Não dormi quase nada de nervosismo,hoje é sábado e não sei se estou confiante para conhecer os pais do Noah.
Visto um vestido fresco pós o verão está quase chegando mas o calor já veio.Noah me manda uma mensagem falando que já tinha chegado. Pego minha bolsa e desço,vejo ele com os braços cruzados me esperando.
-Estou boa?- pergunto
-Sim
Durante o percurso trocamos poucas palavras,dava para ver que ele estava nervoso.Ele entra em um bairro da área rica de Boston.Estaciona o carro de frente para uma casa grande toda branca,desço do carro e espero ele ao meu lado.
-Essa é a casa aonde você cresceu?
-Sim
Andamos até a porta onde tinha um vitral,entrelaço nossas mãos e Noah deposita um beijo na minha mão.Toca a campainha e ouvimos passos se aproximando.
-Meu filho- fala uma moça loira
-Oi mãe- diz Noah dando um abraço nela
-Você está tão magro,só deve estar comendo besteira na faculdade- diz apertando os braços dele
-Estou me alimentando bem
-Espero que sim,e quem é essa moça linda?
-Prazer,sou a Lily
-Minha namorada- diz Noah e tomo um susto com essas palavras
Não Lily,nem colega da faculdade mas ele me apresentou como namorada na frente da mãe dele,meu coração falta pular pela boca.
-Ai meu Deus,me chamo Mariah mas pode ser só Mari,entrem pós o almoço já está pronto e seu pai estar louco pra comer
Noah busca minha mão e entramos na casa gigante,andamos e já estamos na sala.Vejo um homem de cabelo preto todo forte e alto,parecendo muito com Noah só que mais velho.
-Pai feliz aniversário- diz Noah
-Obrigado meu filho- diz o moço se virando
-Essa é a minha namorada Lily
-Oi e feliz aniversário
-Essa vai durar até quando?- pergunta e as palavras atingem meu peito
-Pra sempre- diz Noah apertando minha mão
-O almoço já está na mesa,vem crianças senão vai esfriar- diz Mariah entrando na sala
Fomos até a mesa e tinha um banquete,Noah puxa uma cadeira e sento,ele se senta ao lado de mim.A mãe dele nos serve com uma lasanha deliciosa.
-Como que vai a faculdade?- pergunta Mari
-Tudo bem
-O futebol?- pergunta o pai
-Bem,ganhamos o último jogo e daqui a uma semana vamos jogar com Harvard
-Você faz faculdade de que?- pergunta o pai me olhando
-Ciências contábeis mas temos aula de matemática juntos,está uma delícia essa lasanha dona Mariah- digo
-Obrigada querida
-Você sabe que meu filho vai ser um jogador profissional e não vai ter tempo pra vocês ficarem juntos,ele vai viajar pelo mundo
-Nos iremos resolver isso pai
Passamos o restante do almoço em silêncio,ajudo a Mariah tirar a mesa e colocar uma torta de chocolate com os pratos limpos.
-Você é filha única?- pergunta o pai dele me olhando
-Sim
-É de onde?
-Sou de Seatler mas me mudei pra cá quando entrei na faculdade
-Bolsista?
-Com muito orgulho
-Seus pais fazem o que?
-Minha mãe era secretaria mas agora se casou com um homem e está tirando férias no Caribe,meu pai morreu quando eu tinha seis anos
-Morreu de que?
-Chega,eu não vou ficar aqui ouvindo suas babaquices,já aturei você por 20 anos agora não vou aguentar com você destratando da pessoa que gosto,você não se dirige a ela como pessoa e sim um objeto.Eu só vim hoje por conta da minha mãe,porque de mim você merece morrer sozinho- diz Noah agarrando minha mão
Saímos de casa com eu atordoada,entramos no carro e ele dirige um pouco.Para em frente a uma praia reservada,sentamos na areia e Noah fica mexendo em um graveto.
-O que seu pai te fez?- pergunto curiosa
-Meu pai sempre me desmerecia,eu sempre tive essa pressão em cima de mim.Ele nunca falava coisas ruins na frente da minha mãe.Teve uma vez que eu quebrei meu braço no futebol,eu só tinha 8 anos,o técnico ligou para meu pai porque minha mãe estava trabalhando,meu pai me pegou no treino e me bateu no carro,depois me levou para o hospital.Não desconfiaram dos machucados porque eu fazia futebol e sabiam que era um esporte violento
-E nunca contou pra sua mãe?
-Ele trata minha mãe como uma princesa,acho que minha mãe desconfiou algumas vezes mas não quis se separar
-As vezes o amor nos impede de ver a verdade,é mais fácil ignorar o problema quando você finge que não vê
-Eu não faço futebol por conta do meu pai,no começo até era mas depois me apaixonei nesse esporte.Não sei viver sem isso,é meu oxigênio
-Sinto muito pelo almoço não dar certo- digo olhando pra ele
-Eu queria mesmo sair- diz
Coloco minha cabeça no ombro dele e ficamos vendo o pôr do sol na praia.
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Um amor inesperado
Fiksi PenggemarLily Blossom uma menina que precisou ser dura com si mesmo por conta das adversidades da vida. Noah Brown o garotão da faculdade e ainda atleta de futebol americano,sempre está com um sorriso no rosto porém não é a realidade da sua vida. Um seminári...