{Adaptação}
"Nunca imaginei encontrar um homem tão belo, porém arrogante, prepotente e hipócrita, mas quem sou eu para julga-lo? Uma simples plebéia que vive com o pai, onde a monárquia absoluta prevalece!"
"Nunca me perguntaram o que eu queria, ape...
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-Sim, mas então justifique-se, Any Gabrielly. Te trouxe a força?!-insiste na pergunta.
_Sim, querido. Começamos pelo cavalo que eu não queria montar, apaguei e quando acordo: "Você não pode voltar para casa", meio obrigada, não acha?!-pergunto me recordando do dia que ele me trouxe.
_Não, apenas uma convidada de tempo indeterminado!-falou.
-Indeterminado? Eu tenho uma vida fora daqui, por quê não me deixaste ir?-questiono cansada.
Ele vem em minha direção e para do lado do meu ouvido como se estivesse contando um segredo.
Essa aproximação repentina me faz sentir coisas inexplicáveis. O pior é saber que Alex assiste tudo isso...
_Porquê eu não quero!-minha pele se arrepia quando seu hálito quente bateu em meu pescoço, um pouco abaixo da orelha.
_E eu desejo ir embora, eu tenho uma casa e meu pai!-digo enquanto ele se afasta.
_Sua casa agora é o castelo!-diz firme não voltando atrás de sua decisão.
-Me deixe ver meu pai!-falei cansada.
-Majestade... Any ama muito o pai e em breve ele estará aqui nos portões do Castelo, todos irão ver!-diz Alex tentando o convencer.
O rei parece pensar um pouco sobre enquanto me encara.
-Muito bem, Any. Tu escreverá uma carta para seu pai e entregará a Alex, ele irá levar ao encontro de sua família!-falou tranquilo.
_O que?! Eu quero ver meu pai e não enviar uma carta!-resmungo brava.
-É isto ou nada!-diz e eu olho pra alex que afirma com a cabeca para eu aceitar.
-Esta bem...-murmuro me dando por vencida.
Fui direcionada para a mesma sala de reuniões, o comandante ainda estava lá em pé com uma cara fechada. Alex me olhava com seu olhar consolador.
_Seja breve em suas palavras. Lerei sua carta por garantia!-avisa o Rei.
Nossa, que carvalheiro!-falei irônica.
Sento na cadeira atrás da mesa, e em cima da mesa está a tinta, a pena e o papel onde assinarei amargurada.
_Por quê ela está aqui no castelo mesmo, majestade?-pergunta o comandante.
_Porquê eu sou o rei, comandante. Ande logo, pois não tenho o dia todo, Any!-suspiro e volto minha atenção para a folha e assim começo escrever...
"Querido, papai. Sei que o senhor está preocupado, me perdoe por este sumiço repentino. Na festa o bailey anunciou meu noivado com ele, desesperei-me e fugi. O rei me aceitou como uma de suas funcionárias, mas devido o trabalho ser integral não posso voltar para casa. Não se preocupe, estou bem! Desculpas fazer isto com o senhor, entretanto não aceitaria casar com meu melhor amigo.
Estou feliz aqui, fiz boas amizades. Te amo!
Beijos de sua eterna filha, Any!"
Cada palavra mentirosa era uma facada que atingia em cheio meu coração.
Acabo de escrever chorando por mentir para meu pai. Nunca fiz isso, apenas omitia fatos. Josh pega minha carta e parece contente com o que lê, isto o agrada.
_Contente pela desgraca da minha vida?-falei.
-Não, mas sim por suas palavras. Bela mentirosa você é-elogia o Rei sarcástico.
-Você é um monstro. Como pode?! Como pode ser tão cruel?!-digo me levantando da cadeira ainda com lágrimas e uma certa raiva.
-Alex, leve a carta para Antônio Soares. Ele é o pai da moça!-diz entregando a carta para alex que assente.
_Como sabe o nome de meu pai? Ah claro, já deve ter feito uma pesquisa da minha vida!- falei.
-Fiquei apenas curioso e busquei mais informações sobre você. Agora vá para seu quarto!-diz e eu saio batendo o pé.
Quando chego no quarto vejo Dona Eva e a abraço sem dar tempo dela se pronunciar. Eu sou totalmente ao contrário aqui, me sinto frágil e totalmente dependente de outra pessoa me acolher.
_A senhora sumiul-digo ainda abraçada com ela.
-Muitos serviços, mas agora terás uma dama de companhia!-disse.
-Como? Dama de companhia?-pergunto enquanto nos separavamos do abraço e sentavamos na cama.
-Exatamente, ordens do Rei. E eu serei sua dama de companhia!-sorrio aliviada com está notícia.
_Eva... Este quarto é do Rei?-pergunto olhando nos olhos de Dona Eva.
Estava com essa curiosidade na cabeça e tinha que tira-la quando tenho a oportunidade.
_Sim, mas agora ele está dormindo em um quarto próximo desse, quarto de convidados. As vestimentas dele foram todas transferidas pra lá durante o primeiro jantar seu com ele!-falou.
_Entendi...-digo pensando no meu propósito neste castelo.
O que o Rei quer comigo?! Serei concubina? Funcionária? Prisioneira? Já não sei mais!
_Por que está tristeza repentina?-perguntou.
-Eu não sei o que faço aqui, dona Eva. Sabe...nunca liguei para as más línguas pois sabia que não era verdade, mas o que faço aqui neste lugar?-encaro o luxo a minha volta.
-Não sei, mas acho que é o destino. Sabe...você trás paz, o que falta muito aqui!-sinto vontade rir. Eu? Paz? Com certeza não!
_Acho que não, porém como é a senhora que está dizendo irei acreditar!-sorrimos.
_Que fome. Vamos comer?-ela tenta me animar dando dois tapinhas em minha coxa.
-Claro. Acho que tenho um buraco em meu estômago, sempre estou com fome!-confirmo.
-Gosto assim. Minhas sobrinhas só ficam falando :" não posso engordar porque ninguém vai querer casar comigo" !- ela imita as duas sobrinhas que nem conheço.
-Não sou dessas. Qual é a graça se o buxo não estiver cheio?-falei.
-Nenhuma!-começamos a rir e fomos para a cozinha, então vi a mesma moça que ajudei no jantar...
-Oi, Ester! Sabe que eu te amo, não é mesmo?- Eva faz uma carinha fofa.
_Já sei, pode pegar o que quiser!-Os olhos de Eva brilham, enfim a tal Ester toma consciência de minha presença!
-Oi de novo, posso ajudar você?- ela balança a cabeça em negação.
_A senhorita ainda vai arrumar problemas!-ela diz em tom de aviso e eu sorrio.
-Muitos, mas não para vocês!-murmuro pensando em infernizar a vida do Rei, e Eva logo me puxou de volta ao quarto com uma bandeja cheia de petiscos.
