O começo do fim

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Era um dia normal, numa cidade pacata no sul de Minas Gerais, Itajubá - Brasil. Local com 97.782 habitantes.
Quando de repente, no dia 9 de janeiro de 2050, uma bomba produzida profissionalmente explode na praça que há no centro da cidade. Essa bomba era tão forte que destruiu tudo em um raio de 3,6km, e numa cidade pequena isso faz um estrago enorme. Havia tanta fumaça, carros pegando fogo, prédios e casas destruídas, vidros por todo o lado, sirenes, sangue, gritos, choros, árvores caindo em chamas, cinzas caindo como neve, o céu se escureceu... o próprio inferno.
Muitas pessoas morreram, várias ficaram feridas e o número de desaparecidos só aumenta. A polícia começou a se movimentar, até os militares estavam por toda a cidade, haviam tanques de guerra, armamento pesado, aviões militares, pessoas sendo interrogadas e suspeitos de terrorismo sendo investigados de uma maneira brutal. Os cidadãos que não foram atingidos pela bomba estavam em pânico, muitos deles perderam familiares, pets, amores, amigos...
Os cidadãos pararam de sair, outros deixaram a cidade, vários criminosos se aproveitaram da situação para furtarem lojas ou bancos que não estavam tão destruídos para depois fugirem da cidade antes que não desse mais. Muitos crimes estavam sendo cometidos 24 por dia, todos os dias. Após uma semana desse caos, quem ainda estava na cidade começou a ter o costume de ouvir tiros e gritos todos os dias.
Tudo que estava acontecendo em Itajubá começou a se espalhar pelo estado inteiro, muitas cidades pequenas começaram a ter os mesmos "sintomas".
Com tantas baixas, os militares estavam procurando por pessoas que estivessem dispostas a conter os criminosos e também trabalharem para descobrir o que estava acontecendo. O que eles não esperavam era que, as pessoas que morreram e não foram cremadas agora estavam agindo como se estivessem possuídos e conectados, como se fossem um só. Eles voltaram a andar por aí, mas não como zumbis que vemos em filmes e jogos, nada disso, eles voltaram como psicopatas demoníacos, pelo menos foi assim que começaram a chamá-los. Eles eram muito rápidos, os sentidos muito aguçados, inteligentes, cautelosos, frios e estavam conectados com todos os outros infectados, eles podiam escolher se iriam se reunir a eles ou não, tinham um certo livre arbítrio. Mas o fato era que, se houvesse dois infectados em estados diferentes, eles iriam conseguir se "comunicar" e as vezes enxergar através dos olhos um dos outros.
Era impossível matá-los com tiros, facadas, machadadas, e até o momento ninguém sabia como fazer isso, eles precisavam descobrir rápido, se não, as coisas podem piorar.
Os psicopatas não se importavam com mais ninguém além deles mesmos, até poderiam salvar algum outro infectado como ele, mas se precisasse, ele usaria o mesmo para salvar a sua própria vida (mesmo já estando morto). Quando eles se revelavam, os olhos ficavam inteiramente pretos, as orelhas pontiagudas, a língua ficava longa r pontuda, os dentes muito afiados, porém, quem os viu nesse estado infelizmente morreu em seguida, então isso fica entre nós.
Quando essas pessoas foram mortas pela química que havia na produção da bomba, elas acabaram sofrendo algumas mutações no corpo, por isso "acordavam" dessa maneira, voltavam com sede de morte, destruição, caos. Quanto aos que foram somente feridos, eles acabavam sofrendo nos hospitais até morrerem de tão fracos que estavam, não havia absolutamente nada que essas pessoas (ou profissionais) pudessem fazer para continuarem vivendo. Quando morriam, voltavam como infectados e discretamente fugiam dos hospitais ou outro local em que estavam quando morreram, procuravam um esconderijo e esperavam.
Infelizmente essa química se espalhou rapidamente pelo ar, então automaticamente todos os seres vivos estavam infectados, mas precisavam morrer para que se transformassem.
O desespero aumentou. Agora eles precisavam estudar os infectados, precisavam entender detalhadamente o que estava acontecendo, para saber se havia uma cura ou alguma maneira de controlá-los até que houvesse um jeito de parar a contaminação.
As cidades afetadas foram colocadas em quarentena imediatamente, um lockdown extremamente rígido, obviamente era muito difícil para os policiais identificarem quem eram os infectados e quem estava puro, estava tudo muito recente então ninguém tinha encontrado uma forma de diferenciar e encontrar os pontos fracos dos psicopatas demoníacos, outro ponto positivo para eles pois conseguiam se misturar muito bem entre os humanos — tirando o fato de que não precisavam beber água e que se comessem comida humana e não vomitassem depois, poderiam passar mal por alguns dias. Mas é claro, novamente, fica entre nós, o restante da humanidade ainda não descobriu isso, então não de spoiler para eles. — Todos deles conseguiram se disfarçar muito bem e passar pelos enquadros, só foram ser descobertos depois de semanas, e só aconteceu 2 vezes.

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