IV- Se ouvir o coração

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Bem-vindo de volta, alteza!

Jeon despertou, dando-se conta de que estava mais uma vez preso.

"Ah, não! Esses dois idiotas de novo!"

— Cuidado onde pisa!

Estava em uma das minas desativadas, sendo vigiado pelos irmãos Davis. Assim que o efeito sonífero passou por completo recordou-se o que descobrira segundos antes de apagar.

"A conselheira... Ela era a mandante de tudo aquilo!"

— Eu não compreendo... — Avistou ela alguns passos de distância o observando. — Por que está fazendo tudo isso?

— Para ser rainha, oras! — Antony esclareceu precipitadamente, recebendo um beliscão do irmão mais velho para aprender a conter a língua.

— E como é que você vai ser rainha? — Não conteve o levantar de sobrancelha, tampouco o ar divertido ao falar.

Tudo aquilo soava como um completo e total absurdo!

— Me subestimando, pequeno príncipe? — Sorriu sarcástica. — Isso não me parece uma atitude real.

Com um único aceno de mão, deu o comando para que o levassem dali. Segurando-o cada um por um dos braços, os irmãos arrastaram o príncipe a protestos.

— Soltem-me!

— Sabe, ela poderia ter se livrado logo de você e casado de uma vez com seu pai — Robert resmungou quando Jeon lhe acertou o rosto quando se debatia tentando se soltar.

— O quê?

— Sabe, Jeon... sempre fui encantada pela beleza do seu pai, desde quando ele ainda era só um ingênuo príncipe; assim como você. Era para ser eu! Eu deveria ter sido a escolhida! Era a mim que ele havia sido prometido! — Respirou fundo recuperando a compostura perdida por instantes. — Agora... — aveludou a voz — nem que eu precise me livrar de você como fiz com a rainha, ele e a coroa serão meus!

Jeon estava espantado, como ela, sua própria tia poderia ter feito aquilo? Ela que tanto consolou o rei quando a rainha se foi.

Aquela revelação lhe tirou o chão; estava em choque e só voltou a si quando foi jogado no quartinho escuro que os mineiros usavam para guardar ferramentas e viu ali a única pessoa capaz de lhe dar um fio de esperança que tudo poderia terminar bem.

— Jimin! — Correu para seus braços.

— Jeon! — Seu coração estava contente e aliviado em vê-lo com vida. — Você está bem?

As lágrimas que deslizavam em seu rosto constataram a confirmação em seu acenar de cabeça. Afastou-se para olhar em seus olhos e seu coração voltou a pular em seu peito ao vê-lo assim tão de perto e não poder beijar-lhe os lábios como há muito desejou e afirmar com todo o amor que enchia o seu peito que tudo ficaria bem.

O Príncipe e o PlebeuOnde histórias criam vida. Descubra agora