capítulo 13

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Em meio a casa silenciosa, estava Suk-ja escorada sobre a porta de seu quarto escuro enquanto abraçava seus joelhos e desmoronava. Ela nao avia permitido, mas suas lágrimas saiam disparadamente enquanto sentia a dor da destruição lhe corroer. Ela queria gritar por seus pais que dormiam no quarto do outro lado do corredor, mas algo parecia tampar sua boca a impedindo ate mesmo de respirar.

Suk-ja nao sabia o que estava de fato sentindo, mas estava assustada e chorava de desespero enquanto sentia seu corpo estremecer.

Ela nao se lembra pois era muito nova; mas quando criança ela tinha constantemente crises de pânico e ansiedade, e após anos de sua mãe negando ter algo com sua pequena filha, ela enfim foi medicada, causando diversas discussões com os famílias. De acordo com as famílias da garota, crises de pânico e ansiedade nao era algo a ser tratado, muito menos para ser gasto dinheiro.

"Voces apenas mima demais essa garota. Uma bela surra resolve o problema dela"

Comentários como esses foi ouvido ate que Sra. Oh resolvesse nao prosseguir com o tratamento e se volta contra o marido.

Mas as crises da pequena Suk-ja nao pararam e precisou de inúmeras noites mal dormidas para Sra. Oh resolver entupir a garotinha de seis anos de calmante.

E desde então toda vez que Suk-ja demostra estar prestes a entrar em uma crise a mulher lhe enche de comprimidos de calmante.

Suk-ja lutava para conseguir respirar, sentia como se seu quarto nao tivesse oxigênio suficiente mesmo que a janela estivesse aberta.

Em meio ao quarto escuro uma fresta de luz era visto entre as mãos tremulas da garota que ligava para seu namorado que recusava todas as ligações.

A garota apaga a tela de celular após existir cinco vezes, demostrando sua desistência ao escorar sua cabeça sobre a porta e fecha os olhos na tentativa falha de afasta tudo que lhe causava aquela junção de sentimentos ruins.

O celular em sua mao vibra a fazendo olhar a tela:

"Estou em um jantar de negócio com meus pais. Se for importante mande mensagem que mais tarde te ligo"

A voz de Tae-Hyung ecoa na cabeça da garota que agarra os fios de seu cabelo e em um passe de mágica sua voz sai em um grito desesperador.

O casal do outro lado acorda com o grito alheio e em um piscar correm desesperados ate o quarto da frente. Mas a porta nao é aberta ate que a garota sai da frente da porta.

Sr. Oh acende a luz desperado com uma barra de ferro em mãos enquanto olha em volta pensando ter entrado um bandido. Enquanto Sra. Oh a primeira coisa que procura foi Suk-ja que estava sentada em meio ao chão gélido chorando desesperada enquanto tampava seus ouvidos e fechava os olhos.

O casal vê a versão de cincos anos de Suk-ja em meio aquele quarto. Fazia mais de uma década que ambos nao via a garota naquele estado e era de partir o coração.

Sra. Oh sai as pressas ate a cozinha a procura de calmante, enquanto Sr. Oh se coloca de frente da garota e tenta calma-la.

Ele afasta as mãos dos ouvidos da garota que imediatamente abre os olhos.

Diferente do que Tae-Hyung descrevia, os olhos da garota era apenas negros; sem vida alguma, nao avia a galáxia, muito menos o brilho inocente. Avia apenas o desespero que a consumia cada vez mais.

_Pai... __ suas lágrimas impediam que sua voz soasse mais que um sussurro __ Por favor pai...

Ela implorava por ajuda assim como a sua versão de cinco anos implorava a ajuda do super herói que via em seu pai, causando uma pressão no peito alheio tao grande que doía ao ponto de seus olhos lagremejar.

Dedicated to my starOnde histórias criam vida. Descubra agora