de jovens a frequentarem museus, depois das fotos que tirou nos museus suíços e do Podcast sobre arte o qual participou. Alguns membros sempre foram um pouco mais low profile, esses que quase nunca sabíamos onde estavam, só quando quase roubávamos de seus celulares ocasionais fotos tiradas para marcar o momento.

Com outros amigos ou sozinhos, os membros do BTS sempre foram muito bons em se divertir, talvez porque eles fossem capazes de tornar todo lugar um antro festivo, não pela quantidade de pessoas que se aglomeravam e se acotovelavam para tirar uma lasquinha visual de sua existência enquanto pessoa física, matéria, e não somente ideia e voz, e sim porque eles tinham uma poderosa aura, capaz de tornar feliz um ambiente calmo, silencioso e quase inexistente.

Era inerente a eles aquela felicidade desmedida, há quem pudesse dizer que era até descabida, como jovens podiam ser tão puros e felizes com tão pouco? Os mesmos jovens que não tinham se envolvido, em tanto tempo na mídia, em nenhuma polêmica que tivesse sido rapidamente desmentida, por eles próprios ou pela agência. Com humildade suficiente para reconhecer seus erros também quando assim fosse necessário?

Por causa da pureza de alma, também seus sentimentos eram puros, por si mesmos e pelos outros, mesmo aqueles que, há anos, estivessem lidando com uma dificuldade de aceitarmos que somos um e não podemos ser outros, ou o outro, já que a grama é sempre mais verde do lado de lá.

Esse amor doce cativa, essa delicadeza convence, e mesmo que não se houvesse uma simples verdade circulando por aí sobre suas vidas amorosas, há alguns amores que escapam pelos poros, e por mais que não sejamos públicos a respeito da existência dele, mesmo que não admitamos a plenos pulmões, há outras formas de dizermos que estamos apaixonados por alguém. Principalmente quando o amor usa seus próprios meios para se denunciar.