•ℂ𝕃𝔸ℝ𝔸 𝔼𝔻𝕎𝔸ℝ𝔻𝔸
Abro os olhos ouvindo meu celular tocar, eu estava ansiosa com minha ida pro Brasil, agora pra ficar!
Levanto da minha cama quentinha, abro a janela desligando o aquecedor, eu amo o clima quente do Brasil, principalmente em dias de praia, faz anos que não vou lá mas as minhas melhores lembranças são nas praias, com certeza.
Tomo um banho de banheira me permitindo chorar um pouco, eu sentiria muita falta de Orlando.
Saio do quarto já vestida, encontro mamãe na cozinha, lhe abraço recebendo um beijo na testa
Dona Hannah : Minha filha, quando chegar lá você vai me avisar ne? Não vai esquecer a mamãe igual o Daniel não ne?- fala triste, beijo sua bochecha rindo do seu drama, tomamos café da manhã enquanto ela descrevia o apartamento de Ipanema, onde eu moraria.
Assim que terminamos, subo pra escovar os dentes e calço um salto alto. Meu pai e o Daniel não sabem que eu vou pro Brasil hoje, eles acham que vou apenas pra visitar na próxima semana. Falei que ficaria na casa deles, pra eles mandaren o endereço, pois quero fazer uma surpresa.
Eu já estava praticamente com meus 20 anos, a festa seria no Brasil. Mamãe cismou em fazer festa, e eu não queria esperar mais para viajar, começaremos a organizar tudo o próximo mês.
Pratiquei muito o português no último mês, sou fluente, mas de longe se percebe que não tenho o costume, o sotaque é irritante e, na maioria das vezes, misturo o inglês e português sem ao menos perceber.
Fomos para o aeroporto, esperar meu jatinho, e uma hora e meia depois estava eu, decolando com o coração apertado por deixar minha mãe, mas eu não me sentia mais bem ali.
(9 horas depois...)
Desço do jatinho, peço para deixarem minhas malas no apartamento e entro no meu carro, em meu GPS coloco o endereço de meu irmão.
Por ter pedido pro meu segurança levar minhas malas para Ipanema, coloquei uma Glock presa ao coldre que estava na minha coxa, papai sempre disse:" quando for para um lugar no qual não conhece, espere tudo. Sempre ande protegida ", levo isso pra vida, ainda mais depois do ocorrido em Orlando.
Vejo um paredão de homens armados se formar na subida de uma ladeira, estranho, mas continuo seguindo o GPS. Vejo um deles levantar a mão em sinal que eu pare e outro falar algo em um rádio, sinto meu coração acelerar, meu irmão e meu pai moram aqui?
Abaixo meu vidro, respiro fundo, arrumando o meu vestido enquanto o garoto se aproxima, creio que ele não tenha nem 18 anos, e tem um fuzil enorme nas costas.
- Quem é tu,menor? Tá fazendo o que aqui patty?- o menino questiona e eu respiro fundo, novamente
Clara: Meu pai e meu irmão moram aqui - falo rápido, vendo ele segurar o riso - what's your problem? (Qual o seu problema?)
Outro homem se aproxima e fala algo no ouvido do garoto que me olhava sem entender nada, só agora percebo que havia falado inglês, FUCK
- Me segue, Gringa - fala subindo numa moto, arrumando o fuzil nas costas. 3 motos saem na frente e vejo, pelo retrovisor, 2 atrás do meu carro, my God..
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𝔸 𝕖𝕤𝕥𝕣𝕒𝕟𝕘𝕖𝕚𝕣𝕒 - 𝕀
Ficção Adolescente" Sabe, mesmo depois de tudo que aconteceu eu quero acreditar que aquele lado que eu conheci seu seja real, aquele lado que quer viver um romance, que não foi tudo uma mentira. Eu realmente gostei muito de você, e dói muito saber que acabou, bom, a...