Chapter 4

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Maraisa Pereira

Marco: Ah não vai casar? E pensa em fazer o quê então? Você não sabe trabalhar em nada, não temos um tostão furado guardado no banco, pensa garota, deixa de ser idiota, você quer fazer a sua faculdade não quer? - Assenti - Então, eu não tenho dinheiro pra isso, a mulher com quem vai casar pode pagar quantas faculdades quiser, pensa em você, no seu futuro também, pensa na Rosa que tem a filha doente que praticamente mora no hospital, ela vai ser demitida e eu não tenho dinheiro pro salário dela que por sinal é o mesmo dinheiro que ela paga o tratamento da garota, a filha dela pode morrer por culpa sua, fora que você vai ter que se afastar da Rosa caso ela saia dessa casa, pensa na sua mãe, Maraisa, o sonho dela sempre foi ver a nossa empresa bem engajada no mercado, e tenho certeza que a essa altura ela está bem desapontada com você.

Mara: NÃO, não coloca a memória da minha mãe no meio disso, você sabe muito bem que isso é jogo sujo comigo - Chorei ainda mais

Marco: ENTÃO PARA DE TENTAR FUGIR DESSA REALIDADE, VOCÊ VAI CASAR E PRONTO - Gritou

Mara: Tá bom, eu aceito ser vendida como um pedaço de carne, eu vou morar com ela seja onde for e me caso - Falei calma me aproximando da mesa e me inclinando sobre a mesa pra ficar o mais próxima possível dele - Mas de coração, espero que um dia você se dê conta do mal que está me fazendo, e espero que não seja tarde demais quando isso acontecer - Falei entre o choro - Ah, e só pra te avisar, minha mãe deve sim estar se debatendo no túmulo e bem desapontada, mas pode ter certeza que não é comigo, ela teria orgulho da mulher que eu me tornei, já de você, provavelmente ela teria nojo, do homem sem escrúpulos que você se tornou, um homem que vende a própria filha por ambição, por ganância, assim como eu nesse momento, ela teria nojo, NOJO DE VOCÊ, É ISSO QUE EU TENHO AGORA - Gritei as últimas palavras e logo senti meu rosto arder com seu tapa forte

Marco: Saia da minha sala, se recomponha e se prepare pra conhecer sua futura esposa, ainda hoje ela vem aqui - Falou com a voz meio embargada

Mara: Claro, tenho que ser a mulher perfeita pra ela, não é? - Sorri irônica limpando minhas lágrimas do meu rosto que ainda ardia, dei uma última olhada em seus olhos e fui pra porta, abri a mesma, mas antes de sair me virei de volta para ele - Aliás, espero também que você VÁ PRO INFERNO com esse caralho de empresa, com esse maldito dinheiro, seu ego e toda essa sua ambição - Cuspi as palavras

Marco: SOME DAQUI - Gritou e eu saí batendo a porta com toda a minha força fazendo ela quase atravessar, corri pro meu quarto e me joguei na cama chorando igual uma criança

Não acredito, ele não pode estar fazendo isso comigo, ele vai me vender como uma prostituta ou qualquer coisa do tipo, eu pensei que ele me amasse, que ia cuidar e me proteger assim como prometeu a minha mãe quando ela ainda estava no hospital quase morrendo, ele jurou a ela que nunca ia me deixar ou descuidar de mim e agora isso

Rosa: Maraisa? - Bateu na porta mas não respondi pois estava estava sem voz de tanto chorar, ela bateu mais uma vez e logo entrou - Maraisa meu amor, o que houve? eu ouvi os gritos - Veio correndo até mim, se sentou na cama acariciando meu cabelo

Mara:E-ele... Ele vai me vender, Rosa - Falei entre soluços erguendo minha cabeça e a olhando

Rosa: Ele quem? do que está falando? - Acariciou meu rosto

Mara: M-meu pai Rosa... ele vai me vender em troca de uma quantia em dinheiro pra tirar a empresa do buraco - Falei ainda chorando

Rosa: Não, mas ele não pode fazer isso Maraisa, você é uma pessoa não um objeto que pode ser vendida assim da noite pro dia, vem cá - Me puxou pros seus braços me abraçando apertado - Eu vou conversar com ele, se acalme minha querida

Mara: Não, você não vai falar nada Rosa, agora ele pode te demitir e você precisa desse emprego por causa da sua filha, e agora mais do que nunca vou aceitar essa maldita realidade pelo simples fato de não querer ficar mais na mesma casa que ele, não quero nunca mais olhar na cara desse homem que se diz meu pai, eu o odeio Rosa, odeio, odeio - Falei caindo no choro de novo

Rosa: Se acalma, mara, vai ficar tudo bem, não faz essas coisas de cabeça quente, não decida nada no calor da emoção, você pode se arrepender depois - Falou mexendo no meu cabelo

Mara: Queria tanto minha mãe aqui comigo, ela nunca deixaria ele cometer essa loucura, ela sim me protegeria com todas as forças - Falei ele entre soluços

Rosa: Ei Calma, querida, vem deita aqui, que eu vou lá fazer um chá para você - Me colocou deitada na cama e logo saiu fechando a porta

Toda situação, as falas do meu pai, o modo dele agir comigo voltaram a minha mente me torturando e me fazendo desabar no choro novamente, chorei tanto que acabei pegando no sono de novo

[...]

Acordei com a minha cabeça explodindo de dor, procurei pelo meu celular olhando a hora e já ia dar 6 da tarde, dormi o resto do dia tudo e nem me dei conta

Fui ao banheiro, passei uma água no rosto e desci pra cozinha, onde Rosa Estava organizando algumas coisas

Rosa: Está melhor, minha querida? - Perguntou me olhando

Mara: Não, Rosa - Falei quase chorando outra vez

Rosa : Seu pai pediu para você se arrumar a mulher que vai ser sua noiva vem te ver em algumas horas - Assenti não falando nada, Rosa me obrigou a comer um pedaço de torta e logo voltei para o meu quarto para me arrumar para enfim conhecer minha noiva...

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