𝟙 𝕒𝕟𝕠 𝕖 𝕞𝕖𝕚𝕠 𝕒𝕥𝕣𝕒́𝕤...
P.O.V. CLARA EDWARDA
Mais uma sessão de fotos finalizada com sucesso,e eu estava extremamente ansiosa para meu desfile no fim de semana. Moscou é simplesmente maravilhosa, porém extremamente fria.
Me despeço dos fotógrafos e patrocinadores, e faço o mesmo com as secretárias e mulheres da limpeza que estavam no hall de entrada.
O taxi me deixa em frente ao hotel onde eu estava hospedada. O fim de semana de desfile ocorreu perfeitamente, ja no jatinho de volta para Orlando me permito dormir durante a vida, meu corpo implorando pela minha cama, desejando chegar logo em casa...
Abro a porta, percebendo que mamãe não estava em casa,deixo as chaves na mesa de centro e subo para meu quarto. Percebo a porta entre aberta, estranho, mamãe nunca entra em meu quarto quando estou viajando e mesmo quando entra, fecha a porta ao sair.
Abro a mesma lentamente entrando no vão examinando o quarto, deixo minha bolsa de mão na cama e arrasto minha mala até o canto do quarto. Sinto alguém tapar minha boca e me imobilizar, abafando meu grito.
Pude ver pelo espelho a minha frente meu ex-namorado, no qual eu havia encerrado o relacionamento a algumas semanas. Ele me olha de forma travessa.
Noah: (você nunca deixará de ser minha e eu lhe provarei isso!) you will never stop being mine and i will prove it to you! - lhe olho assustada, enquanto ele prende minhas mãos na cabeceira da cama.
Eu sabia que ele era possessivo, porém, nunca esperei dele o que ele aparentemente estava prestes a fazer. Lhe olho implorando para que não faça nada ,ja que em minha boca tinha uma mordaça
Aquelas, com a total certeza do mundo, foram as piores horas da minha vida, não só pela brutalidade na qual ele havia tirado a minha virgindade, mas também toda a agressividade com o que se sucedeu.
Não sabia onde mamãe estava, menos ainda que horas chegaria para me tirar daquilo. Não sabia como ele havia entrado, não sabia como eu sairia dali.
Noah, apesar de seus 17 anos, é enorme e musculoso, nunca ganharia contra ele na força física. Apesar da dor que seu entra e sai estava me fazendo, procuro formas de sair dali, percebo que o cadarço que ele havia me amarrado na cama estavam desgastados e, conhecendo bem, sabia que qualquer puxão mais forte que desse agora, depois de tantos, os rasgaria.
Lembro também da arma que papai me deu quando fiz 12 anos ,para eu me defender sempre que fosse preciso. Esta eu deixava embaixo de um dos meus travesseiros, faço pressão para com a cabeça procurando a arma, e, por sorte, sentindo a mesma em baixo da minha cabeça.
Me debato com o maximo de forças que consigo contra Noah, fazendo o mesmo me estapear no rosto e me dar um soco na costela, ao mesmo tempo que eu solto minha mão.
Noah: (SUA VAGABUNDA! VOCÊ NÃO VAI ME DEIXAR, EU MATO VOCÊ E QUEM ESTIVER JUNTO.) YOUR SLUT! YOU WON'T LEAVE ME, I KILL YOU AND WHOEVER IS WITH YOU. - grita apontando o dedo em meu rosto e me dando outro soco na costela, mais forte ainda desta vez. Vejo de relance mamãe aparecer na porta do quarto com sacolas nas mãos, deixando-as cair assim que vê aquela cena.
Noah olha para trás com o barulho, pego a arma rapidamente, destravando fazendo com que ele me olhe e saia de cima de mim, se afastando, não espero muito e atiro diversas vezes em seu rosto, sentindo apenas o sangue espirrar em mim.
Clara: ( Polícia, mamãe, por favor...) Police, Mom, Please - eu não estava conseguindo formular uma frase completa, não estava conseguindo acreditar em tudo que havia acabado de acontecer, me enrolo no edredom, mesmo sujo de sangue, na tentativa de cobrir meu corpo.
Fico parada olhando o corpo em minha frente com a arma, descarregada, ainda em mãos. Os policiais não demoraram a chegar, fiz todos os procedimentos pedidos..
𝟞 𝕞𝕖𝕤𝕖𝕤 𝕕𝕖𝕡𝕠𝕚𝕤 ...
6 meses haviam se passado, minha barriga ja está consideravelmente grande, bem visível, e seria impossível esconder das mídias por mais tanto tempo. O estupro não havia vazado, tudo ocorreu em sigilo, eu havia sido culpada pela morte do Noah, mas fui absolvida pela legítima defesa.
Além do ferimento no útero e uma gravidez, o acontecimento me causou depressão severa e transtorno de ansiedade grave . Grávida de uma menina, tento me manter forte por ela ,apenas ela.
Saio de casa arrumando a arma em minha coxa, entro no carro dirigindo para o escritório de mamãe. Estou parada no semáforo quando vejo mamãe ligar, pego o celular no banco do passageiro, atendendo o mesmo. Ouço uma buzina alta e logo em seguida sou jogada ...
Meu ouvido apita, minha barriga dói e tudo gira.. Não consigo me manter acordada, com a visão turva percebo minha barriga sangrar...peço a Deus que não aconteça nada com a minha pequena princesinha...
P.O.V. HANNAH CLARK
Já faz cerca de 2 meses que Clara está em coma, não contei sobre a perda da bebê para seu irmão, ele ja ficou triste demais quando soube do seu coma, não queria deixa-lo pior.
Me dói ver meus filhos mau, dói meu coração ver Clara em coma. Não sei como ela reagirá quando descobrir que perdeu seu pequeno tesourinho..
P.O.V CLARA EDWARDA
𝟙 𝕒𝕟𝕠 𝕖 𝟚 𝕞𝕖𝕤𝕖𝕤 𝕒𝕡𝕠́𝕤 𝕠 𝕠𝕔𝕠𝕣𝕣𝕚𝕕𝕠...
Deixo a lâmina na pia do meu banheiro, entrando na banheira vendo sua água ficar avermelhada pelo meu sangue. Choro baixo alisando minha barriga, que ja não estava mais do mesmo tamanho que antes.
Choro por tudo que ocorreu no último ano, choro por não conseguir me olhar no espelho, choro também por não aguentar ficar em uma casa por muito tempo, com medo. Chego a conclusão de que deveria mudar de ambiente, mas a pergunta é: para onde iria?
De imediato não consigo pensar em nada, so quero sair de Orlando. Não quero ser um fardo para mamãe..
Minha volta as mídias está prevista para daqui 4 meses, preciso me conter, para não me machucar mais.. porém sinto que é a única coisa que ameniza minha dor..como uma substituição de dores, é algo que não consigo explicar ..
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𝔸 𝕖𝕤𝕥𝕣𝕒𝕟𝕘𝕖𝕚𝕣𝕒 - 𝕀
Novela Juvenil" Sabe, mesmo depois de tudo que aconteceu eu quero acreditar que aquele lado que eu conheci seu seja real, aquele lado que quer viver um romance, que não foi tudo uma mentira. Eu realmente gostei muito de você, e dói muito saber que acabou, bom, a...