V . . . chapter five 🥀 .

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⌗  . . . O medo é feito de olhos vermelhos.

Solar tinha algo sob os olhos, uma camada tácita de uma capacidade extraordinária de analisar as pessoas

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Solar tinha algo sob os olhos, uma camada tácita de uma capacidade extraordinária de analisar as pessoas. Analisar os detalhes, ela amava detalhes.

Por isso havia escolhido se especializar em análise comportamental e fobias, ela era boa em desvendar mistérios, desdobrar-se sobre o passado das pessoas até descobrir a origem de seus maiores medos.

Mas ela mesmo, não sabia seu pior medo ainda.

Na manhã seguinte, ela abriu a porta de seu escritório, sua postura se endireitando quando viu uma mulher parada na frente da janela. O estranho era que estava fechada, para o que ela olhava?

— Olá? — A ruiva se virou, seus cabelos vermelhos cheios e cacheados se destacando em meio à sala neutra. — Posso te ajudar?

— Dra.Jeong, imagino? — Ela perguntou, seus olhos perdendo-se a cada palavra, em um tom estranho de vermelho. — Sou Clarice Nightgale, a recepcionista disse que não havia problema em esperá-la aqui.

Oh certo, uma paciente. Solar não julgava estilos, afinal ela mesmo era um pouco excêntrica com o seu próprio, mas lentes vermelhas para uma consulta psiquiatrica?

— Sim, sente-se — Solar apontou para o sofá de couro, sentando em sua própria poltrona logo depois. — No que posso te ajudar?

Ela não se sentou.

— Ah, — Os olhos de Clarice pareciam não deixar de exalar alerta, como se escrevessem para Solar que ela não era alguém confiável — Sou de Nova York e estou há anos atrás de um especialista em fobias. — Sua voz era frágil, chamando uma inocência que Solar tinha certeza de que não existia — Indicaram você.

Ela veio de Nova York apenas para uma consulta?

— Entendo, — Solar assentiu, colocando seus cotovelos sobre suas pernas cruzadas — Você tem seu histórico hospitalar? Qual é o seu caso?

— Não vim para uma consulta, exatamente — Ela tombou a cabeça, assustadoramente.

Tudo nela fora feito para espantar alguém, Solar sabia disso, mas ao contrário do que imaginou, não a temia. E ela estranhamente se assemelhava à alguém que a médica conhecia, apenas não recordava.

— E então?

— Eu pretendia apenas conhecê-la, talvez combinar um horário para nossas sessões.

— Claro, na recepção, há todos os meus horários disponíveis — Solar se surpreendeu quando ela levantou de repente, sua garganta se contraindo como se prendesse a respiração. — Será um prazer tratá-la.

— Sim, espero que sim.

Depois que ela saiu, foi quando Solar percebeu que estava apertando suas unhas contra a palma de sua mão, com força, durante toda a conversa.

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Sua coração ainda estava estava na garganta quando caminhou até sua sala novamente, carregando pastas de pacientes. Foi então que teve a certeza de que teria um infarto, assim que Carlisle abriu a porta de seu escritório, saindo de lá.

— Por Deus, dá onde você veio? — Ela levou a mão ao coração, sentindo a pulsação acelerada causada pelo susto. — Achei que estivesse de folga.

Ele estava tenso e ela detectou sua perturbação imediatamente. Carlisle estava preocupado, talvez até temeroso.

— Não foi minha intenção assustá-la. Peço desculpas, minha querida — Disse ele, com seu sotaque polido.

— O que faz na minha sala? — Estreitou os olhos, desconfiada. Passando por ele, ela entrou, colocando os papéis sobre a mesa.

— Estava te procurando, parece mais assustada que o normal.

— Claro, claro. — deu um sorriso pequeno, apesar de não acreditar, estava ocupada — Estou meio impressionada, uma paciente levou toda minha atenção em um caso esta manhã.

— Oh, — Carlisle assentiu, parecendo interessado — O que houve? Um caso psiquiatrico?

— Sim, — Ela focou seus olhos nos dele, que estavam castanhos, por alguma razão que ela não fazia ideia — Você usa lentes?

— As vezes, — Pigarreou e ela afastou os pensamentos — E então, estava me falando sobre sua paciente.

— Sou especialista em fobias e ao que parece, Nova York me indicou para ela, o que é estranho, pela distância. Mas o que me chamou atenção foi como eu não consegui distinguir uma sequer feição em seu rosto — Ela juntou as sobrancelhas, se sentindo enjoada, que porra... — Se eu não fosse profissional, a chamaria de fantasma.

— Ela não parecia estar lá? — Algo passou sobre o rosto de Carlisle, mas ela não conseguiu distinguir.

Não, só não parecia real.

Solar então, abriu as fichas hospitalares do dia, qualquer um que tivesse dado entrada estaria registrado ali. Clarice Nightgale, não existia uma. Nem sequer nas fichas apenas de consultas.

— Ao que parece, ela não estava lá — Solar estava louca? Não, aquela mulher... Se sentindo cada vez mais perturbada ela levantou os olhos para ele novamente, que a olhava com pesar.

— Você não me parece bem, — Carlisle levantou as sobrancelhas, sua expressão preocupada confundindo Solar — está pálida.

— Eu sou pálida — Estremeceu, assim que as costas da mão gelada de Carlisle se estendeu sobre sua testa.

— E quente, está bem quente.

— Eu sou — Ela provocou, dando uma piscadela.

— Solar.... — Sua voz repreensiva enviou a ela uma mínima vontade de pensar em ceder e deixá-lo cuidar dela, mas ela não cedia à ninguém.

Apesar disso, Carlisle estava certo. Ela não estava se sentindo bem, desde o momento em que pôs os olhos sobre aquela paciente.

Solar não acreditava em más energias, mas sabia como alguém como ela poderia ter efeito sobre sua mente, só não entendia como isso poderia tranformar-se em sintomas físicos. Ou era só uma gripe.

Quem era Clarice Nightgale?

Desde que chegou à Forks, às perguntas se multiplicavam como coelhos. E Solar, era do tipo que não descansava, até encontrar respostas.

 E Solar, era do tipo que não descansava, até encontrar respostas

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Gostaram?

O que será que a Clarice foi caçar com a Solar?

𖧵 𝗦𝗢𝗟𝗔𝗥, carlisle cullenOnde histórias criam vida. Descubra agora