Até o nosso sempre

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3° Natal

 
 

24/12

— Até que você tinha razão em vim para essa festa. - Maya falou enquanto girava nos braços de Lucas ao redor do salão iluminado.

Um amigo em comum os havia convidado para passarem a véspera de Natal com ele em uma festa que sua família iria fazer. Era na parte mais nobre da cidade e eles estavam no topo de um alto prédio ricamente decorado. Luzes se estendiam por todo o terraço, garçons andavam discretos entre os convidados e várias pessoas dançavam ao redor deles.

Maya se encontrava deslumbrante em um vestido vinho curto que brilhava como as estrelas no céu, já Lucas se destacava em um terno elegante. Eles estavam lindos juntos e isso não passava despercebido para ninguém.

— E a sua teimosia ainda ia nos custar uma festa com comida de graça. - ele lembrou, rindo em seu ouvido ao escutar um pequeno bufo por parte dela.

— Você se acha muito esperto, Cowboy, mas não pode esquecer que faltam dois minutos para vermos quem ganhará este ano.

— Concordamos que o tema é sentimento, certo? - teve como um confirmar um aceno de cabeça.

Ela retirou sua mão da dele e a entrelaçou com a outra ao redor de seu pescoço. Lucas passou as duas mãos por sua cintura até as fixar na lombar da loira. Maya o encarou com um sorriso encantada com a visão que as luzes proporcionavam a ele, faziam o azul de seus olhos se destacarem ainda mais. Lucas estava hipnotizado por cada parte do rosto dela e assim que chegou em seus olhos os dois se perderem mais uma vez no infinito que o outro proporcionava.

Balançavam lentamente, sem sair do lugar, ao som das notas que saíam do piano. Não era uma música clássica e sim somente os acordes de Your song. Escutaram ao longe as doze badaladas do enorme relógio que os anfitriões fizeram questão de colocar no terraço, os abraços de Natal eram distribuídos, mas eles continuaram na mesma posição.

Lucas abaixou uma pouco a cabeça até colar sua testa com a de Maya. A ligação feita por seus olhares não sendo quebrada.

— Sabe de uma coisa, Huckeberry? - perguntou em um tom baixo para que só ele escutasse.

— O que, blondie beauty? - indagou a vendo abrir um enorme sorriso que fez seu coração aquecer.

— Eu te amo. - declarou enquanto suas bochechas esquentavam e um rubor as percorria.

Lucas somente a encarou ainda mais encatando e seu rosto se iluminou.

— Eu também te amo, muito. - afirmou feliz aproximando seus rostos para um beijo calmo.

Após se separarem ela olhou ao redor e percebeu que todos trocavam presentes.

— Acho que empatamos esse ano. - informou, sorrindo divertida ao vê-lo concordar.

— Que tal se tentarmos empatar durante todos os anos agora? - propôs a vendo fingir considerar.

— Acho que pode dar certo. - aceitou o puxando para mais perto da pista, que eles se afastaram sem perceber, e que tocava agora uma música mais animada. - Agora vamos dançar!

Ele somente riu e a seguiu sem exitar. Amava ver a forma como ele pulava ao som da música alheia a todos os olhares, poderia ficar a vida inteira a encarando. Não conseguia ainda compreender como demorou tanto tempo para ver que era ela, sempre foi e sempre seria.

— Vamos seu vaqueiro lesado. - reclamou ao parar de dançar e o puxou para acompanhar seus passos escutando uma gargalhada vinda dele.

— Eu te amo sabia?

— Também te amo. Até o nosso sempre. - afirmou enquanto era girada um braço dele e se enrolava em seu corpo.

— Até o nosso sempre. - repetiu feliz.
No fim Maya acreditava que eles precisavam passar por todas aquelas situações.

Era necessário que seus sentimentos fossem colocados à prova para que assim pudessem amadurecer e ficarem juntos. Ele tinha que ter tido Riley e seu primeiro amor, e ela tinha que ter tido Josh e o jogo longo. Eles precisavam saber lidar com os primeiros momentos da vida para conseguirem enfrentar os que viriam, juntos.
 
Algum Natal ao longo do caminho
 
— Ela é tão perfeita.

— Mais que perfeita e é nossa.
Lucas sussurrou em concordância com sua esposa enquanto juntos encaravam sua filha de três meses que dormia pacificamente nos braços da mãe.

Estavam em frente à porta de Cory e Topanga e iriam bater se a pequena Kitty não tivesse se mexido e despertado o encanamento de seus pais.

— Nós deveríamos entrar.

— E nós vamos, só não agora. - a loira afirmou em um tom calmo enquanto ainda observava os contornos do rosto da filha.

O Friar mais velho somente sorriu de como ela se perdia na pequena a cada segundo que a olhava e constatou que o mesmo sempre acontecia com ele quando encarava as duas. Elas eram o seu vórtice, o puxavam para outra dimensão, uma realidade cheia de amor. E ele não poderia ser mais grato por isso.

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