Tudo começou com aquela maldita festa, aquela festa que meu amado primo tinha me convidado. Eu sabia que não iria prestar, tinha certeza que alguma coisa iria dar errado, eu senti isso no momento em que coloquei o pé para fora de casa para ir para aquela porcaria de festa de fraternidade. Mas qual é? Quem ligaria para um friozinho na barriga quando se está indo para a festa do ano, ou melhor, a primeira antes de começar o inferno que é um semestre de faculdade. Só Deus saberia quando eu poderia relaxar novamente! Eu tinha mais é que curtir e aproveitar a noite, certo?
Estava a caminho da festa com a minha melhor amiga: Hyoyeon. Não iriamos voltar juntas, mas eu, obviamente, iria me aproveitar do fato dela estar em uma irmandade que é muito mais próxima da fraternidade que está dando a festa do que o apartamento que eu divido com o meu primo. Enquanto a minha amiga cumpria o seu claro e límpido objetivo nesta noite: reconciliar com o seu, momentaneamente, ex-namorado Beomgyu e ficar com ele em um quarto por lá mesmo.
Assim que chegamos na festa já havia pessoas se apoiando nas grandes colunas brancas da casa vomitando as tripas e eu acreditaria se me falassem que aquele era o fim da festa. A creditaria se, e somente se, a casa não estivesse cheia de indivíduos como se fosse um formigueiro e não estivesse, também, rolando uma música excessivamente alta. Porém, eu conheço aquelas pessoas e tenho certeza que isso aí, certamente, é apenas o início de uma das melhores festas do ano.
No momento em que eu e a Hyo passamos pela porta surpreendentemente fomos recebidas pelo Soobin, meu primo, o cara com quem eu dividia o apartamento que ficava fora das instalações da faculdade, infelizmente. Ele usava uma jaqueta preta por cima de uma blusa listrada e com o cabelo mais bagunçado do que costuma deixar, a beleza com toda a certeza é algo de família.
— Youngeun! Hyoyeon! — Ele mandou um breve aceno com a cabeça para a minha amiga que retribuiu, porém ela estava muito mais focada em achar um certo asiático de nome Beomgyu no meio da multidão— Youngeun! — Dessa vez ele falou o meu nome enquanto me puxava para um abraço e quase derramava a bebida que ele segurava em seu copo vermelho em minha roupa— Anjo! —Ele soluçou. — Vamos jogar! — Disse com a voz enrolada, nitidamente bêbado.
Depois disso ele levantou os braços comemorando com um sorriso radiante no rosto, era engraçado ver ele tão animado e solto daquela forma em um ambiente cheio de pessoas. Eu sempre gostei bastante desse Soobin, é como se ele se livrasse de todas as amarras que ele mantinha durante o dia a dia conseguindo se libertar, nem que seja por apenas algumas horas.
Sem nem me perguntar e muito menos falar alguma coisa compreensível ele segurou em meus braços e começou a me arrastar pela multidão, eu tentei me virar para segurar no braço de Hyoyeon para não a deixar sozinha, mas quando me virei ela já não estava mais lá e era apenas mais uma das inúmeras pessoas naquela aglomeração dançando iguais uns loucos, deve ter ido procurar o Beomgyu.
Eu notei que o Soobin me conduzia até o fundo da casa, afinal não era a primeira vez que eu vinha na festa daquela fraternidade, contudo o que me incomodava era o fato dele não deixar eu tomar um pingo de bebida alcoólica, sendo que eu já tenho idade suficiente. Ele pegava o copo da minha mão e soltava coisas desconexas do tipo "agora não", "Yeonjun" ou " mais tarde", "dinheiro fácil" ele também me olhava com o que eu acho que era para ser uma "cara feia" com um biquinho, mas o fazia parecer estranhamente fofo.
Eu não ia entender mesmo o que ele tentava dizer com aquelas palavras soltas se eu não tivesse visto uma mesa de ping pong no meio do gramado no fundo da casa. Era óbvio o que ocorria ali, e ainda mais óbvio o que ele quis dizer com dinheiro fácil e Yeonjun.
O Yeonjun era um gatinho que morava na fraternidade Alpha-Phi um pouco encrenqueiro, mas o mais importante é rico e gosta de jogos que envolvem bebidas ou apostas ou os dois, como é o caso. O único problema era que na maioria dos jogos ele era horrível, sejam jogos que exigiam esforço físicos ou não, ele era terrível de qualquer jeito. Porém para o azar dele e minha sorte eu era boa no beer pong. Talvez a sorte sempre esteja ao meu favor em jogos contra ele.
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Consequências de uma festa - Choi Beomgyu
RomanceEra para ser só mais uma festa com uma grande diversão, bebida e amigos. E tudo teria ocorrido bem se eu não tivesse bebido tanto e no dia seguinte acordado na cama do cara por quem a minha amiga, ainda, é apaixonada. Que por sinal é o ex dela Beomg...