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MARÇO DE 2019

     BROOKE ESTAVA SE SENTINDO PÉSSIMA por fazer Lewis ir até o hospital a tal horário

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     BROOKE ESTAVA SE SENTINDO PÉSSIMA por fazer Lewis ir até o hospital a tal horário. Quer dizer, não tinha literalmente obrigado-o a estar ali, mas se talvez tivesse dito o que ocorreu antes de soltar um "estou no hospital com a Dalmi", ele não teria saído de casa.

Ou teria, quem sabe. Às vezes era impossível prever o que o "recém" pentacampeão faria. 

Lewis ganhara seu quinto título na Fórmula 1 há cerca de três meses atrás, após ficar em quarto lugar no GP do México; garantir sobras entre ele e Sebastian Vettel, o vice-campeão da temporada, foi de suma importância para isso. Brooke assistiu tudo de casa, orgulhosa do namorado e controlando-se para não gritar para todos que aquele homem talentoso era seu.

Eles vinham sendo cautelosos quanto a expor o relacionamento. Não queriam atenção demais, não importava de quem fosse. 

— Bee! 

Ao ouvir o apelido inconfundível ecoar na recepção vazia, Brooke olhou na direção das portas automáticas. Lewis atravessou-as como um raio e não demorou a estar em sua frente, carregando um semblante preocupado e confuso. A escritora levou alguns segundos para explicar que não era nada demais, que tudo não passara de um susto e Dalmi agora estava bem. 

— Da próxima vez não encerre a ligação antes de ouvir tudo o que eu tenho para dizer. — Brooke falou, sendo pressionada contra o corpo dele em um abraço aconchegante. — Você não precisava vir até aqui.

— É claro que precisava. E eu viria mesmo que você tivesse dito que não era nada demais. — apoiando o queixo na cabeça dela, Lewis sussurrou. 

Cerca de cinco minutos se passaram até que o casal rumasse em direção ao quarto de Dalmi. Ao passarem da porta, viram-na sentadinha em um canto da cama, brincando com o ursinho que pegara antes de sair de casa. Brooke sorriu e aproximou-se da cama. Deu um beijo na bochecha fria da filha e deslizou a mão por suas madeixas onduladas. 

Estava tudo bem com a menina, mas ela ainda se sentia culpada pelo que havia ocorrido. Em um momento de descuido seu, Dalmi colocou um objeto no nariz. A filha logo reclamou do incômodo e mostrou para a mãe a bolinha azul presa em sua narina direita, levando-a ao desespero. Brooke sabia que tentar tirar a bola de lá de dentro poderia ser perigoso, portanto colocou a filha no carro o mais rápido possível e dirigiu até o pronto-socorro antes que ela aspirasse o objeto.

Lewis ligou quando ela tinha acabado de preencher a ficha na recepção. O médico retirou a bolinha com um único objeto, embora Dalmi tenha precisado de medicação para se acalmar, o que foi um completo alívio. 

— Ah, Dal — Brooke segurou o rosto da filha com as mãos e tocou a ponta do nariz dela com o seu. — Eu fiquei tão assustada. 

Sustada, mamã? — a pequenina perguntou, a voz ainda rouca de sono. Brooke concordou, um montinho de lágrimas acumulando no canto de seus olhos. 

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